quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Alameda das Princesas, 756, 55; BH, 040902012; Publicado: BH, 01701202014.

Cantaram que o samba acabou contaram
Que o samba morreu mas o que sei é
Que nada disso aconteceu o samba
Viveu o samba vive o samba viverá na
Alma daquele que sabe encantar nos pés
Daquele que sabe sambar na boca de
Quem sabe cantar com a altivez a
Elegância dum sabiá a minha terra é
Terra de bambas mestres menestréis
Bacharéis mulatas passistas malandros
Sambistas batucadas madrugadas um
Verdadeiro carnaval a minha terra é um
Terreiro nacional aqui desembarcaram
Todos os deuses africanos nos brindaram
Com os seus cantos nagôs suas rezas
Cantigas pais mães do samba com
Seus tambores sagrados a nos ensinar
Na palma da mão o que levamos para o
Altar da mesa dum bar o samba é eterno
Minha gente o samba é de chinelo pé no
Chão o samba também é de gravata
Terno de bermuda camiseta o samba
Não é para se guardar na gaveta não é
Para se envergonhar na hora de sambar
Batucar o samba é uma louvação
Cantemos o samba em oração que
Maravilha são os tamborins a bater
No peito duma bateria chocalhos nas
Mãos no ritmo do coração a cadência do
Samba é a minha salvação o samba já
Chegou ao céu desde os tempos de Noel
Outros bardos retumbantes que aqui
Deixaram no papel as raízes plantadas
Nesta terra fértil árvores que dão frutos para
A história do samba que é a nossa glória

Nenhum comentário:

Postar um comentário