terça-feira, 8 de março de 2011

Cada neurônio meu cria uma poesia; BH, 090100702006; Publicado: BH, 080302011.

Cada neurônio meu cria uma poesia
E uma ode, um poema, uma elegia;
Cada poema meu é um soneto, bem feito;
Até aqueles que estão escondidos, acondicionados
Nos lugares mais remotos e obscuros da
Minha mente; nas cavernas mais rupestres
Do meu cérebro, criam-se óperas imaginárias;
Herois fantasmas, super-herois indestrutíveis,
Mísseis com cem milhões de ogivas nucleares,
Capazes de destruirem a Terra milhões de
Vezes; cada neurônio meu, é um sonho, um
Pesadelo, uma ilusão e uma realidade;
Neles estão o sim e o não; o certo e o errado,
O côncavo e o convexo, e a verdade e a mentira,
A vida e a morte; a representação de cada
Astro do universo, planetas, satélites, estrelas,
Asteroides, meteoritos, quasares, constelações,
Galáxias, todos que estão em cima da minha
Cabeça e todos que estão debaixo dos meus pés;
Os conhecidos e os desconhecidos; neles estão
Cada um dos bilhões de seres humanos, cada
Componente da flora e da fauna; cada cidade,
Bairro, ruas, estradas, caminhos, atalhos; oceanos
E mares; o sol e todos os sóis; os verbo, as letras
E as palavras, pois cada neurônio meu, é um
Santo e um demônio, a certeza e a dúvida,
A dor e a felicidade, a mudeza e a voz;
Até o que não consigo pensar, amar,
Ter paz, e cada um é um pulsar, vivem a vibrar,
Martelos nas bigornas, marretas nas pedras,
Bate-estacas, compactadores, betoneiras, concreto,
Cimento armado, ferros e minérios; cachoeiras,
Cascatas e cataratas, regatos; dentes, unhas, mãos;
Petróleo puro armazenado, diamantes, África, países,
Enciclopédias, dicionários, vocabulários, glossários, e
Pessoas, sombras, silhuetas, vulcões milenares,
Zumbi dos Palmares, carvão, cinza, lava neurônica.

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