Perdoeis-me por não conseguir elevar o nível da minha literatura
A escrita que faço é de pensamento de cabungueiro de pessoa
Encarregada de tirar os cabungos onde não havia esgotos é do
Vaso próprio para fazer excrementos é de cabungo de pessoa
Suja que resgato a minha poética é de caca de sujeira de
Palavra infantil a linguagem que dirijo cada vez que escrevo
O ato diminui-me como quem pratica uma cacaborrada é tanto
Erro asneira tanta borrada tolice que no fim transformo tudo
Em cacada numa cacaria só só sobram os fragmentos dos
Cacos faço uma caçada de mim vivo ou morto vivo o efeito de
Caçar-me exerço em mim o esporte da caça munido de caçadeira
De espingarda roupa própria para tal assumo aquela qualidade
De caçador de gata caçadeira de cadela caçadeira não
Encontro-me não vejo-me apanhado perseguido caçado
Por mim então não posso nem tenho como completar-me
Como endireitar-me não sou o que estou em mim o
Caçambeiro adulador o que pega no estribo o operário que
Maneja as caçambas nas terraplanagens construções de
Estradas já não sirvo para camarada nem para ser
Empregado como companheiro de viagem devido ao caducário
Do meu ser ao conjunto relativo de coisas caducas que
Acompanham meu pensamento a minha palavra é como a que diz
Respeito a bens que deixaram de ter dono é uma palavra fora de
Moda dum ente envelhecido decadente onde tudo caduca a
Mente caducante é cheia cadmia tal o óxido de zinco que se
Deposita nas chaminés dos fornos até na palavra antiquada que
Nos veio dos semitas árabes hebreus fiquei desvalorizado
Perdi o tino de experimentado perdi o senso de ajuizado a alcunha
De prudente não recebo mais com orgulho de cadimo embaracei-me
Nos fios do cadilho nas franjas a que se atavam outras para a tecelagem
Do tapete cadencioso que voa cadenciado em busca da estrela cadente
Do sonho do cadeireiro do fabricante de cadeiras do transportador
De cadeirinha que no antigo meio de transporte transportava sua rainha
Seu cade de zimbro pinho que com o passar do tempo o corpo já
Cadaveroso o rosto que tem o aspecto de cadáver ainda vivo por
Ironia do destino é chamado de morto de defunto de fígado que o
Excesso de álcool cadaveriza que a mulher influencia ainda mais
No cadaverizar na ação no ato de reduzir a cadaverização na única
Coisa digna à humanidade é pouco se todo o nosso futuro for só esse
Cadavário que Deus tenha piedade de nós que retire a nossa catarata
Dos nossos olhos impeça a catástrofe nas nossas vidas inclua os
Nossos nomes no catálogo dos bem-aventurados cure nossas
Inflamações com a cataplasma do seu olhar engorde o nosso porco
Com milho de cateto faça a nossa catequese na moral no respeito
Nos bons costumes a afastar-nos do mal católico a tirar o catarro crônico
Do nosso peito tudo com posição de ordem superior com conformidade
Sem oposição que cada um de nós tenhamos a nossa função como o
Prefixo grego katá pelo latim vulgar cata movimento do alto para baixo
Quando Deus me der o dom de escrever igual a caçamunga uma vespa
Venenosa que faz barulho como significam os elementos da palavra caa
Vespa sununga ou sininga já a verdadeira grafia é cassununga ou
Cassininga encherei a caçonha de veneno ferino usarei todo o conteúdo
Da caçoila vespal para ferroar os injustos os impuros os incautos histriões
Encherei de palavras úteis a boca de quem tem mau hálito para tirar a futilidade
Do cacóstomo corrigir a cacosmia a degeneração do sentido do olfato na
Qual aprecio os maus odores do cadáver relato como desagradáveis os
Odores normais gosto de mau cheiro da sarjeta do esgoto a cascomia que
Faz preterir o aroma da rosa preferir o cheiro mórbido das cavernas das
Campas das catacumbas preferir o cacólogo de pessoa que se expressa
Erradamente que não observa a gramática ganha milhões devido a outros
Dons futebol pagode vira milionário cacológico tem erro de expressão falta
Contra as regras da língua fala com o solecismo da cacologia ganha milhares
De cobres ao vender bem caro o dom a qualidade herdados da natureza
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