Tenho que me acutelar
Recomendar cautela às pessoas
Prevenir-me com cuidado
Precaver-me também
Pois o fim está próximo
É chegada a hora
Da humanidade desintegrar-se
Tudo que for acautelatório
Mesmo as coisas que se encontram
Umas sobre as outras
Pois acavalado demasiado grande
É o universo que nos cerca
Nós indignos de sermos chamados dalgo
É que somos infinitamente pequeninos
Perante o acavalamento dos nossos erros
Nossos pecados falhas
Falsidade ignorância
Dia a dia sentimos amontoar
Sentimos o frenesi
Ver lançar o garanhão à égua
Ver ir por água abaixo
As oportunidades esperanças
Que pensamos uma época
Ir mudar nossos destinos
Sem a alegria esperada
O acavalar do sofrimento
Faz nosso pranto jorrar
Faz nosso choro parecer
Águas de cachoeiras
As lágrimas de dor
Que derramamos diariamente
Só perante aos céus
Mas farão algum efeito
Pois bem-aventurados os que choram
Porque serão consolados
Aceder ao destino do mundo
Aderir aos que querem sobreviver
Anuir àqueles que têm
As propostas pedidos de paz
Sem conformar com a guerra
Ao acrescentar um sabor bem temperado
Feito um bom bife bem acebolado
Nesta nossa vida sem sabor
Pedir a Deus que nos cure
Desta nossa acefalia
Nossa ausência de cabeça
Nossa falta de espírito
Nenhum comentário:
Postar um comentário