Campina extensa, ora frondosa mata,
Léguas e léguas marulhoso e brando,
O rio enorme todo o céu retrata.
Súbito, as águas, brusco, represando,
Em torvelins de espuma se desata:
Vertiginoso, indômito, raivando,
Ruge, fracassa e tomba em catarata.
Tomba, e de novo em arco se levanta:
Nada a brancura esplêndida lhe turva
E na apoteose em que a caudal se expande,
Do sol aos raios, multicor se encurva
Em tanto resplendor e glória tanta,
Rútilo arco-íris, luminoso e grande.
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