domingo, 7 de junho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 34; BH, 060702012; Publicado: BH, 070602015.

Minha mãe dizia quem não tem o que fazer
Desmancha a calça começa a coser
Revivo essas coisas doutra maneira
Inútil que sou por não saber costurar anoto
Em papeis o que penso escrever durante
Muito tempo enganei-me a razão fugiu de
Mim quando dizia comigo mesmo o que
Faço é poesia é arte obra-prima de poeta
Que vaidade nada aprendi com a minha mãe
A capacidade dela não me acompanhou
Faltaram-me a inteligência a sabedoria
Faltaram-me a dignidade o brio de ânimo
Que a minha mãe carrega nas veias onde
Estou hoje é por pura culpa minha salvo
Que tudo tentou por mim amou-me
Com um amor sem fim tornei-me um
Iletrado um aculturado exótico
Disfarçado ostento um aspecto que não
Corresponde-me soubesse ter percepção
A história seria outra minha mãe dizia
Quem dorme muito acorda tarde pouco
Aprende do jeito da lenha verde mal se
Acende imitaria a minha mãe se soubesse
Navegar em mares tenebrosos guiar as
Naus ancoradas no meu coração pelos
Oceanos revoltosos do universo

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