sexta-feira, 28 de junho de 2013

PT Partido dos Trabalhadores; BH, 0270602013; Publicado: BH, 0280602013.

PT Partido dos Trabalhadores
Deveria começar a pensar como conquistar o
Povo trabalhador brasileiro novamente apesar
Da nação trabalhadora brasileira na sua grande
Maioria ser formada de trabalhadores o Partido
Dos Trabalhadores sofre no momento um grande
Desgaste na sociedade brasileira junta-se contra
O Partido dos Trabalhadores uma preocupante
Frente de combate composta de indivíduos
Perigosos influentes desprovidos de quaisquer
Bandeiras desenvolvimentistas querem só a
Vingança a retaliação a revanche se possível
Acabar com o PT Partido dos Trabalhadores o
PT Partido dos Trabalhadores verdadeiramente
Se afastou do povo trabalhador brasileiro da
Nação trabalhadora brasileira dos movimentos
Sociais dos sem terras dos sem tetos de tudo
Que foi a base o alicerce de formação do
Melhor partido político que já tivemos na
Política brasileira quem está com o PT
Partido dos Trabalhadores hoje são os
Que lucram rentistas os interesseiros os
Neoliberais o que prejudicou em muito
O partido os que o amam como o amo
De fora de longe tentamos entender o que
Transformou o sonho em ódio em raiva ira
Desilusão o PT Partido dos Trabalhadores
Precisa resgatar-se a si próprio com urgência
Voltar a ser o PT Partido dos Trabalhadores
Do povo trabalhador brasileiro da nação
Trabalhadora brasileira do nosso coração

A Presidenta Dilma Vana Rousseff; BH, 0270602013; Publicado: BH, 0280602013.

A Presidenta Dilma Vana Rousseff 
Precisa de apoio de muito apoio
Da sociedade brasileira arma-se 
Contra Dilma uma cadeia de propaganda
Enganosa para desmoralizá-la
Enfraquecê-la desrespeitá-la
A primeira mulher eleita presidenta da nação
Sofre um bombardeio covarde sem
Igual fazem de tudo para detoná-la
Não medem esforços com mentiras
Difamações assassinatos de reputação
Falsidades causa-me asco nojo até
Conhecer onde é capaz de chegar a
Baixaria humana são homens
Mulheres pais mães de famílias jovens
Políticos trabalhadores todos os tipos
De pessoas a esculacharem uma
Presidenta da República legitimamente
Eleita pelo povo estudantes estudantes
Bolsistas que nunca teriam chances à
Uma universidade noutra ocasião
Nunca teriam uma oportunidade como
Agora incrivelmente se unem numa
Campanha que pode até prejudicá-los
No futuro vamos dar uma chance à primeira
Mulher presidenta do Brasil se não
Demostrarmos apoios se nos omitirmos
Mais o Brasil demorará a superar a crise

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Será que a direita está em festa? BH, 0260602013; Publicado: BH, 0270602013.

Será que a direita está em festa?
Ao ver negados em praças públicas
Partidos políticos movimentos
Programas sociais será que a
Direita está em festa? viu faixas
Nas ruas a pedir a volta dos militares
O fim dos partidos loas à Ditadura
Será que a direita está em festa?
Saudações nazistas comportamentos
Fascistas negação da Democracia
Será que a direita está em festa?
Uma das festas que a direita gosta
De fazer é dizer que não é direita
Não é esquerda muito pelo
Contrário a festa estava mais
Para baile de terror baile de fantasias
De máscaras de mascarados mas
O samba não foi o composto por Zé
Keti os compositores os componentes
Eram todos anônimos será que a
Direita está em festa? os sarcófagos
Foram abertos várias múmias saíram
Das tumbas vários Ness despontaram
No lago o carnaval virou cinzas
Por direitos atropelaram direitos por
Justiça cometeram injustiças quase
Viramos catástrofe nacional
Internacional por capricho
Duma festa da direita que sonha
Em voltar ao poder para isso pode
Até acabar com o sonho dum
Brasil melhor para as futuras gerações
Será que a direita está em festa?

Os jovens das manifestações não pediram; BH, 0260602013; Publicado: BH, 0270602013.

Os jovens das manifestações não pediram
Pela Comissão Nacional da Verdade
Ao contrário vi muitos a pedir a
Volta da Ditadura do militarismo
Consequentemente dos torturadores
Das casas da morte do pau de arara
Os jovens das manifestações não
Pediram pelas terras indígenas dos
Quilombolas dos sem terra ainda
Baniram das manifestações o Movimento
Dos Sem Terra o MTST o Movimento
Dos Trabalhadores Sem Teto até
Rasgaram bandeiras do Movimento
Negro do Partido dos Trabalhadores PT
Os jovens das manifestações não
Defenderam o Bolsa Família vi muitos
Cartazes que o condenavam ridicularizavam
Difamavam os movimentos sociais
Os jovens das manifestações não
Quiseram saber do PROUNI das Cotas
Raciais das bolsas universitárias
Tentaram invadir nosso símbolo
Da nossa política externa respeitador
Respeitado no mundo todo por
Pouco não destruíram o Itamaraty
Os jovens das manifestações não sei
Bem onde estavam com as cabeças nos
Devidos lugares não acredito que
Estavam desprezaram a História a
Ciência a própria Educação por
Qual protestavam os jovens das
Manifestações pareciam com cabeças
Brancas de velhos caudilhos da política
Dos tempos das eminências pardas

terça-feira, 25 de junho de 2013

Com essas movimentações das manifestações; BH, 0240602013; Publicado: BH, 0250602013.

Com essas movimentações das manifestações
Perdeu-se o foco da Comissão Nacional da Verdade
Que procurava passar a limpo punir os crimes da
Ditadura sangrenta de alguns militares conservadores
Mais reacionários aproveitaram para pedir a queda do
Governo Dilma Vana Rousseff em pura represália para
Tumultuar impedir a continuidade da apuração do que foi
Cometido muitos loucos pediram a volta do militarismo
Mas com certeza não têm fundamentos no que pedem não
Conhecem a nossa História ou temem a justiça brasileira
Torço pela continuidade da Comissão Nacional da Verdade
Apesar da falta de apoio da mídia que foi cúmplice da Ditadura
Assassina muitos infiltrados nas manifestações talvez não
Tenham conhecimento da Comissão Nacional da Verdade
O povo precisa saber disso para poder apoiar essa Comissão
Nacional da Verdade sem o sentimento de revanchismo que
Alguns querem alegar articulistas do PIG Partido da Imprensa
Golpista combateram detonaram a Comissão Nacional da
Verdade mas o governo não se deve deixar abater junto com
Aos que esperam por justiça esses movimentos dessas
Manifestações precisam pressionar ao STF Supremo Tribunal
Federal por uma Lei de Anistia mais adequada punitiva não
Uma lei que beneficie aos torturadores que essas mudanças
Venham de dentro do Brasil a sofrer a causar influência no
Brasil com cara com rosto com coragem com liberdade

O Brasil passa por momentos maravilhosos; BH, 0240602013; Publicado: BH, 0250602013.

O Brasil passa por momentos maravilhosos
Com o povo nas ruas em manifestações
Algo que sempre almejei ver desde os
Tempos de chumbo da Ditadura apesar
De vivermos em plena Democracia
Longe dum estado de exceção
Nada tira o brilho da festa popular
Lamento apenas as depredações
As queimas de automóveis os saques
Arrombamentos mas movimento
Nenhum ocorre sem algum prejuízo
Para ambos os lados o povo o estado
Fico triste de ver a velha mídia que nunca
Esteve do lado do povo de repente
Elogiar dizer que maravilha que lindo se
Quando o povo precisou da mídia
Puxou o tapete do povo principalmente
Nas Dietas Já de qualquer forma
Bem-vinda essa ação popular se for
Sem violência melhor ainda porém
Se houver excesso dalgum dos lados
O tempo curará pelo menos agora
Não teremos os generais torturadores
As casas da morte os altos-fornos de
Sumir com cadáveres nem jovens
Idealistas a ser lançados de aviões
Em alto-mar no muito um pega
Daqui dali da polícia um corre-corre
Lágrimas de gás lacrimogênio o metiê
De praxe de manifestações numa
Democracia bem-vindo a um novo
Brasil não anônimo sem máscara mas
Com a cara todas as caras dos brasileiros

Das manifestações de quando segmentos ; BH, 0240602013; Publicado: BH, 0250602013.

Das manifestações de quando segmentos
Da sociedade, organizados ou não começam
A manifestar-se em praças públicas contra o
Programa Bolsa Família o PROUNE as Cotas
Raciais demarcação de terras indígenas terras
Quilombolas sem terra sem teto movimento
Negro sem empregos gays começo a ficar
Severamente preocupado manifestam-se sem
Pensar nas consequências que trariam o fim
Dessas conquistas desses reparos que
Tentamos fazer por tantos anos de
Injustiças quando bradam contra a
Corrupção a sonegação a burocracia os lucros
Exorbitantes dos empresários aplaudo
Só não percebo quando embarcam
Cegamente nessa do MPL Movimento
Passe Livre com o povo a pagar a
Tarifa todos conhecemos os serviços
Como são se a tarifa for abolida
Quem garantirá ao povo os serviços
Melhores ônibus nos horários conservados
Com o povo organizado ordeiro a
Usufruir deles? com a dimensão continental
Do Brasil nos longínquos cantões onde a
Presença do estado é escassa quem
Garantirá ao povo os serviços de ônibus?
É necessário pensar-se em soluções em
Garantias em manutenções antes de
Exigir-se o fim das tarifas para que o
Povo não fique mais a pé do que já
Está quanto às nossas Instituições que
Bem ou mal funcionam normalmente vamos
Preservá-las democraticamente sem violência

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Que transborde em mim a doutrina da essência das coisas; BH, 020102001; Publicado: BH, 0240602013.

Que transborde em mim a doutrina da essência das coisas
Que nunca me falte o conhecimento das causas primeiras
Dos primeiros princípios que atropele-me o inventário
Sistemático dos conhecimentos provenientes da razão pura
Que seja dum phd na teoria das ideias que obtenha sutileza
Transcendência no discorrer da minha vida que absorva-me
A metafísica para que o verbo possa sutilizar-me tornar-me
Metafísico transcendente nebuloso ao metafisicar-me a
Aplicar-me a um estilo poético contemplativo caracterizado
Pela adjetivação espirituosa filosoficamente profunda volto
Ao século XVIII para que seja versado na poesia inglesa na
Dialética na arte de raciocinar com lógica de argumentar
Discutir com juízo um ser dialético bom argumentador até
Na parte da filosofia que estuda os deveres do homem para
Com Deus a sociedade na deontologia a ciência da moral
Dos costumes da ética pagão se for porém ético sem perder
A faculdade própria de homem de se conhecer pelo espírito a
Distinção das ideias das coisas a fazer bom uso das faculdades
Intelectuais ter juízo domínio sobre bom senso noção do direito
Da justiça da alegação do argumento da prova da causa do motivo
Que alimente-me da razão da conta de relação matemática seja
Correto sério como um livro de escrituração comercial de empresa
Íntegra ai meu Deus se evoluísse a tanto com segurança esperança
Com amor de sangue derramado com parte de sangue que coagula
Com elemento corante de sangue com riqueza de grupiara de lavra
De garimpo de diamantes ai meu Deus quem me dera atingir a
Elevação como um garimpeiro atinge um veio na crupiara como o
Crúmen da glândula suborbital de certos ruminantes cuja secreção
É odorífera, não é um crume de bílis de suco gástrico de humano
Comum quero cruentar a filosofia ensanguentar sem violência só
Com a cruentação espiritual como uma levitação de pássaro
Crucirrostro que tem o bico cruzado mas que tem suporte crucífero
Traz a cruz na frente não para representar o sofrimento, mas sim para
Afastar aqueles que temem qualquer imagem cruciforme que só quer só
Crucificar o errado fazer o crucificamento do medo ser o crucificador
Da covardia o que crucifica a injustiça é o crucífero que liberta a
Alegria  que liberta o prazer do cruciferário aquele que é feliz por
Levar a cruz nas costas nas procissões o cruciário da verdade pois
Sabemos que a tal da mentira nos traz cruciação mentir é cruciamento
Sofrimento eterno, é crime hediondo, mortificação da alma
Provação árdua para o espírito o homem devia ser natural
Como uma crucífera espécime das Crucíferas família de plantas
Cujas flores têm as pétalas dispostas em cruz a couve mostarda
São assim crucíferas cruci do latim crux crucio de sofrimento físico
Ou moral dos deveres da conclusão que se tira duma
Obra dum fato do conjunto das nossas faculdades morais
O que há de moralidade em qualquer coisa relativa aos
Bons costumes ao domínio espiritual ser de oposição àquilo
Tudo que é físico natural desprezar o que não for
Não tiver moralidade não tiver qualidade de reflexão de
Conceito ou de intuito tais certas fábulas ou narrativas do
Sistema que trata exclusivamente do moralismo jamais
Ser falso moralista seja a pessoa que escreve que preconiza
Preceitos de moralização seja até moralizador o que moraliza
Que constitui que encerra ações sãs que dá bons sábios
Exemplos que aconselha para tornar conforme a infundir
Corrigir o comportamento o pensamento sem reflexões
Que morre sem aprender a moralizar porém falso jamais
Tenha até o cróton o nome de várias euforbiáceas de
Folhas ornamentais tenha o crotão porém o nome de
Falsidade o desequilibra o nome de falso o arruína
Mata-o antes da raiz tanto o crotalóide quanto o crotalídeo
Semelhantes aos Crotalídeos espécime de família de serpentes
Que tem por tipo a pior cascavel fogem do falso do
Irreal do que não é verdadeiro tem medo da
Realidade só a cróssima a peça de ferro de aço
De forma triangular colocada nos desvios das vias
Férreas nos pontos que que os trilhos se interceptam
O jacaré a chave são os que podem esfacelar caixa
Craniana tão croqui de esboço tão rudimentar arcaico
Fora do alcance do cronoscópio do cronônimo fora do
Calendário das eras históricas da designação de várias
Palavras que indicam época Maio Hégira Quinhentos o
Século XVI o cronologista sabe disso agora o mentiroso
Não nem o tempo está do lado dele só a fogueira da
Inquisição o fogo do inferno são os que o esperam de
Gargantas abertas escancaradas aptas a engolirem-no o
Noticialista de imprensa o localista croniqueiro terá todo
O prazer de num crônicon, volumosa crônica medieval, num
Cronicão de antigos livros genealógicos narrar o fim da
Cronicidade da qualidade das doenças crônicas trazidas
Com a mentira preciso só da cronaxia do tempo necessário
Para a excitação dum elemento nervoso que uma corrente
De intensidade duas vezes maior que a inicial a reóbase
Necessita para a excitação de nervo ou músculo quando o
Estímulo é prolongado indefinidamente partícula ou grânulo
De que é constituída a cromatina no cromômero cromolitográfico
Da litografia feita a cores a cromolitografia de utilidade de
Aparelho com que se mede a riqueza do sangue em hemoglobina
Glóbulos vermelhos o útil cromocitômetro do crômato de
Estado dum corpo em que há diferentes cores conjunto de
Vários arcos-íris na policromia das retinas na imitação da
Pintura a óleo por policromia a isocromia da litografia da
Cromocitometria do crômixo do anino bivalente CrO do CrO3
Ácido hipótetico dos derivados do cromo trivalente da
Cromatografia processo moderno de identificação analítica
Pela escala cromática baseado na absorção seletiva dos
Constituintes dum corpo cromatóforo a célula
Pigmentada nos animais que mudam de cor devido ao que
Exprime ideia de colorido do cromato designação genérica dos
Sais que encerram o anion bivalente CrO derivado do ácido
Crônico sinto-me crivado por todas as palavras furado em
Muitas partes por todas as letras atravessado por todas as
Frases que não dizem nada cravejado por todos os pensamentos
Que usam a critomancia a advinhação por meio da cevada
Que não leva a nada só à manducação à critofagia o ato de se
Nutrir crito do grego krithé pois sei que a critiquice irá matar-me
A crítica sem fundamento depreciativa é a pior mas penso
Que alguém tem que ousar enfrentar o critiqueiro não ter medo
Do criticastro o crítico sem valor alguém tem que passar por
Criticista mostrar a criteriologia a parte da Lógica que estuda
Os critérios da verdade pura sem cristalomancia sem suportar a
Advinhação por meio dum pedaço de gelo ou dum cristal
Ou vasos espelhos de icebergs boa pintura a óleo no túmulo é (1)

terça-feira, 18 de junho de 2013

MIKIO, 191, Aonde andarão meus ossos de minha caveira BH, 0170602013; Publicado: BH, 0180602013.

Aonde andarão meus ossos de minha caveira
Meu esqueleto fóssil cadê? meu esqueleto de
Marfim que plantei no jardim? qual demônio
Feiticeiro roubou-o? que sacerdote macumbeiro
Fez de minha costela patuá? qual xamã fez dos
Meus espinhos vodu dançou ao espalhar as
Minhas cinzas pelos canteiros? que bruxo mago
Fez talismã do meu osso sacro qual preto velho
Benzeu amuleto com meus restos mortais? nem
As rezas-bravas de minha avó preta ou as
Orações da minha avó índia curaram meus
Quebrantos esperneio inda choro com caxumba
Pirraço com espinhela caída coço-me todo é
Cobreiro pelo corpo cadê a arruda de guiné?
Prometeram-me um corpo fechado fecharam-me
O ser a alma o espírito não vou mais vagar de
Cemitério em cemitério a procurar alguém terá que
Dar conta dos meus pedaços que foram feitos de
Despachos nas encruzilhadas do meu sangue
Que foi usado em pacto em ritual sem a minha
Ordem explícita terei que recompor-me não
Sei como restaurar-me a alma pasteurizar-me o
Espírito se os encontrar por aí perdidos
Retificar-me o organismo reatar-me aos
Elementos juntar esses despojos
Pedir a alguma mulher puta que saiu da minha
Costela para soprar nas minhas narinas à
Meia-noite cadáver reencarnado fingirei
De vivo entre os mortos

Nietzsche, Aurora, 516 - Não fazer entrar seu demônio; BH, 0180602013.

Mantenhamo-nos sempre nesta época fiéis à opinião de que a
Benevolência e os benefícios constituem o homem bom;
Mas não deixemos de acrescentar:
"Com a condição de que comece a utilizar sua benevolência e
Seus benefícios em proveito próprio!"
Pois, de outro modo - se foge de si mesmo, se se detesta e
Se se prejudica - não será certamente um homem bom.
E então não fará coisa que salvar-se a si mesmo nos outros:
Que os outros cuidem que não lhes aconteça nada de mal,
Apesar de todo o bem que ele parece lhes querer!
 - Mas é exatamente isso:
Fugir e odiar seu eu, viver em e para os outros e para outros -
Que se chama até hoje, com tanta desrazão como segurança,
"Altruísta" e, por conseguinte, "bom"!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Llewellyn Medina, Inventário, O homem; BH, 0170602013.

O homem é sempre um ator
Tem dois lados
Duas faces
Como as ilustrações de Don Giovani.

Você olha nos seus olhos
E nunca sabe se os está fixando nos seus
Você diz uma palavra
Quando outra é que quer desprender-se do seu coração.

Por que você não diz esta,
Mas aquela?

Você não quer que suas defesas venham abaixo
E que suas vísceras sejam expostas
Permitindo aos sacerdotes
Que à vista delas façam augúrios
E prevejam o que você não quer imaginar.

O homem só faz lutar uma luta de florete
Em que não há parceiro
Mas rival
Os golpes são sempre elegantes
Um passo para a frente
Mãos nas cadeiras
Tantos passos pra trás
"Touche".

Assim parece ser a vida...
Entretanto
Vez ou outra
Você se depara com um semi-deus
Então
À vista do peito aberto
Da ausência de qualquer defesa
Você matuta:
Por que com os semi-deuses
As coisas são sempre tão difíceis?
Por que não lutam eles a luta dos mortais
Que mistificam
Dissimulam
Disfarçam
Por que você tem de olhar nos olhos do semi-deus?
Deus dele me livre para sempre
Quero ser apenas um reles humano
Esconder a face
Não revelar sentimentos
Continuar a viver esta vida inútil
E por ela ansiar ineludivelmente.

Manoel de Barros, Ensaios Fotográficos, Borboletas; BH, 0170602013.

Borboletas me convidaram a elas.
O privilégio insetal de ser uma borboleta me atraiu.
Por certo eu iria ter uma visão diferente dos homens e das coisas.
Eu imaginava que o mundo visto de uma borboleta -
Seria, com certeza, um mundo livre aos poemas.
Daquele ponto de vista:
Vi que as árvores são mais competentes em auroras do que os homens.
Vi que as tardes são mais aproveitadas pelas garças do que pelos homens.
Vi que as águas têm mais qualidade para a paz do que os homens.
Vi que as andorinhas sabem mais das chuvas do que os cientistas.
Poderia narrar muitas coisas ainda que pude ver do ponto de vista de uma borboleta.
Ali o meu fascínio era azul.

Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira, Desalento; BH, 0170602013.

Uma pesada, rude canseira
Toma-me todo. Por mal de mim,
Ela me é cara... De tal maneira,
Que às vezes gosto que seja assim...

É bem verdade que me tortura
Mais do que as dores que já conheço.
E em tais momentos se me afigura
Que estou morrendo... que desfaleço...

Lembrança amarga do meu passado...
Como ela punge! Como ela dói!
Porque hoje o vejo mais desolado,
Mais desgraçado do que ele foi...

Tédios e penas cuja memória
Me era mais leve que a cinza leve,
Pesam-me agora... contam-me a história
Do que a minh'alma quis e não teve...

O ermo infinito do meu desejo
Alonga, amplia cada pesar...
Pesar doentio... Tudo o que vejo
Tem uma tinta crepuscular...

Faço em segredo canções mais tristes
E mais ingênuas que as de Fortúnio:
Canções ingênuas que nunca ouvistes,
Volúpia obscura deste infortúnio...

Às vezes volvo, por aquecê-la,
A vista súplice em derredor,
Mas tenho medo de que sem ela
A desventura seja maior...

Sem pensamentos e sem cuidados,
Minh'alma tímida e pervertida,
Queda-se de olhos desencantados
Para o sagrado labor da vida...

                                           Teresópolis, 1912

domingo, 16 de junho de 2013

Casimiro de Abreu, Brasilianas Cânticos, Orações; BH, 0160602013.

                                                                     
                                                                  A...

A alma, como incenso, ao céu s'eleva
Da férvida oração nas asas puras,
E Deus recebe como um longo hosana
O cântico de amor das criaturas.

Do trono d'ouro, que circundam anjos,
Sorrindo ao mundo a Virgem-Mãe s'inclina,
Ouvindo as vozes d'inocência bela
Dos lábios virginais duma menina.

Da tarde morta o murmurar se cala
Ante a prece infantil, que sobe e boa
Fresca e serena qual perfume doce
Das frescas rosas de gentil coroa.

As doces falas de tua alma santa
Valem mais do que eu velho, oh querubim!
Quando rezares por teu mano à noite,
Não t'esqueças - também reza por mim!

Mário Quintana, Baú de Espantos, Um nome na vidraça; BH, 0160602013.

A guriazinha
Desenha as letras do seu nome na vidraça
 - Encantadoramente mal feitas -
As letras escorrem...
Enquanto isto,
Umas pessoas morrem.
Outras nascem...
Entre umas e outras,
Viro mais uma página
Desta novela policial.
E exatamente à página 293, verifico,
Quando o herói vai torcendo cautelosamente o trinco da porta,
Interrompo
A leitura
E ele e todos os outros personagens ficam parados.
Eu sou o Deus carastróico: não ligo,
Olho agora a litografia da parede
 - Um trigal muito louro e acima dele apenas uma asa
Contra o céu azul.
É como se eu abrisse uma janela na frustração da chuva!
Bem, neste momento as pessoas já devem ter morrido ou nascido
A verdade, minha filha,
É que eu não sei como parar este poema:
Nos dias de chuva sobem do fundo do mar os navios fantasmas,
Sobem ruas, casas, cidades inteiras,
E procissões, manifestações, os primeiros
E os últimos, o padre-cura e o boticário
Discutindo política na esquina...
(A gurizinha
Apaga as letras lacrimejantes da vidraça.
E recomeça...)

Mário Quintana, Antologia Poética, Bar; Publicado: BH, 01606002013.

No mármore da mesa escrevo
Letras que não formam nome algum.
O meu caixão será de mogno,
Os grilos cantarão na treva...
Fora, na grama fria, devem estar brilhando as gotas pequenas do orvalho.
Há, sobre a mesa, um reflexo triste e vão
Que é o mesmo que vem dos óculos e das carecas.
Há um retrato de Marechal Deodoro proclamando a República.
E de tudo irradia, grave, uma obscura, uma lenta música...
Ah, meus pobres botões! eu bem quisera traduzir,
Para vós, uns dois ou três compassos do Universo!...
Infelizmente não sei tocar violoncelo...
A vida é muito curta, mesmo...
E as estrelas não formam nenhum nome.

Tito Júlio Fedro, Fábulas, XXIII - O cão fiel; Publicado: BH, 0160602013.

O (que se faz), de repente e de modo generoso, é bem
Aceito pelos tolos, mas apresentar ardis inúteis para os atilados.
Um ladrão noturno jogou pão ao cachorro, tentando
Capturá-lo, com o alimento lançado (à frente da boca dele).
"Olá", diz o (cão), "antes do mais, queres trancar minha (boca)
Para não ladrar em favor da propriedade do (meu) senhor?
Enganas-te, redondamente.
Essa (tua) inesperada generosidade ordena que
Eu vigie a fim de que não faças lucro por minha culpa."

Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu, Lira XXXIII; Publicado: BH, 0160602013.

Minha Marília
Se tens beleza,
Da Natureza
É um favor.
Mas se aos vindouros
Teu nome passa,
É só por graça
Do Deus de amor,
Que canto inflama
A mente, o peito
Do teu Pastor.

Em vão se viram
Perlas mimosas,
Jasmins, e rosas
No rosto teu.
Em vão terias
Essas estrelas,
E as tranças belas,
Que o Céu te deu;
Se é em doce versos
Não as cantasse
O bom Dirceu.

O voraz tempo
Ligeiro corre:
Com ele morre
A perfeição.
Essa, que o Egito
Sábia modera,
De Marco impera
No coração;
Mas já Otávio
Não sente a força
Do seu grilhão.

Ah! vem, ó Bela,
E o teu querido,
Ao Deus Cupido
Louvores dar;
Pois faz que todos
Com igual sorte
Do tempo, e morte
Possam zombar:
Tu por formosa,
E ele, Marília,
Por te cantar.

Mas ai! Marília,
Que de um amante,
Por mais que cante,
Glória não vem!
Amor se pinta
Menino, e cego:
No doce emprego
Do caro bem
Não vê defeitos,
E aumenta quantas
Belezas tem.

Nenhum dos Vates,
Em teu conceito,
Nutriu no peito
Néscia paixão?
Todas aquelas,
Que vês cantadas,
Foram dotadas
De perfeição?
Foram queridas;
Porém formosas
Talvez que não.

Porém que importa
Não valha nada
Seres cantada
Do teu Dirceu?
Tu tens, Marília,
Cantor celeste;
O meu Glauceste
A voz ergueu;
Irá teu nome
Aos fins da terra,
E ao mesmo Céu.

Quando nas asas
Do leve vento
Ao firmamento
Teu nome for:
Mostrando Jove
Graça extremosa,
Mudando a esposa
De inveja e cor;
De todos há de,
Voltando o rosto,
Sorrir-se Amor.

Ah! não se manche
Teu brando peito
Do vil defeito
Da ingratidão:
Os versos beija,
Gentil Pastora,
A pena adora,
Respeita a mão,
A mão discreta,
Que te segura
A duração.

Babilak Bah, O ser tão brasileiro; BH, 0160602013.

O ser tão brasileiro ainda está para nascer
Provido de três corações proclamando um novo Palmares
Filho de Lampião e Minerva,
Criado pela mãe Menininha, educado nos fundamentos:
De Paulo Freire, nos preceitos dialéticos dos orixás.
Um ser poliglota conhecedor de línguas extintas
Valente canibal devorador de ideologias vindouras,
Um ser quântico,
Matemagicamente possível no raciocínio de Einstein,
O novo ogã, um sacerdote do candomblé,
Talvez do santo daime,
Daí-me um são Tomé com letra tupiniquim...
A primeira missa rezada em oriki
Um ser tão universal que vomite as fúrias tupinambás
Legitimo cidadão não compadecido das usuras portugais
Abre alas que o novo brasileiro vai passar
Com toda soberania de um mestre sala

Álvaro de Campos/Fernando Pessoa, O binômio; BH, 0160602013.

O binômio de Newton
É tão belo
Como a Vênus de Milo.
O que há
É pouca gente
Para dar por isso.
óóó---
óóóóóó
óóó---
óóóóóóó
óóóóóóóó
(O vento lá fora.)

Nicolas Boileau, Antologia da Poesia Francesa, A Arte Poética; BH, 0160602013.

Qualquer que seja o assunto, engraçado ou sublime,
Deve nele casar o bom senso com a rima.
Parece, em vão, que os dois não se dão muito bem:
Cabe à rima servir, sendo simples escrava.
                                   
                                    *

Amai, pois, a razão e dela tão-somente
Venha o brilho e o valor que houver em vossos livros.

                                    *

Quem conter-se não sabe escrever nunca soube

                                    *

Enfim chegou Malherbe e, por primeiro, em França.
Nos versos fez sentir uma justa cadência,
E no texto o lugar que realça a palavra,
A rima reduzindo às regras do dever.
Pelo sábio escritor, a língua reparada,
Nunca mais ofendeu ouvidos refinados;
As estrofes, com graça, a cair aprenderam,
E não mais cavalgou o verso sobre o verso.
Aceita a sua lei, esse exemplo seguro
De modelo inda serve a quem tenta escrever.

                                   *

Antes, pois, de escrever aprendei a pensar.

                                  *

Dai pressa lentamente e sem desfalecer;
Vinte vezes voltai à mesa de trabalho,
Vosso escrito polindo e sempre repolindo;
Às vezes acrescei, sobretudo apagai.

                                  *

Longo poema vale um soneto sem falha.

                                  *

Um rimador, impune, além dos Pirineus,
Num dia só, na cena, abarca muitos anos.
Lá, quanta vez, o herói de grosseiro espetáculo
É menino ao começo e velho ao fim da peça.
Mas, nós, pela razão, às regras apegados,
Nós queremos que a ação, com arte, se desdobre
Num só lugar, num só dia, um fato se conclua
E, até o fim, mantenha o teatro repleto.






Nietszche, Além do Bem e do Mal, A corrupção que exprime; BH, 0160602013.

A corrupção que exprime uma ameaça de anarquia nos instintos e um abalo
Fundamental nesse edifício das paixões que constitui a vida, essa corrupção
É muito diversa, segundo o organismo em que se manifesta.
Quando, por exemplo, uma aristocracia como a aristocracia francesa no
Começo da Revolução rejeita seus privilégios com um sublime desgosto e
Se oferece ela própria em sacrifício diante do transbordamento moral, essa
É realmente corrupção: - na realidade, não se deve ver aí senão o ato final
Desses séculos de corrupção persistente, por meio da qual essa aristocracia
Ha via abdicado passo a passo de seus direitos senhoris para se rebaixar a
Não ser mais que uma função da realeza (para terminar por ser enfim sua
Aparência e seu traje de pompa).
O que distingue, pelo contrário, uma boa e sã aristocracia é que ela não tem
O sentimento de ser uma função (seja da realeza, seja da comunidade), mas
O sentido e a mais elevada justificação da sociedade - é que ela aceita, em
Decorrência, de coração leve, o sacrifício de uma multidão de homens que,
Por causa dela, devem ser reduzidos e rebaixados ao estado de homens
Incompletos, de escravos e de instrumentos.
Essa aristocracia terá uma lei fundamental: a saber, que a sociedade não
Deve para a sociedade, mas somente como uma infra-estrutura e um
Sustentáculo, graças ao qual seres de elite podem se elevar até uma função
Mais nobre e chega simplesmente, a uma existência superior.
Como essa planta trepadora de Java - chamada cipó matador - que, ávida
De sol, aprisiona com suas múltiplas raízes o tronco de um carvalho, de tal
Modo que por fim ela se eleva bem acima dele, mas apoiada em seus ramos,
Desenvolvendo sua coroa ao ar livre para exibir sua felicidade aos olhos de todos.

sábado, 15 de junho de 2013

Luis Nassif, Fernando Pessoa, Socégo enfim.


Meu coração deserto
Nada espera da inútil caravana.
Pouco a pouco meu spirito se irmana
Com ter perdido o próprio sonho incerto.
É sempre além de mim o indescoberto porto ao luar
Com que se o sonho engana.
De imperceptível se descobre,
Plana parece a vida a este desacerto.

Estagno a lagos de algas por achar,
Sinto vazio o barco das amadas.
A noite despe não haver o luar

E como um filtro de horas encantadas,
Tremem os rios, gelam as estradas,
No absurdo vácuo d´eu não ter que amar.

Ai de mim malgrado meu; BH, 02301201999; Publicado: BH, 0150602013.

Ai de mim malgrado meu
Nas minhas lamentações sem fim
Angústias augúrios dores
Sofrimentos infelicidades
Ai de mim
Nas minhas reclamações infinitas
Insatisfações mágoas
Lamúrias lágrimas
Sou pior do que criança sem berço
Menino desmamado
Refugiados em campos sem pátria
Flagelados das secas
Vítimas de terremotos
Maremotos guerras
Ai de mim
Que em vista de ser assim
Simplório covarde
Penso que os meus males
São os maiores do mundo
Nunca nem fui
Vítima de naufrágio
Sofri queda de avião
Sem paraquedas
Naco de carne fresca
Nas garras do tubarão
O que é que quero então?
Quero a salvação?
Quero ir para o céu?
Ai de mim
Que não tenho
Vocação para santo
Disposição para tanto 
Não tenho alma,
Não tenho espírito
Em qualquer vão de escada
Repouso a cabeça
Fecho os olhos para sonhar

Realmente gostaria de saber quem é que manda; BH, 080202000; Publicado: BH, 0150602013.

Realmente gostaria de saber quem é que manda
Nesta bagunça aqui? na frente das TVs das rádios
FHC vulgo Fernando Henrique Cardoso fala que
Quem manda é ele depois vem ACM Antônio Carlos
Magalhães vulgo Toninho Malvadeza manda-o calar
A boca manda-o ir tomar banho fala que quem manda
É ele tudo isso com o dedo esticado no nariz de FHC
Vulgo Fernando Henrique Cardoso o pobre não tem
Mais nada a fazer  a não ser enfiar o rabo entre as
Pernas calar a boca que não é burro pois ACM
Conhece todos os podres de FHC que se der com a
Língua nos dentes vai ficar mesmo ruim para
Todo mundo ministros senadores deputados a
Matilha toda pois com toda a minha falta de
Educação assumida nunca vi corja pior
Mais sórdida mais famigerada do que essa
Corja que se aboletou no poder lá em Brasília
Que agora quer nos meter goela abaixo o tal do
Pedro Malan que só mesmo quem for imbecil é
Que vai engolir esse sapo-mor representante dos
Interesses espúrios do capital estrangeiro deixemos
De baixaria a turma tem mais é que ser esquecida
Tenho fé em Deus que não deixará as suas marcas
Impressões na nossa história agora a nossa
Mentalidade precisa mudar agora precisamos
Adquirir a coragem a fé mudarmos sem o medo
Do desconhecido sem o medo do amanhã das
Provocações que passaremos pois sei que pior não
Pode ficar tudo só vai melhorar não precisamos
Decorar nem ensaiar o nosso papel é só desempenhá-lo
Com dignidade constitucionalidade direito deveres de
Cidadãos não renovar o mandato de metade da corja
De ladrão mandar a metade ou toda a corja trabalhar
No cabo da enxada na plantação de batatas arroz
Feijão vai todo mundo aprender a suar a camisa
Para comer o pão não ficar no gabinete no ar
Condicionado a ganhar milhões sem derramar uma
Única gota de suor é de mais vamos dar um basta
Revolucionário um ponto final um chega para lá
Cobrar cadeia para todos aqueles que estão a dever
À justiça se escondem atrás da impunidade
Parlamentar do poder financeiro quando Jair
Bolsonaro Leonel Brizola pedem o fuzilamento
Dum homem que não está a honrar o compromisso
Com o povo brasileiro não é de se ficar surpreso
Muitas pessoas estão na miséria muitas empresas
Faliram muita gente perdeu o emprego o desemprego
Aumentou a situação é desesperadora é só falar
Assim para ver se o dito cujo se manca resolve
Esquecer os papas estrangeiros se volte para as
Noviças as beatas brasileiras esse cara é a pedra no
Meu sapato e toda vez que juro a mim mesmo que
Não vou falar mais nele quando acordo me vejo na
Contingência de pegar uma caneta uma folha de
Papel espinafrá-lo igual gente grande FHC é tão ruim
Que não consigo tirá-lo do meu contexto do meu meio
Das minhas ideias pensamentos palavras frases letras
Etc tomei-o como meu inimigo declarado não consigo
Suportar o sorriso de boca torta que ostenta nos
Principais jornais parece uma boca de velha murcha
Desdentada é demais são cinco horas trinta três
Minutos duma terça-feira de tarde chuvosa aqui em
Belo Horizonte daqui a pouco tenho que fechar a banca
Encarar o trânsito de volta para casa inda bem que
Chove esses dias todos a chuva é boa para a terra
Vermelha de Minas Gerais que estava muito torrada
Pelas queimadas muito seca pela falta da chuva quero
Deixar bem claro que este fragmento não tem nenhuma
Obrigação com nada é só um meio de desafogar a
Pressão manter o cérebro em oxigenação para que
Não figure enferrujado a parecer catraca de bicicleta velha
Sem graxa sem lubrificação a ranger feito cama de pau
De casa de pau-a-pique que geme toda noite ou quando o
Vento bate de madrugada a espantar os fantasmas não
Posso chamar de obra este fragmento não posso chamar
De bibliografia nem de literatura não sei a encargo de quem
Deixarei o uivo da definição enquadramento de todos os
Fragmentos que já gerei durante todo o período que permaneci
Aqui na Avenida Augusto de Lima Barro Preto em frente ao
DI Departamento de investigação principalmente este de hoje
Onde agora devido a tarde nublada já parece que quer
Escurecer porém é o jeito do dia de chuva que fica assim
Plúmbeo quero mais é que chova mas que não morra
Ninguém que chova bastante pois a chuva faz bem muito bem
À terra vermelha de Minas Gerais da cor do sangue que
Carrego em minhas veias sangue que um dia espero poder
Derramar por este solo mineiro quero misturar o meu sangue
Com esta terra onde não saberei qual é o meu sangue não
Saberei qual é a terra da massa construirei um alicerce para
Embasar o meu futuro nada vezes nada cem vezes nada
Balançará fará tremer a fortaleza que for construída da mistura
De terra vermelha de Minas Gerais com o vermelho do sangue
Mineiro que corre em minhas veias mineiras o sentimento
Que carrego é o sentimento de não perder o esforço desenvolvido
Pelo meu papel não perder o meu papel fazer dele a abertura
Para a felicidade, o desenvolvimento a mudança a evolução a
Criação a revolução de todo um teor que de gerações em
Gerações vem nos relegar a um segundo papel não a um papel
De orgulho de ambição de fé mas um papel sem estrutura de
Pés no chão que quer calar a voz do coração mas aí é que
Entra o nosso sangue aí é que entra a nossa terra a nossa pedra a
Nossa fortaleza que dela não abriremos mãos nem mortos (2)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um papel qualquer está a me esperar preciso; BH, 080202000; Publicado: BH, 0140602013.

Um papel qualquer está a me esperar preciso
Representar bem o meu papel neste papel qualquer
Que está a me esperar nenhuma condição fanática
Só o branco dum papel a esperar que um papel seja
Muito bem representado por um autor nenhuma
Perspectiva de lucros nenhum sonho de sono só o
Sonho por si só só o sono por condição de sono sem
Condição de sonhar pois a realidade é a sabedoria do
Berço milenar do tempo do Cipão Japão antigo do
Tempo da China suas famílias de dinastias do Egito
Dos sarcófagos das pirâmides dos faraós à Índia
Demais culturas de todo Oriente Médio velha Europa
Por aí à fora que o universo vai embora todo o sono
Com todo o sonho possível não seriam suficientes para
Enumerá-los meu Deus sou o que não sei qual é o meu
Papel? não sei o que é que tenho que representar perante
Mim perante os demais sonhadores sobreviventes do caos?
Sou o que não sei nada a meu respeito só me envergonho de
Mim? não encontro nem nas fórmulas matemáticas nem
Nas figuras da álgebra o ponto final de todas as dúvidas que
Dentro dos meus labirintos gravadas nas minha lápides
Escondidas nos meus recônditos sepulcrais valas covas
Indigentes como é difícil conectar o pensamento plugar a
Ideia canalizara energia as ondas cerebrais em pró dum
Ideal de evolução mudança transformação o tempo vai
Passar cada vez mais vamos ficar atrás do tempo longe da
Dimensão fora do raio de ação do ângulo de visão capaz
De decifrar os enigmas pelas poeiras pelas moléculas do ar
Tudo não se acaba em papel de parede em decoração de
Quartos salas cômodos de casas pode ser até um efeito
Visual uma estética de ilusão de retina ocular mas não o
Modelo adequado não o exemplo de perfeição de
Comportamento equilibrado ilibado salvo das turbulências
Das recaídas da embriaguez trôpega irracional da ira do
Ódio do gênio do mal que nos persegue a oferecer bugigangas
Eletrônicas as quais aceitamos de olhos vendados tais nativos
Que aceitaram espelhos outras quinquilharias em troca das
Farturas da terra não nos desligamos deste elo de colonialismo
De atraso ainda comemoramos batemos palmas fazemos
Festas para os nossos donos como se fossemos cãezinhos
Domesticados ensinados entregamos nossas melhores
Mulheres entregamos a nossa natureza nosso ouro ferro
Águas energia entregamos tudo alucinadamente parece que
Estamos doentes tal a voracidade que cortamos nossas árvores
Para que os nossos donos as levem para bem longe parece que
Estamos mortos que somos cegos surdos mudos não
Temos a devida sensibilidade a racionalidade para equilibrarmos
As ações dos cães devoradores canibais famintos antropófagos
Assassinos que nos sugam até a última gota de sangue não deixam
Nada para que possamos derramar por nossa pátria nossa terra
Nossos irmãos levam tudo tudo que é nosso passa para o
Nome deles perdemos a moral perdemos a personalidade o
Caráter o orgulho de ser povo nativo derrotado entregue
Pelo capital sugado esmagado iludido na demagogia na
Promessa que nunca é concretizada quanto mais confiamos
Mais afundamos caímos na malha na garra nos dentes nas mãos
Dos nossos verdadeiros donos dominadores só nós não
Percebemos a manipulação a entregação o fim da cultura o fim da
Tradição só nós não percebemos que estamos a ser usados
Escravizados renegados a segundo plano subalternos impedidos
Dum dia mostrar ao mundo a independência a república a federação
O estado brasileiro a felicidade real da nação precisamos mostrar o
Nosso papel não pode ser um papel de coadjuvante temos que
Mostrar um papel de realização que quebre os tabus os dogmas que
Nos são impostos que derrube complexos derreta o nosso gelo
Destrua toda a timidez que durante séculos nos deixou amarrados em
Troncos tanto como os escravos com as cabeças nos cepos para
Sermos decapitados pelo verdugos do capitalismo infernal do cruel
Neoliberalismo da globalização selvagem que não nos respeita não se
Preocupa com o nosso futuro a não ser nos lucros que podemos causar
Com a nossa eterna ignorância burrice obtusidade o dia em que
Pararmos de gerar lucros para eles perderão totalmente o interesse
Sobre nós sobre o nosso futuro presente história nunca vi em país
Sério nenhum acontecer no caso dos remédios igual aconteceu aqui com
O meu que não tem governo não tem presidente os que estão aí são
Controlados pelos grandes laboratórios fabricantes de remédios
Vejais que nos postos de saúde o paciente não encontra um remédio
Sequer da receita aviada por algum médico justamente para que
Tenha que ir à farmácia pagar caro pelos remédios das multinacionais
Tudo isso com total conivência dum governo covarde entreguista
Vendilhão que não merece de forma alguma o respeito a admiração
Do povo deste país que tem tudo para ser feliz não é quero olhar
No olho de cada componente da raça brasileira a perguntar qual é o
Nosso papel? é isso que nós queremos temos que fazer? a nossa
Opinião o nosso comportamento são ditados pelos famigerados da
Mídia ou nós podemos nós mesmos gerar os nossos próprios destinos
Sem interferência da burguesia da elite da classe dominante?
Preciso olhar nos olhos dum por um indagar não nos basta de
Miséria desgraça pobreza? não nos basta de vítimas das enchentes
Os flagelados os mortos por qualquer chuva de ocasião ou mesmo
Fora de época não nos basta? não nos basta mesmo não? preciso
Ouvir as respostas sinceras as soluções para sairmos do casulo no
Qual fomos esquecidos abandonados este papel de submissão que
Desempenhamos nos basta? é este o nosso papel na nossa história?
Ou podemos inverter a situação? podemos botar a gringada para
Correr controlarmos nós mesmos a nossa condição? estas respostas
Desejo aguardá-las desejo ouvi-las sonhar que no amanhã
Terei no peito um coração só meu livre com direito um coração que
Sente a preservação o aproximar da felicidade do riso da alegria
Jovens tais crianças podemos aprender com eles sem nos corromper
Sem nos violentar nos estuprar a contaminar o nosso bom humor
A nossa cordialidade hospitalidade nada de ameaça de invasão
Subjugação domínio nada de exploração bloqueio protecionismo
Importação predatória exportam tudo para nós não importam nada
Não compram da nossa manufatura a não ser o ferro o ouro o café
O de maior importância para eles os lucros obtidos aqui são todos
Enviados ao exterior sob as bençãos do banco central brasileiro que
Agora acabou de abençoar as remessas dos laboratórios de remédios
Ai dele se não abençoasse mas é o papel desse banquinho inútil (1)

Urgente: Brasil saindo às ruas.

O Brasil está vivendo um momento único, como não acontecia há décadas. Para nossa geração isso é um sinal de que estamos acordando políticamente, estamos voltando às ruas para exigir nossos direitos.
A imprensa e a polícia tentam nos classificar como vândalos, mas não é verdade. É uma desculpa para usar uma força policial violenta e brutal. A grande maioria de nós é contra a violência, só queremos um país livre para exercer a nossa cidadania.
Não se trata mais somente do aumento das tarifas de ônibus, já é muito mais do que isso: por uma outra cidade, um outro Brasil. 
Mas estamos com medo!
Vários amigos apanharam da Polícia Militar, presenciamos cenas absurdas de repressão e lemos notícias de que manifestantes serão tratados como terroristas, sobre gente presa por formação de quadrilha e por portar vinagre. Enquanto isso, só ouço evasivas e absurdos dos meus governantes diretos -- Fernando Haddad e Geraldo Alckmin.
Talvez você não concorde especificamente com o protesto contra o aumento da passagem. Mas todos temos que defender o direito de nos manifestarmos. Por que se hoje é contra a passagem, amanhã poderá ser para defender um direito seu. 
Obrigada,
Olívia de Castro e Marília Persoli

Folhas de papel que vão aparecer à minha frente, BH, 0250102000; Publicado: BH, 0140602013.

Folhas de papel que vão aparecer à minha frente
Folhas brancas de papiros infinitas prontas para
Ser preenchidas por meus toscos rabiscos como
Os deixados sobre as paredes das cavernas pelos
Meus antepassados que também se preocupavam
Deixar para o futuro os fragmentos marcados além
Das paredes das grutas nas pedras utensílios
Do mesmo modo quero deixar para o futuro
Os meus fósseis instrumentos rudimentares
As minhas experiências tentativas de deixar
Registrados nalgum lugar os meus pensamentos
Pois igualmente sou um homem pré-histórico
Ancestral sou um troglodita da idade da pedra o
Que resta em mim são só divagações vazias
Talvez aprenderei da mesma maneira que o burro
Aprende o caminho da casa do dono ao aprender
A preencher os vazios da minha mente com
Utilidade capacidade competência mental
O restante não faz mal se não conseguir
Resta-me pelo menos a tentativa por saber
Ir ao encontro da diferença dos percalços ou
Dos empecilhos muralhas que parecem querer
Esgotar nossa paciência nossa reserva física
Moral espiritual o que de mais poderia
Ser salvo em nossa composição genética
Juro por Deus que só quero é pensar escrever
O que por ventura for pensado continuar a
Pensar na tentativa de atingir o pensamento
Se houver necessidade dalguma outra coisa
Que me será acrescentada de acordo com o
Que me vier faltar para continuar a pensar
Pode até me faltar tudo só não quero que
Falte-me a faculdade de pensamento só não
Quero que me falte a aura áurea do pensar a
Ânsia dum peixe fora d'água quando me são
Retiradas as oportunidades de pensar escrever
Falo assim sem pieguice sem demagogia
Sem modéstia por que é o que realmente
Acontece comigo às vezes nem sei explicar
Às vezes nem sei entender o que se passa
No mais é só esperar o fim de cada um
Que quando for chegar a hora é só ir
Embora Ir na calmaria duma caravela
Que desliza à flor d'água na bonança
Na certeza de que vai chegar ao fim
Sem procela tempestade naufrágio
Ao meu pai quero dizer que antes de
Mais nada é preciso ter fé paixão é
Preciso deixar o íntimo numa boa
Sem choração lágrimas de aflição sejas
Na velhice o esplendor da sabedoria
Sejas na velhice o reflexo do conhecimento
Não percas a presença de espírito por delírios
Por busca constante duma fé que não
Será encontrada nunca pois é certo que
O homem não tem fé desde os tempos de
Jesus Cristo o próprio Pedro que se afundou
Quando nadava com Jesus sobre as águas
Negou a Cristo três vezes irracionalmente
À minha mãe quero agradecer o amor
O calor demonstrado a tentativa de criar
Um filho exemplar protótipo para todo
O mundo só que esse filho procurou
Justamente o submundo o baixo a sarjeta
Esse filho procurou o esgoto os chiqueiros
A minha formação tinha de passar por aí
Estava escrito o que aconteceria qual
Seria o meu destino mesmo que 
Quisesse ir de encontro a outro
Agora é tarde só me resta agradecer
Agradecer a tentativa de resgate salvação
À minha mãe ao meu pai desejo uma
Velhice digna do que fizeram uma velhice sadia
De alegria gargalhadas sorrisos contentamentos
Nada de depressão de sofrimento de dor
Mágoa angústia sem motivos
Nada de entregar os pontos por fim
À continuação da vida da felicidade
Meus pais os amo continuarei a amá-los
Não soube seguir os vossos passos maneiras
Vossos feitos modos porém à minha maneira
Vos amo desde as masmorras do meu coração
Se um dia nos encontrarmos no além
Se for primeiro ou vós fordes antes
Mandaremos sempre mensagens uns para os outros
Estarei sempre na expectativa da recordação
Sempre na lembrança na memória
Das faces que desde menino aprendi
A apreciar nunca demonstrar por algum motivo
Somos assim mesmos nas nossas imperfeições
Somos assim mesmos nas nossas decadências
Acabamos não atingimos os nossos objetivos
Os nossos meios os nossos destinos fins
No fim o fim para nós não pode ser
Simplesmente uma palavra fim the end
Como se fosse num filme ou algo assim
O fim para nós tem que ser diferente
Temos a obrigação de fazê-lo diferente
Temos a obrigação de mudar na última
Hora o enredo da nossa história
No lugar do epitáfio colocar prólogo
No lugar do fim, colocar começo
No lugar do choro lágrimas músicas
Danças adufes pandeiros cânticos
Canções melodias sorrisos abraços
Despedidas como se fossemos nos encontrar
Breve pois tão breve é o nosso tempo
Que nada mais melhor do que breve
Para nos encontrarmos brevemente (2)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Estou desde ontem a tentar pensar nalguma coisa; BH, 0250102000; Publicado: BH, 0130602013.

Estou desde ontem a tentar a pensar nalguma coisa
O que poderia pensar hoje na situação na qual me
Encontro com quarenta cinco anos já deveria ter
Aprendido compreendido entendido os segredos
Dos pensamentos a sabedoria a inteligência do
Pensar sem medo de raciocinar sem medo da
Razão pura já deveria ter chegado à idade da
Razão pura ou não ou misturada não me
Surpreender com mais nada não ficar surpreso
Com os modismos do consumo é por isso que
Gostaria de ficar satisfeito ficar conformado
Não ficar frustrado que se danem os meios
Que me fazem sentir indignado triste frustrado
Sem perspectivas na idade na qual me encontro
Tenho mais è que me situar em mim procurar
Por chegar aos meus filhos à minha mulher a
Sensação a emoção de que os amo os quero
Bem a levar uma vida na paz na bonança sei
Que é muito difícil principalmente por que
Vivemos numa sociedade materialista
Neoliberal globalizada onde só o lucro
Interessa só o dinheiro é que vale só a
Ganância a vaidade são o que valem todo o
Mais que diminui a estatura interior do ser
Humano estou desde ontem a procurar uma
Fonte donde conseguisse ficar saciado em
Calma ciente do meu espírito da minha alma
Consciente da minha mente e da minha memória
Presente na minha história e no meu passado
No meu presente no meu futuro em tudo que
Diz respeito ao respeito à vida à saúde à
Educação à criação resistência sobrevivência
Renunciar à ignorância renunciar à estupidez à
Pobreza de espírito à falta de conteúdo interior
Por tudo isso mais não posso perder a questão
Não posso me perder na questão tenho sempre por
Obrigação estar atento preparado para não cair em
Tentação não cair em desgraça miséria a fazer com
Que todos fiquem revoltados contra mim os meus
Princípios não tenho culpa porém se for imposta a
Mim farei questão de assumi-lá mesmo sem tê-la
Faço questão da verdade em detrimento da mentira
Da realidade em preterência à falsidade faço mais
Questão ainda da liberdade do aprendizado de viver
Em comunidade de não viver eremita ermitão
Solitário longe do convívio das pessoas do calor
Humano não quero viver longe do carinho do contato
Do tato do afago que possam impedir minha afetação
Impedir que me transforme em ser pusilânime fique
Coberto de pústulas doutros males mazelas que
Podem ocasionar a vergonha como o ter que
Esconder o ter que se enfiar a cabeça o corpo em
Buraco de esgoto para tentar fugir sem enfrentar os
Perigos com a cara sem a máscara com a coragem
Sem a covardia uma tremida dum segundo pode
Colocar uma vida perdida o corajoso não deve
Tremer nem por meio segundo quanto mais por um
Às vezes fico a pensar o que leva uma pessoa a
Matar crianças inocentes sem motivo algum
Gostaria de poder me embrenhar na cabeça
Duma pessoa assim para descobrir o que tem
Dentro atrair criança para o abuso sexual violento
Depois espancamento em seguida a morte ir a matar
Até chegar a um número absurdo de dez meninos
Meninas que nenhum mal fizeram a não ser nascer
Às vezes fico a pensar a meditar nessas coisas
Noutras mais outras me olho sem saber pego-me a
Chorar no escuro do meu quarto a chorar sozinho
Em silêncio sem entender por que fico assim
Comovido com remorso arrependido emocionado
Sem saber a causa deve ser por essas crianças
Exterminadas torturadas que sofreram abusos
Violências deve ser por tudo isso a causa do meu
Choro deve ser por todas essas almas desamadas
Em vão ou só para saciar um desejo mórbido
Bestial dum animal que talvez nós não podemos
Chamar de homem não podemos chamar de ser
Humano não podemos alimentá-lo não podemos
Deixá-lo dormir só atormentá-lo como se estivesse
Num inferno vivo desperto a desesperá-lo
Extremamente a aluciná-lo a deixá-lo em angústia
Agonia agonizante dor nada de pena de morte pois
A morte é pouco a morte não é nada para tipos assim
A morte é até uma fuga um refúgio não devemos nem
Deixá-lo fugir nem deixá-lo refugiar-se no sossego na
Paz na tranquilidade dum cemitério não podemos
Deixá-lo refugiar na água no sono da noite na comida
Do almoço temos que fazê-lo chorar todos os dias
Lamentar lamuriar derramar lágrimas eternas prantear
Dia noite nunca deixá-lo repousar a cabeça num
Travesseiro deixai vir a mim os pequeninos as
Pequeninas não os impeçais por que dos tais é o reino
Dos céus essas são as belas palavras de Jesus Cristo
Quando andou aqui pelo mundo depois foi embora
Nunca mais voltou para o nosso meio imaginais
Se isso acontecesse numa época na qual Jesus Cristo
Andasse por aqui? oque será que Cristo Jesus ia fazer
Pensar pedir para o causador de tantos crimes hediondos?
Será que Jesus perdoaria tamanhas monstruosidades?
Cristo aqui comigo penso que não da mesma maneira
Que não perdoaria a comercialização do Evangelho por
Algumas igrejas ditas evangélicas mas que do Evangelho
Não dão exemplo algum cada vez que penso quero é só pensar
Cada vez mais ir deixar as minhas impressões
Pensadas escritas finais sobre estas linhas (1)

Minha vida na Pampulha, BH, 02901101999; Publicado: BH, 0130602013.

Minha vida na Pampulha
Posso dizer que é boa
Dum lado tenho o Aeroporto
Doutro lado tenho a Lagoa
Perdido dentro do ônibus
Preso no êxtase do ar
Do clima de Belo Horizonte
Sinto a hora voar
O tempo fica pequeno
Para guardar dentro do coração
A chuva a garoa
Ao regresso à casa
Acordei a filha
Dei-lhe um vaga-lume
Ela não quis
Noutro dia
Levei-lhe uma tanajura
Ela também não quis
Falei então
Que ia levar um calango
Ela que não ia querer
Mas que o vaga-lume
Já podia trazer
Minha vida é assim
Simples igual capim
Tranquila igual jardim

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Que não possui o corpo caloso como a maioria dos mortais; BH, 0110402000; Publicado: BH, 0120602013.

Que não possui o corpo caloso como a maioria dos mortais
Não possui um cérebro sim na alma um Cérbero sim no
Espírito um Caronte na face um rio de lágrimas de lavas
Infernais que impedem a felicidade que mantêm a cabeça
Numa nuvem ardente de cuja abertura principal gera a
Corrente de lava o cone de cinzas vulcânicas rochas
Incandescentes expelidas de câmara de magma do vulcão
Mental que extrai de mim toda a minha ignorância
Truculência obtusidade toda a minha opacidade
Burrice preguiça hipocrisia falsidade mentira
Ilusão como não pode deixar de ser medo covardia
Tudo o mais que atormenta meu ser fraco faz de mim
Uma só hemorragia um só ciclo menstrual infinito
Uma só diarreia crônica incurável que leva ao
Acesso ânsia de vômito sórdido sujo fedido por
Todos os orifícios poros vão fluir de mim as minhas
Imundícies interiores particulares não são os
Excrementos os materiais fisiológicos os coliformes
Fecais outros ais mais são sim todos os meus ais de todas
As minhas dores sim tudo isso me fez renunciar me fez abrir
Mão em nome duma cultura em nome duma criação ao ser
Sou a criatura ao ser sou o mais prejudicado mais deixado de
Lado por todos por não ter por fora uma imagem ideal com
Os conceitos veiculados pelos meios de informação sou
Totalmente o reverso da medalha o outro lado do rio a outra
Margem do caminho outra via que não levará a lugar nenhum que
Fará a flacidez do esfincter ser a agonia angústia o antagonismo que
Impedem toda a beleza chegar ao seio do ser humano fazem a poesia
Ficar esquecida perder o sentido a razão a direção fazem a poesia
Apodrecer morrer solitária sem o poema morrer sem a ode a elegia a
Alegria é triste de se ver é triste de se falar de se cortejar ou almejar
Vi um homem recusar um milhão de dinheiros para não vender sua
Obra para não se violentar não se prostituir vejo tantos homens aí será
Que são homens? vejo tantos homens aí a se vender a se entregar a
Receber mais do que quanto vale um homem vendido que na verdade
Não vale não vale nada na verdade poucos são homens muitos são
Fanfarrões canalhas surrealistas superficiais muitos são violentos
Covardes rufiões injustos poucos muito poucos mesmos em realidade
São homens é preciso ser muito mais do que masculino para ser
Chamado de homem receber a alcunha de homem é preciso ser muito
Mais do que ser um ser não basta só existir possuir ter consumir é
Preciso consumir-se extinguir-se si renunciar-se abrir mão de ser a si
Próprio para ser só homem inchar o bolo também inchar completamente
A árvore cresce só com a água a terra os anabolizantes as bombas de
Asteroides podem nos fazer grandes vistosos pergunto aí? será que é isso
Que é ser homem? ser homem é só ser isso? é isso só? ou é preciso ser
Mais do que ser? não sei não sou o primeiro a correr da raia sou que
Mesmo é tudo que sei fazer acrediteis em mim ou me deixeis sem creditar
Em mim me deixeis sem só sozinho saberei me encontrar um dia ainda
Só que não espero não pretendo preciso até necessito também mas me
Deixeis de qualquer maneira por favor deixeis-me simplesmente não
Cobreis não cobreis nada de mim não tenho obrigações de pagar a não
Ser a verdade a liberdade o pão nosso de cada dia propagar o fim da fome
Da miséria da desgraça propagar o fim da pobreza da pobreza em si a
Pobreza de ser homem humano agora com os últimos vestígios de raios de
Sol nas sombras vespertinas das nuvens por cima das montanhas revivo a
Poesia no chegar da noite reclamo a poesia das estrelas dos astros do
Firmamento ressuscito a alegria no meu coração volto à carga do que
Queria do que quero desvirtuei dos meus caminhos me afastei
Dos meus atalhos que me deixaram perdido aqui (2)

Só quero apenas escrever uma canção escrever uma poesia; BH, 0110402000; Publicado: BH, 0120602013.

Só quero apenas escrever uma canção escrever uma poesia
Um poema um soneto com a sabedoria do meu coração só
Quero apenas não dizer não escrever uma elegia  com a
Tristeza da minha solidão não quero cifras não quero
Números sofisticação quero apenas imaginação inspiração
Elevadas ser um Bach um Beethoven um Mozart
Sobrenaturais um gênio da iluminação o Alva Edison
Das trevas o Thomas da escuridão enfim ser irmão da
Humanidade acabar com a fome na África o desequilíbrio
Social no mundo não quero nada de muito profundo
Doutro mundo complexo e estrutural de preferência
Simples natural sem ser simplório piegas hipócrita
Demagogo no mais todo mundo já conhece tudo de
Mim peço o fim da injustiça da violência sem limite
Prostituição exploração sexual infantis de
Adolescentes pobres desprivilegiados pelo 
Fim de armamentos de todos os tipos peço
Construções de hospitais escolas um meio
Da educação gratuita chegar a todos os níveis de
Escolas só quero apenas escrever uma porção de
Coisas uma porção de cousas de causos de casos
Depois perguntar a mim mesmo o que foi que
Acabei de escrever por ser que nem mesmo
Sei o que escrevo não sei em qual língua escrevo
Se é no português ou nos dialetos africanos
Não espero que tenha utilidade para alguém
Não espero que a humanidade crítica aplauda
Pois reconheço não ter a grandeza suficiente
Para atingir as mentalidades superiores mais
Inteligentes sábias do que a minha fico chocado 
À toa igual à uma galinha choca á era tempo de
Estar acostumado com todas as mazelas as
Malasartes que deparamos todos os dias na
Mídia in out já era tempo de não ficar mais
Surpresos de não ficar mais deprimido com
A vergonha com medo do futuro sem ter
Escrúpulo já era tempo de perder o escrúpulo
De perder o caráter a honra a honestidade tanto
Quanto a maioria de todos os nossos políticos
Porém continuo ainda besta tolo bobo ingênuo
Ainda fico preocupado indignado com à falta de
Transportes coletivos decentes de graça para
Crianças idosos inda fico indignado com as sujeiras
Nas ruas no senado na câmara no congresso no
Governo se é que existe governo o que duvido
Fico indignado com a falta de segurança a falta
De saúde de remédios nos postos de saúde públicos
Até mesmo particulares já era tempo de me conformar
Deixar duma vez por todas de ficar indignado estais a
Ver aí que só queria juro escrever uma canção escrever
Uma poesia acabou-se a sair este emaranhado de não
Sei o que sei sem pé sem cabeça sem membros sem
Sexo sem nada que seja adepto a algum título de
Definição forma igualzinho a mim a algum rótulo ou 
Nome de significação se evolução ou modernidade
Transformação sem modernismo consumo revolução
Real verdadeira lúcida transparente eficaz é tudo de
Que sou capaz na minha incapacidade na minha
Incompetência inutilidade a falta de habilidade para
Usar as letras a formar palavras frases versos
Vernáculos verborrágicas tais encontradas nos
Alfarrábios clássicos da antiguidade nos papiros nos
Fragmentos de pergaminhos manuscritos
Donde também surgiram as músicas as
Canções tradicionais imortais eternas
As óperas e operetas peças de teatro os
Reais balés tenho apenas que citar pois
Desenvolver à altura dos grandes mestres
Dos grandes espíritos cérebros é uma tentativa
De atingir a loucura uma tentativa vã aquela (1)