terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Alameda das Princesas, 756, 79; BH, 0200902012; Publicado: BH, 03001202014.

Hei de escrever uma obra tão prima
Que será chamada de irmã que fará
Os peixes saírem das águas as aves
Descerem dos céus as pedras saltarem
Pelos campos como se fossem ovelhas
Cordeiros carneiros cabritos das
Montanhas a voltar para o fundo dos
Mares usarei todos os sinais símbolos
Signos cortarei a força da gravidade as
Cordilheiras voarão de volta aos seus
Planetas de origem donde caíram ó 
Depois desta obra ser feita a colocarei
Em rota de colisão com o maior meteoro
Que vaga perdido pelo espaço para
Que com o choque a grande colisão
A transforme no diamante mais raro
Desconhecido não encontrado hei
De conceber uma obra que quando
Nascer será o ponto de convergência
De todas as galáxias dos universos a
Gravitar em torno dela os deuses
Os demônios se confabularão
Trocarão imprecauções impropérios
Blasfêmias profanações uns tão
Exaltados a alegar paternidades
Outros excitados a provar
Maternidades a expor os úteros
As mamas inchadas de leite gotejante
Que composto de perfil antológico
Extravagante não abrirá portas de
Academias não iluminará altares de
Catedrais não terá tapetes vermelhos
Estendidos em palácios mas o
Infinito não será o mesmo quando o
Jogo estiver armado no tabuleiro a
Ouvir o grito no final xeque-mate fatal

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