Só a poesia é que ajuda ensina a ninar uma ninfa
Só o poeta sabe acalentar a divindade fabulosa dos rios
Dos bosques dos montes quero aprender a fazer um ovo
Adormecer a mulher nova formosa com a mesma paciência
Da lagarta exigida na forma intermediária entre a larva a
Crisálida a pupa o imago o inseto adulto borboleta que
Venha Nereida que achegue Nereide cada uma
Das ninfas que presidiam ao mar venham ser
Nhanhã venham ser iaiá resgatar a história do amor
Plantar a flor da poesia os deuses do Olimpo irão
Ajudar cada uma com o troféu a abençoar a
Poesia é importante no oaristo sem o diálogo
Entre marido mulher é mudo é silêncio mudez de
Vergonha o entretenimento íntimo é um poema
O colóquio terno uma ária singela é uma paz dum
Mundo oasiano a tranquilidade de ser o oásico pela
Esperança dum oásis de encontrar uma região coberta
De vegetação no meio dum grande deserto a poesia
É o alívio desse lugar aprazível entre outros que não o
São pois a poesia é o entre desgostos é o fim da
Obcecação cegueira teimosia a insistência no erro
É por isso que sou um poeta obcecado pelo fim da
Estupidez de tudo que tem a inteligência obscurecida
O medíocre contumaz no erro só sabe obcecar a
Sabedoria tornar cego o espírito deslumbrar-se com a
Alienação cultural não vê que tudo que é fácil só
Serve para ofuscar o pensamento obscurecer o cérebro
Turvar a visão desvairar a mente induzir em erro
Tornar ininteligível o raciocínio o ente sem poesia é
Totalmente obducto coberto de ignorância tapado de
Memória vive oculto da realidade tem obstinação pela
Mentira obduração pela falsidade insensível torna-se
O homem hoje sem cultura sem educação é o que
Sabe empedernir-se contra a lucidez se tornar obstinado
Na perseguição da razão pensa que faz bem à alma
Endurecer o coração obdurar ao obedecer na mudança
De comportamento não quer submeter-se à vontade da
Disciplina nem executar as tarefas exigidas pelo destino
Cumprir as ordens da natureza estar sujeito ao sol à
Lua às estrelas respeitar a autoridade do vento prestar
Vassalagem à força d'água ceder ao ar seguir a
Influência das nuvens render-se à chuva prestar obediência
Ao besouro forte quanto ao homem jamais submeter-se
À vontade de outrem jamais executar as ordens de outrem
Submissão um homem não pode causar ao outro sem
Sujeição docilidade ou dependência como age a automática
Atitude dos catatônicos de concordância total pois são sem
Juízo ou crítica executam de imediato tudo quanto lhes é
Comandado feliz é o homem que é obediente ao amor
Obedece a paz é submisso com o pobre dócil com o
Miserável humilde com o fraco com o covarde o medroso
A poesia é obeliscal é o marco da poesia o obelisco em todo
Coração não o monumento em forma de agulha piramidal
Feito ordinariamente duma só pedra sobre um pedestal como
Um objeto alto alongado mas o significado a mensagem a
Palavra o verbo a imaginação a inspiração a criatividade
Racional é com objetividade que levamos a poesia aos quatro
Cantos do mundo é ao objetivar o lirismo é ter por fim às
Trevas querer realmente pretender realizar o sonho
Materializar as coisas do espírito por fim ao pesadelo
Considerar real ou existente fora do espírito o objetivo
Maior da poesia nossa de cada dia não quero viver sem
Esse pão do céu com o qual me nutrirei beberei nessa
Fonte eterna nesse pote onírico esplêndido nesse sonho
Pomposo lauto que me honrará neste poema opíparo a
Minh'alma está sempre cheia de paz toda vez que
Dou à luz a uma poesia que habita dentro de mim minha
Alma levita leve solta a deixar-me também sem
Gravidade consigo voar tal qual aos tempos de menino
Minha deusa minha musa tenho pena daquele que não
Conhece te tenho pena dos aprisionados sem
Liberdade são mais pesados do que o ar afundam
Na água não conseguem se deslocar querem só o que
É simples simplório piegas fútil quero a bruma a
Brisa quero pegar o sereno o orvalho quando vem a
Madrugada é impossível descrever toda a posse deste
Momento o comportamento da natureza a postura da
Noite diante da chegada do dia a atitude das estrelas
O estrelismo da lua ai firmamento quero viver aí bem
Junto do infinito encher minhas entranhas de universo
Desbloquear meu organismo ao iluminar meu ser almejo
Não nego a galeria dos iluminados desejo luz pois
Quando o Criador gritou haja luz parece que eu estava
Surdo não ouvi o grito a luz não rompeu em mim hoje
Ando atrás da luz busco-a na poesia no dia na noite na
Vida na morte grita de novo para mim aí Criador haja
Luz que essa luz seja transformada em poesia me
Transformes Criador mudas o meu ser faças com que
Tenha uma alma sadia um espírito são um teor evolutivo
Faças que tenha um leque amplo incomum uma visão
Diferente uma palavra sábia um que de inteligente já
Não sei mais o que fazer não sei onde colocar as mãos o
Terreno onde piso os pés é movediço arenoso não tenho
Confiança muito menos segurança só o Criador podes
Passar-me uma reciclagem podes gritar ao meu ouvido
Haja poesia serei dela ela será minha
Enquanto viver manterei a chama acesa
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