Havendo aberto a porta estreita e vacilante,
Fiquei a passear no pequeno cercado
Que, doce, iluminava o brilho do levante,
Ateando em cada flor um clarão orvalhado
Tudo me pareceu: a vinha verdejante,
As cadeiras de palha e nada foi mudado...
O repuxo fazendo um murmúrio cantante
E o velho choupo o seu lamento demorado
Palpitam como outrora as rosas; como outrora
Os lírios senhoris que se agitam agora.
Conheço o saltitar de cada passarinho.
Até memo encontrei a franzina Veleda,
Seu gesso se escamando à beira do caminho
Envolta no banal perfume de reseda.
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