segunda-feira, 13 de julho de 2015

Sempre Vivas, 181, 8; CONT, 0260302012; Publicado: BH, 0130702015.

Pergunto-me mas sem encontrar respostas
Que poderia fazer de útil para a humanidade?
Que poderia a raça humana esperar de mim?
Ao ser humano que resposta posso levar?
Tantas gentes têm tantas mensagens pastores
Padres prometem céus salvação vida eterna
Políticos saúde educação segurança empresários
Empregos salários cesta básica cada um tem algo
Para os povos as nações os países até os escritores
Oferecem romances autoajuda os poetas poemas
Poesias odes elegias os artista filmes teatros
Novelas músicas o único que não tem nada a
Oferecer é este escriba maneta sem pulso
Sem punho sem mão que nem braço tem
Tem o pé quebrado que com nada pode
Contribuir para o futuro o desenvolvimento
O progresso do mundo se descobrisse a
Fórmula para a cura dalgum mal um remédio
Para a cura duma doença seria para sempre
Lembrado viraria estátua num pedestal
Busto nalguma academia mas qual o quê?
Só fiz corpo mole para viver dobrei-me
Ao ser dobrado de decúbito dorsal fiquei
Prostrado a ser sempre olhado de cima pelos
Que galgaram a escadaria apontavam-me
Os dedos indicadores em todas as acusações
Como se estivesse num juízo final condenaram-me
Por não saber uma resposta a respeito da vida

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