segunda-feira, 21 de março de 2011

Mário Quintana, Noturno I; BH, 0210302011.

O corpo adormeceu no leito.
A alma baixou às cavernas.

Da alta lucerna, o espírito
Vidente e astrólogo, espreita.

E a alma descobria estrelas
Do mar, velhas escadas, caracóis de cabelos,
Coisas estranhas no tempo perdidas
E tantas - que pareciam, elas,
Naufrágios de mil e uma
Vidas...

Porém
O corpo
Antes que o Dia o recomponha
Na sua Humana e Divina Trindade,
O corpo - que não vigia e não sonha -

Curte a sua animalidade!

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