domingo, 13 de março de 2011

Nietzsche, Um homem que diz; BH, 0130302011.

Um homem que diz:
"Isto me agrada, vou tomá-la para mim, quero
Protegê-lo e defendê-lo contra todos"; um homem que pode levar adiante
Um negócio, executar uma resolução, ficar fiel a um pensamento, reter
Uma mulher, punir e abater um transviado; um homem que tem sua ira
E sua espada e a que sucumbem naturalmente os fracos, os aflitos, os
Oprimidos e mesmo os animais, em resumo, um homem nascido para
Ser senhor - se esse homem tem compaixão, pois bem!, essa compaixão
Tem valor!
Mas que importa a compaixão naqueles que sofrem!
Ou até mesmo naqueles que pregam a compaixão!
Há hoje em quase toda parte da Europa uma sensibilidade e uma irritabilidade
Doentias para a dor e também um intemperança incômoda ao lamentar-se,
Um amolecimento que quereria se dar ares de religião e de amontoado
Filosófico, para se dar mais brilho - há um verdadeiro culto da dor.
A falta de virilidade daquilo que, nesses meios de sonhadores, é chamada
"Compaixão", salta, acredito, de imediato aos olhos.
 - É necessário banir enérgica e radicalmente essa nova espécie de mau gosto
E desejo, finalmente, que se coloque em torno do pescoço e sobre o coração
O amuleto protetor do "alegre saber" - da "gaia ciência",
Para dizer tudo aos alemães.

Nenhum comentário:

Postar um comentário