terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Alameda das Princesas, 756, 78; BH, 02001202012; Publicado: BH, 03001202014.

Um texto dentro do contexto mitológico para
Ser concebido de que tem que ser assim ou
De que tem que ser assado para ser agradável
Ou agradar aos críticos para ser chamado de
Texto para ser lido entra num crivo tão técnico
Que nunca será entendido uns pedem fim dos
Adjetivos outros fim dos pronomes pessoais
Possessivos alguns não aceitam o gerúndio
Nem sentimentos emoções sentidos exigem
Metáforas formas de linguagens rebuscadas
Denotativas discursos conotativos o certo é
Que se for agradar a quem ler não se escreve
Mais nada se for acompanhar as exigências
Dos catedráticos eruditos clássicos mata-se
Na fonte a flor afoga-se no mar o peixe quando
Um escritor no seu delírio apresenta um texto
O onírico vira logo decepção o autor olha a
Obra sente-se bem com o escrito fica satisfeito
Mas quando passa para alguém ler a cara vem
Ao chão a máscara cai o autor fica ali com
Cara de estúpido com ar de ignorante enquanto
O ledor faz aquela cara de incrédulo lê-se no
Semblante o que é isso que esse cara deu-me
Para ler? devolve o texto ao autor sem nenhuma
Palavra o silêncio é uma punhalada no peito
O pobre do escritor enfia o rabo entre as pernas
Meneia a cabeça não encontra mais coragem
De mostrar o que quer que seja a alguém um
Texto dentro do contexto é puro teor mitológico

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