O dia em que fizer um juramento
E tiver um mandamento,
Um princípio, um meio e um fim,
Nunca precisarei de dar a palavra,
De ter uma causa, um ideal,
Ou um tema; o dia em que
Defender uma tese, um
País, ou uma família; nunca
Precisei ir à guerra, derramar
Sangue ou suar a camisa;
Nunca precisei chorar para comer,
Fazer uma revolução ou inventar,
Ou descobrir; nunca precisei de nada;
Nunca lutei pela liberdade, pela
Igualdade ou fraternidade;
Nunca lutei pela vida e na
Hora da morte irei me acovardar,
Chorar de medo e me esconder
Atrás da porta ou debaixo da cama;
E não deixarei testamento,
Não terei inventário e nem
Herança para deixar; percebo e
Sinto que serei um peso, alguém
Terá que me arrastar, pois serei
Um fardo nas costas da sociedade;
O estado terá que arcar com
O meu enterro; sugou meu
Sangue até a última gota e
Terá que vomitar o que roubou
De mim; é por isso que
Sou ladrão, pois nada mais
Ladrão do que o estado e
É por isso que roubo o estado;
Ladrão que rouba ladrão tem
Cem anos de perdão; não sou
Cidadão; mas nada é mais
Explorado do que o cidadão; vejam
Os párias e parasitas do legislativo,
Do executivo e do judiciário, que
O cidadão tem que sustentar.
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