Pagues e nada temos a oferecer,
Queremos teu suor e teu sangue
E as tuas lágrimas, quiça a tua
Alma; queremos o teu corpo, tua pele,
Teus olhos e teus cabelos; nada
Te daremos em troca; construiremos
Sobre tu as nossas igrejas, os nossos
Futuros e garantias; pagues e
Cales e se esperneares, come
Solta a borracha franca na
Tua bunda de cidadão; saibas
Que para nós não tem essa
Não: é no judiciário, é no
Legislativo, é no executivo, o
Que tu levas é pau no lombo,
Meu amigo; como ficaremos se tu
Deixares de pagar as nossas contas?
E as nossas benesses e mordomias?
E as nossas vidas de nababos, de
Elite e de burguesia? tu tens
Que pagar, que precisamos
Beber wisky, comer ninfetas e caviar;
Temos viagens, turismo sexual para fazer,
Carrões possantes para comprar e a conta
É tua; tu és o nosso sustentáculo, fiador,
Tu és o nosso baluarte; tu és o nosso
Trabalho, trabalhas por nós e para nós;
Tue és o nosso cavalo, montamos no teu
Cangote e vamos a trote, de leste a
Oeste, de sul a norte; pagues teu cabra
Da peste, burro de carga, jumento do
Agreste; nossos palácios estão um
Brilho só, e se não pagares, e nos
Faltar algo, o destino de tua vida
Será o xilindró, pagues teu bocó.
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