terça-feira, 14 de julho de 2015

Patagônia, 927, 1a; BH, 0100402012; Publicado: BH, 0140702014.

De dentro dum ser não sai mais nada de
Moderno de hodierno da atualidade ou até
Da realidade de dentro dum texto então é aí
Que as tripas viram coração a porca torce o
Rabo a vaca vai para o brejo quem esperar
Inovação revolução evolução ficará contrariado
É o conhecimento árido a cultura osmótica o
Saber estéril é um isolamento total ou o
Fechamento em comunidade em condomínios
Ou em igrejas os grupos se dividem uns em cultos
Às religiões às cifras os outros um outro à política
Individual do se dar bem de todas as maneiras
Outro ao terrorismo de todos os jeitos formas
Assalto aos cofres dos estados apoderação do bens
Públicos é só assim que consegue-se levar a vida na
Demagogia na burocracia na aristocracia na plutocracia
Menos na democracia não se criam mais genealogias
Teorias teses ensaios nem filhos criam-se mais criam-se
Animais tais irracionais das jaulas dos jardins zoológicos
As mentes não têm sementes raízes ramificações ou
Árvores genealógicas as mentes são da idade da pedra
Lascada só as mentes robóticas moldadas em lavagens
Cerebrais eletrônicas condicionadas fazem o necessário
Para a continuidade da ambição coletiva do nada
Proliferam-se as doenças inúteis síndrome do pânico
Depressão insegurança falta de garantia medo falta de
Confiança de sentido de direção acelera-se a
Degeneração precocemente quem não tem o que dizer
Continua sem ter o que dizer não diz nada nem com
Um olhar ou um gesto um jeito um trejeito um soluço
Um suspiro uma exclamação ou uma interrogação de
Manhã quando amanhecia pedia-se a sabedoria pedia-se
A filosofia a poesia na oração por ora é a alienação
Nossa de cada dia dai-nos hoje sem a indignação amém
Sem amem rebeldia amém sem a liberdade amém ficamos
Como que envergonhados da indignação ficamos como que
Envergonhados da rebeldia preferimos a prisão à
Liberdade com luta preferimos as correntes das grutas
Profundas bem subterrâneas às claridades estratificadas
Pelos mananciais de nascentes cristalinas d'águas claras
De fontes de luzes de energias naturais o vazio do meu
Peito é ocupado pela inércia dum coração sedentário
O oco da minha cabeça é ocupado pelo olho seco dum
Cérebro senil que envelheceu ao nascer não mais
Rejuvenesceu pérolas pedras preciosas metais nobres
Não formam-me mais no núcleo dos meus átomos um
Único átomo sem núcleo que se for partido não
Desencadeará a ruptura da harmonia entre os elementos
Este solitário elemento sem elo com as cadeias doutros
Elementos elementares à perfeição da humanidade

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