segunda-feira, 8 de junho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 36; BH, 070702012; Publicado: BH, 080602015.

Com o passar do tempo começo a desaparecer
Olho para as coisas já não me vejo mais até em
Espelho mais polido que seja desapareço quase
Por completo como por encanto antigamente
Nalgumas sombras penumbras olhava para lá
Via-me olhava os muros as ruas desertas as
Salas vazias sem falta sempre algum fantasma
Meu reluzia olhava edifícios abandonados os
Vasos velhos as sucatas de carros antigos
Alguma coisa tinha a ver comigo depois com
O passar do tempo comecei a desaparecer
Definitivamente vou à cozinha não estou lá
Não me vejo na parede vou ao corredor à 
Escada ao quarto à sala não estou lá me
Procuro nada de mim não encontro-me
Nem com lente de aumento pareço um
Olho-de-boi de tão raro sumido que
Estou até dum retrato em preto branco
Que tinha a imagem está completamente
Apagada não sei para aonde estou a fugir
Não sei para onde estou a me esconder
Qualquer dia de menos sol ou qualquer
Noite de lua nova desapareço de vez o mais
Triste é que ninguém notará a minha falta

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