Em parte parto partido
Por partes nunca estou inteiro
Todo total no tudo me falta
Frações quero dividir soma
Nunca diminuir-me mas se
Possível multiplicar-me para um
Dia inteirar-me que a humanidade
Tem uma saída na solidariedade
A raça humana no humanismo
O ser humano no humanitário que
Sensibiliza na hora em que estamos
Todos partidos ou em partida ou
Aos pedaços aos barrancos aos trancos
Ou troncos embriagados pela realidade
Das vidas transformadas em mortes
Dos azares que não se transformam
Em sortes noites que não viram dias
Dias que são eternas noites tudo
Por culpa de poucos mas que têm muitas
Culpas todos paguem pelos erros mesmo
Quando não são os autores em parte
Deixo aqui neste túmulo estes cadáveres
Literários são óbitos de letras são
Obituários de palavras não nascentes
Não nascedouros de sentenças ou
Mananciais de frases meu coração já
Pariu muitos sentimentos uns partos
Foram normais outros abortos de emoções
Meu coração amamenta muitas crias gera
Vários filhotes infinitos clones fetos
Duplicados monstros mitológicos
David Sunborn Lou Reed Jack Kerouac as inocentes
Malícias dos meninos da Rua do Pau Velho
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