segunda-feira, 13 de julho de 2015

Sempre Vivas, 181, 4; CONT, 0220302012; Publicado: BH, 0130702015.

Deixas algum vestígio de ti em mim olho
Para mim não encontro nada de ti
Deixas um fio de cabelo um cheiro um aroma
Um pentelho uma fragrância deixas uma roupa um
Hematoma um arranhão preciso lembrar
De ti quando olhar para mm é triste
Quando passeio as vistas pelas vistas não
Encontro as tuas vistas de que vale uma
Paisagem sem a tua presença? de que
Valho se não estás em mim?
Deixas uma sobra um resto uma poeira
Um pó um átomo que seja mas que
Faça-me lembrar de ti ao pensar em mim
Tens um vento uma aragem um
Clima o que tens? tens uma brisa um
Orvalho um sereno o que tens? o que tiveres
Preciso ter para que te tenha
Deixas uma gota d'água do teu banho
Em mim deixas tua chuva tua saliva
Um pouco do teu sangue preciso revigorar-me
Deixas teu suor preciso salgar minhas carnes
Viver como um parasita um pária
A depender do teu sustento deixas a
Tua lágrima se não bebê-la morrerei
De sede se não viver-te continuarei
Morto tens uma letra uma palavra um
Pensamento quero montá-los para
Montar o teu nome como um quebra-cabeça
Dentro do meu espírito deixas a tua
Alma como tapete para a minha
Teu corpo como guarda-roupa para
O meu corpo preciso olhar o universo
Enxergar o teu sorriso no infinito

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