segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Alameda das Princesas, 756, 74; BH, 0140902012; Publicado BH, 02901202014.

Cão Caim não precisavas nem fazer as oferendas
Caim Cão não aceitarei nenhuma oferta a
Fumaça do que queimas em sacrifícios será
Dissipada nos ares dos altares tuas orações tuas
Rezas poesias poemas odes elegias libações
Não passarão duma blasfêmia a mim duma
Profanação uma afronta aos céus só o fato de
Pensares primeiro em ti já magoas a todos aqui
Só com o fato de escolheres o melhor para ti as
Melhores carnes os melhores vinhos as melhores
Frutas os melhores frutos os melhores meles
Desagradastes o que é Santo observas o teu
Irmão Abel faz questão de agradar a todos com o
Melhor que tem construiu o altar mais bonito é o
Mais enfeitado o mais perfumado o que queima
Enche a todos de agrados Caim vil vistes o teu
Irmão Abel? por acaso sou guarda do meu irmão?
Deve estar por aí a recolher os meles o que
Fizeste com o teu irmão vil Caim? não era o melhor?
Sacrifiquei-o em homenagem a Ti serás imundo pelo
Mundo tomas esse sinal todos correrão de ti não te
Matarão nem morrerás serás o pior poeta em
Toda a poesia que quiseres criar ingrato és pensei
Que com o sacrifício ficarias de bem contigo Tu de
Bem comigo mas o que aconteceu não foi o que
Preveni és um poeta assassino de tudo que é belo
As formosas poesias fugirão de ti então Tu o que
És? poderias muito bem ter segurado a minha mão
Assim a impedir que matasse ao meu irmão

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