Triste escrevinhador tão medíocre piegas
Simplório que chamam a obra de porcaria
Para que querer ser escriba rapaz num
Mundo de dorminhocos? acorda Zé mesmo
Que não vás enforcar-te acorda Mané
Pensas que é fácil encher de garranchos de
Letras palavras folhas de papel querer
Que os mortais leiam? vã estupidez de
Ignorante não é fácil não ponderes ao que
Escreves é alguma obra de arte? é alguma
Obra-prima? teoria tese ensaio? o que
Deveras escreves tu ó imbecil que queres
Que leiamos? piedade de nós pelo menos
Enche-nos o saco com esses teus impropérios
Dizes que é literatura que é poesia poema
Ode soneto sinfonia quem sabe das coisas
São os teus dizem tudo são porcarias
Tens mais é que coloca fogo em tudo
Dispersar as cinzas ao vento ganharás mais
Deixarás de nos importunar essas coisas
São para catedráticos estudiosos
Não és nada disso és apenas um apedeuta
Um aculturado que quer nos passar a
Impressão de que sabes alguma coisa a
Verdade é que no fundo não sabes de nada
Ficas machucado com as verdades que dizem
Mas a verdade é assim mesmo é para doer
Machucar ferir santo não és sabes que
Não prestas para nada lugar de porcarias
É o lixo ou é o esgoto nada de choro
Lágrimas é deixar de ser grosseiro