Tu viajante quem és? um velho à procura
Do nada quando chego perto olho
O horizonte vejo que está bem mais
Distante tu quem és? um velho em
Busca de letras velhas de palavras velhas
Acorrentadas em profundas cavernas
Que não gosta de nada que é novo
Não gostas de nada que é novo? sim o
Novo o belo reluzem brilham faíscam
Atraem é a vaidade que faz isso é a inveja
O orgulho penso que já estou desprendido
Desses sentimentos gostas do que é novo?
Gosto dos novos horizontes dos novos
Infinitos dos universos bebês que nascem
Todo dia então não explicaste-me de qual
Brilho gostas de qual faísca o que que reluz?
Exatamente os astros mais longínquos que
Aparecem aos nossos olhos como faísquinhas
Tens encontrado muitas palavras velhas, muitas
Letras velhas velho? algumas tão antigas que
São indecifráveis viraram símbolos outras
Letras de tão velhas não pertencem a nenhum
Alfabeto para encontrá-las é necessário ir
Aos locais mais inacessíveis à vida à luz
Para que tanta obsessão com essas letras com
Essas palavras anciãs ancião? é que pretendo escrever
Um poema que seja pai duma poesia que
Tenha no genoma o dna do classicismo perdido
Velho penses numa coisa quando encontrares
Essas letras senis essas palavras decrépitas
Fizeres esse tal poema essa tal poesia todos
Chamaremos de novo de inédito vens com
Essa de que não gostas de nada novo
Já ao asilo velho tu viajante quem és?
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