Nunca mais escrevi uma canção as velhas cantigas
Deixei cair no chão os cantos esqueci pelos cantos
Os cânticos desfigurei dos lados santos as odes as
Fiz sórdidas as elegias mórbidas da poesia pão
Azedo que deu azia do poema o pus do edema
Deflagrei a guerra no lugar da paz o amor mandei
Embora não voltar nunca mais o grasnar do corvo
Ecoa nos furos dos meus ouvidos feliz nunca mais
Medroso não sou capaz de reação atitude presença
Covarde cometo aberração mato o semelhante de
Estupidez ignorância debato de ânsia absurdidade
Maldade aprendi menino a ser ruim a dizer não a
Sorrir a matar passarinho no ninho a matar beija-flor
Na flor a dizer entre dentes quem quiser que seja
Bom no mundo não há lugar para o bem o
Espelho no escuro só reflete o além mamãe centenária
Não aperta com força a minha mão que está
Quebrada perdoa este velho pecador que só deseja
De herança o teu amor para aplacar a minha dor
Salvação só tenho em ti pois Deus não perdoou-me
A não ser como parceira dele a senhora interceda
Por mim para que Deus refaça o conceito que tem a
Meu respeito minha mãe amor de mãe mamãe de
Amor que tanto quero herdar de ti toda força
Calor glorificar aos céus terras a mãe maior da
Qual sou filho homem de mãe velho homem homem
Velho sem valor mas que a mamãe centenária abençoou