segunda-feira, 13 de julho de 2015

Sempre Vivas, 181, 12; CONT, 0120402012; Publicado: BH, 0130702015.

Menina moça a cheirar às virgens santas não
Brinques com fogo-fátuo nem perturbes as quietudes
Dos defuntos absortos não assopres suas cinzas
Nas narinas das terras nos ares dos climas
Nem nas tempestades das noites no meio das
Matas fechada tens as carnedades dos carneiros
Das ovelhas que os deuses exigem em seus
Sacrifícios tens os líquidos os fluidos os vinhos
As bebidas para as libações dos rituais sagrados
Tens as frutas os manjares os manás os doces os
Acepipes para as orgias as bacanais dos festins
Dos banquetes para as mesas dos elfos para as
Pedras as lapides dos nibelungos menina ninfa de
Bosques frescos sadios de seios feitos das
Plumagens das mais nobres aves peito de ninho de
Beija-flor deixa nos campos das vertentes vir a
Mim os teus olhinhos não os feches porque dos
Tais é o azul que está nos céus a poesia contigo
Tem comportamento o poema é concreto contém
Conceito estrutura a literatura é toda metafórica
Menina pomba rola juriti cultura grego-romana
Obra clássica do renascentismo obra-prima do
Meu sonho senil quando for morar no infinito
Fizer parte da constelação mais distante dos
Aglomerados de galáxias não se apagará das
Minha trevas o brilho eternizado do teu sorriso
Então preserve o cemitério arqueológico onde
Serão esquecidos os ossos envelhecidos a caveira
Encardida do esqueleto deste exemplar ancestral

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