O sol dentro do mar, em misteriosa aurora,
O preofundo brenhal dos corais ilumina;
Mesclando, ao fundo da bacia esmeraldina,
A fauna florescente e a luxuriante flora,
E tudo que de sal e de iôdo se colora,
O musgo, a actínia, o ouriço e a pobre alga franzina,
Põe desenhos irreais de sombra purpurina
No chão rendado a que o pólipo se incorpora.
Apagando o esplendor da espuma eriada, passa
Um peixe a navegar na trama que se enlaça;
Ora as águas alisa, ora as águas desfralda...
Súbito agita em leque a barbatana enorme,
E à tona de cristal água mansa que dorme
Corre um frêmito de ouro e nácar e esmeralda.
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