Ai! é bem triste a carne e a ler nada me resta.
Fugir! fugir! Eu sinto pássaros em festa
Por outro céu viver, em diferente mar!
Nada, nenhum jardim refletido no olhar
Prende meu coração, que a vaga retempera,
Ó noites! nem a luz da lâmpda severa,
No infecundo papel que a brancura interdiz,
Nem mesmo a jovem mãe que amamenta o periz.
Eu partirei! Veleiro a balouçar nas vagas,
O porto abandonai para estrangeiras plagas.
Um Tédio, por cruel esperança magoado,
Ainda crê no adeus, já bem longe acenado.
E esses mastros, quem sabe, ensejando a ruína,
São daqueles que um vento aos náufragos inclina.
Sem porto, mastaréu, perdidos na voragem.
Mas, ouve, coração, o canto da equipagem.
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