Meu comportamento é cerebral
Ajo com toda a constituição
Toda a capacidade do meu cérebro
Não saio do raio da minha cerebração
Ainda da minha parte póstero-inferior do meu encéfalo
Também participo com o meu cerebelo
Nada tenho a ver com Cérbero o cão mitológico
Guarda da porta do Inferno
Nem ando com a cabeça em constelação Boreal
A minha centelha é totalmente natural
O raio a faísca luminosa que carrego
São pouco intensas porém
Provêm da luz do Sol
A minha inspiração não brilha momentaneamente
Não é intensa de lampejo é de centelhar
De brilhar de luzir intermitentemente
É de tremeluzir de cintilar centenas de vezes por dia
Dez dezenas de vezes por hora
É de viver um centenário
Duma pessoa que tem cem anos
É de viver o espaço de tempo dum século
Com comemoração de aniversário dalgum acontecimento importante
Durante um segundo
Cardinalmente a uma centena
Durante um segundo não sofro censura
Não tenho dentro de mim cargo de censor
Sou contra exame de obras artísticas literárias
Textos de jornais de revistas
Autos duma publicação por funcionários do governo
De órgão oficial que coordena esse exame com crítica
Repreensão sem coordenação sou contra censurar
Pode até criticar não repreender
Praticar como se tudo fosse censurável
Que merece é passível do crivo do censor
Do funcionário publico aspone que aleija obras artística literárias
Censor não é nem para fazer o censo das populações
Levantamento geral da população dum país ou região
A englobar todos os dados relativos para fazer o recenseamentos
Reconheço que não tenho a resistência do cerne
A parte interna mais dura do lenho das árvores
Reconheço que sou frágil não sou cerimonioso
Não sou cheio de cerimônia nem
Participo de cerimonial de espécie alguma
Não conheço o código de formalidades para atos sociais ou religiosos
Vivo fora da etiqueta fora da forma exterior do ritual dum culto religioso
Fujo de solenidades de formalidades do trato entre pessoas que se conhecem pouco
Sofro embaraço acanhamento porém não sou nenhum cenobita
A pessoa que vive só afastada da sociedade
Igual monge ou monja que vivem em convento
Não sei se é por não ter a beleza da cerejeira
A árvore frutífera da família das rosáceas planta das
Mitárceas seu fruto é a cereja
Será porque não sou o útil cereal da planta que produz grãos
Farináceos comestíveis o pelo da cabeça já caiu
Não é a cerda de teor espesso resistente de alguns mamíferos
Então só nos resta pedir que o mau que vem de dentro
Que vem a roer nossas entranhas roer nossas medulas
Não venha nos exterminar antes da hora
Só nos resta ter a esperança de envelhecermos juntos
Sadios com saúde sãos lúcidos
Envelhecemos conosco com os nossos filhos os filhos
Dos nossos filhos até o fim natural sóbrio dos nossos dias
Nenhum cerco maligno impedirá a nossa felicidade
Nenhum ato ou efeito de nos cercar
Num lugar cercado de assédio militar ou de sítio
Nada irá cercear a nossa serenidade na velhice nem
Cortar cerce a nossa tranquilidade
Em roda restringir o nosso círculo vital com o
Cerceamento que tenta impedir uma velhice livre
Rente com a liberdade que venha acumular a paz
Não constranger os mais jovens a sociedade
Ou qualquer outro que o dia a dia seja o circundar como o amor
O rodear de boas novas a fuga de tudo que queira nos sitiar
Nos fechar com cercas nos mandar para a cercania
Para os arredores longe da verdade longe da realidade
Não quereremos cercaduras não será conosco o que orna
O que vive ao contorno dalguma coisa
Orla moldura não será o nosso caso seremos o centro da pintura
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