Que abandonou a profissão do mar
E que a vai relembrando pouco a pouco
Em casa a passar, a passar...
No movimento ( eu mesmo me desloco
Nesta cadeira, só de o imaginar )
O mar abandonado fica em foco
Nos músculos cansados de parar.
Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.
Mas - esta é boa! - era do coração
Que eu falava... e onde diabo estou eu agora
Com almirante em vez de sensação?...
12/10/1931
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