A poesia é um encanto dum fenômeno
Do encantamento que não deixa o humor nosso
De cada dia encapelar-se agitar-se de raiva ou
Enfurecer-se igual ao mar a poesia afasta o encapetado
Faz-nos voltar aos tempos de traquinas de
Menino moleque a poesia conserta o endiabrado
Quando estamos a cismar a melhor coisa a
Fazer é encantoar-nos meter-nos num canto
Afastar-nos do convívio encantar-nos seduzir
A inspiração arrebatar a criação causar
Encantos maravilhar-nos com toda sedução
Esta coisa maravilhosa esta feitiçaria
Inexplicável que nos causa satisfação que
Seduz-nos arrebata-nos para si com um poder
Mágico maior do que o maior poder encantador
Igual aquele que provoca os maiores
Encantamentos fico encantado só de
Pensar na poesia em tudo há poesia
Que deixa-me cheio muito satisfeito
Até com ar misterioso de mago nefelibata
Com cérebro de escuna embarcação pequena de
Dois metros vela latina na tranquilidade
Esmeralda do mar a maior tristeza dum
Poeta é a incapacidade a incompetência
De não escumilhar um poema de não bordar
Em escumilha em tecido fino de lã ou
Seda o poema mórbido causado pelo cumbo
De caça miúdo que mata os passarinhos
Faz-me espumar de indignação
Faz-me escumar estupefato com aqueles
Que perseguem os bichinhos nos campos
A poesia veio para livrar a espuma do mar
Do óleo para manter a escultural escuma
Da onda a escultura da escumadeira da
Colher com orifícios com a qual se retira
A escuma dos líquidos tem formas perfeitas
De figuras ou de formas entalhadas em
Material duro modelada em material
Endurecível como o coração do homem
Fundida em metal conforme o molde
Mental da obra feita por escultor de pessoa
Que só tem o corpo bonito para artista que
Faz esculturas cinzelar em qualquer lugar
Entalhar na tentativa de imortalizar
Assim fazer esculpir para não estragar
A poesia não deixa desmoralizar nem
Descompor o ser ou esculhambar o ente
Não gosta de desordem detesta qualquer
Total esculhambação esculacho de médico
Descompostura de esculápio que só sabe
Esculachar o fraco que não tem amparo
Nem arma que é utilizada para defesa
De golpe o único escudo é só o da
Moeda portuguesa que não vale nada
Vale menos do que a escudela a tigela de
Madeira de pouca qualidade gostaria
De se nomeado escudeiro da poesia
Gostaria de ser o criado que leva o
Escudo do cavaleiro da cultura que
Morre para escudar o clássico dá a vida
Para defender amparar com mais
Veemência do que a um escrutínio
Com mais ardor do que votação em urna
Ou o ato de apurar os votos o escrutinar
O verificar dados duma eleição
Quero ser nomeado escrutinador da poesia
Ser aquele que escrutina a arte
Ainda serve para pesquisar investigar
Escrutar onde existem representantes
De fenômeno tão soberano juro que serei bem
Cuidadoso como aquele que tem escrúpulos
Juro que serei escrupuloso colocarei toda
A minha escrupulosidade a serviço da
Eternização infinitização imortalização de
Tal fenômeno para que se repita para sempre
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