terça-feira, 29 de julho de 2014

Llewellyn Medina, Ode à chuva.


                                               Ode à chuva

                                   Salve!  Ó chuva!
                                   Lágrimas que a natureza verte
                                   sobre a amendoeira verde de minha rua
                                   vestida ou nua
                                   o som que vem de ti ó chuva
                                   é um som longo surdo e molhado
                                   como às vezes os sonhos que sonho
                                   ora dormindo ora acordado


                                   salve chuva que molha minhas lágrimas
                                   minhas lágrimas que sangram menos a cada dia
                                   a cada dia que torna mais curtos os meus dias
                                   como os dias de um solstício de inverno
                                   chuva que cai no auge do verão
                                   chuva que me projeta aos dias de infância
                                   e a outros dias também – destes já não me lembro tanto
                                   e no entanto louvemos esses dias
                                   ó chuva macia como talvez devesse ser
                                   sempre ser


                                   mas há a chuva aquela que fere
                                   agulha que pinica a pele
                                   faz sangrar lembranças essas lembranças
                                   chuva minha infância que se distancia
                                   enquanto a senectude célere se avizinha
                                   salve essa chuva também

                                   salve oh! Chuva salve amém.

A fenomenologia da Presidenta Dilma Vana Rousseff; BH, 0290702014; Publicado: BH, 0290702014.

A fenomenologia da Presidenta Dilma Vana Rousseff
Primeira mulher a ser eleita legitimamente
Presidenta da República Federativa do Brasil
Num país duma sociedade machista misógina
Preconceituosa racista Dilma Vana Rousseff tem
Se demonstrado mais do que republicana por
Várias vezes teve que provar a sua capacidade
Em todas as áreas das administrações onde
Sempre colocaram em seu caminho uma pedra
Uma casca de banana um não vai dar certo
Uma vergonha um complexo uma dúvida
O fenômeno tira de letra todos os desafios
Enquanto o principal adversário Aécio Neves claudica
Em Cláudio sem história no país sem registro de trabalho
A não ser os presentes recebidos da família da
Burguesia da elite nada apresenta além duma
Fala tautológica desprovida de sentidos de
Razão de sentimentos nacionalistas trabalhistas
Tem como maior feito gastar do erário de Minas
Gerais R$14 milhões numa pista de aeroporto
Dum quilômetro em terras da própria família
Junto à uma fazenda em que é o proprietário
Toda a opinião pública publicada não cobra
Nada de tão grande anormalidade
Blindado pelas verbas que disponibilizou nos
Tempos de governador a imprensa até esqueceu
O fato o tal candidato sempre que perguntado
Em algo que o desagrade ou o desabone como
Menino mimado que sempre foi fecha o cenho
Faz pirraça nada responde sempre a sonhar
Que o Brasil será um dia um grande maranhão

domingo, 27 de julho de 2014

Folha de São Paulo: O pouso do tucano.

O pouso do tucano
Ainda que tenha sido feito de maneira legal na gestão de Aécio Neves, aeródromo contradiz discurso de ética e eficiência administrativa
O senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, dedicou boa parte dos últimos dias à tentativa de justificar a construção de um aeródromo em Cláudio (MG), num terreno desapropriado pelo governo do Estado durante a gestão do tucano.
Revelado por esta Folha no último domingo, o episódio desde logo chamou a atenção. Primeiro, porque as terras pertenciam a Múcio Tolentino, tio-avô de Aécio e ex-prefeito de Cláudio. Depois, porque o uso da pista de pouso, pronta em 2010, dependia da autorização dos familiares do senador.
Com 1 km de comprimento e condições de receber aeronaves turbo-hélice de pequeno e médio porte (até 50 passageiros), o aeródromo custou R$ 13,9 milhões aos cofres públicos, sem contar a indenização pela desapropriação. O valor oferecido pelo Estado, R$ 1 milhão, é até hoje discutido na Justiça.
De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a pista ainda não teve sua operação liberada ao público. Mesmo assim, Fernando Tolentino, um dos filhos de Múcio, afirmou que ao menos um avião a utiliza por semana.
Entre os usuários estaria o próprio Aécio Neves. Seu refúgio favorito, a Fazenda da Mata, situa-se a 6 km dali. Nas inúmeras explicações que deu ao longo da semana, o tucano não confirma nem nega que tenha aterrissado em Cláudio. O candidato também se eximiu de dizer por que as chaves do local ficavam nas mãos de seus parentes.
Há mais, contudo. Nova reportagem desta Folha mostrou que, em 2001, o tio-avô de Aécio sofreu o bloqueio judicial da área onde está o aeródromo. O Ministério Público pede o ressarcimento dos gastos na construção de uma pista de pouso de terra em 1983, quando Tancredo Neves era o governador mineiro, e Múcio, prefeito de Cláudio.
Para quem não podia dispor de parte das terras, a desapropriação não chega a ser mau negócio. E a indenização, paga com recursos de Minas, poderá ser usada por Múcio para, caso seja condenado, quitar sua dívida com o governo mineiro.
Diante desses fatos, soam no mínimo inverossímeis as declarações de Aécio segundo as quais seus familiares não teriam se beneficiado pela obra. Também caem em descrédito as justificativas técnicas apresentadas pelo tucano.
Pela narrativa oficial, o aeródromo tem importância para as indústrias locais, e a pavimentação da pista de terra representava a opção mais econômica para o Estado.
Mais econômico, na verdade, teria sido não fazer obra nenhuma. A demanda por voos em Cláudio é pequena, e o aeroporto de Divinópolis fica a 50 km de distância.
Ainda que todo o processo tenha sido feito de maneira legal, como sustenta Aécio Neves, restará uma pista de pouso conveniente para o tucano e seus parentes, mas de questionável eficiência administrativa. Não é pouca contradição para um candidato que diz apostar na união da ética com a qualidade na gestão pública.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Empresarial Nicolau Jeha, 26; BH, 01601002012; Publicado: BH, 0230702014.

Que tens? estás inquieto?
É que não gosto de passar um segundo sem escrever
Escrever para que
Irrequieto
Num país que não lê?
Numa nação que não é chegada às letras às palavras?
É que é a minha vida
Meu sonho de menino
De adolescente agora de velho
Para escreveres a quem despreza aos livros
À literatura ao literato
Como pensas em te destacar?
Não quero destaque
Quero ficar quieto
Desafogar serenar
Aí perdes o tempo
Ninguém nunca irá ler o que escreves
Quando morreres
Toda essa papelada ou
Vai à lata de lixo ou à fogueira
Bem o sei dói-me
Mas não há outro jeito
Não pertenço à burguesia
Não sou membro da elite
Pelo contrário
Sou filho bastardo delas
O rejeitado inda as combato
Aí é que serás destruído mesmo
Lutar contra a burguesia
Querer destruir a elite?
São sociedades de mercenários
São escórias
Piores tipos de seres de gentes
Todo o desprezo é pouco
Até pensei em passar as vistas
Por algumas páginas tuas
Depois do que ouvi
Não quero nem tomar conhecimento
És produto do meio
Burguês elitizado
Uma literatura reles
De homem do povo
Não é para te deixar interessado
Em combate à burguesia à elite
Até Jesus Cristo foi crucificado

terça-feira, 22 de julho de 2014

A mídia brasileira manterá de pé a candidatura de Aécio Neves? BH, 0210702014; Publicado: BH, 0220702014.

A mídia brasileira manterá de pé a candidatura de Aécio Neves?
A imprensa brasileira na pessoa do PIG do Partido da Imprensa
Golpista sustentará a candidatura de Aécio Neves? O PSDB o
Partido da Social Democracia Brasileira não trocará o nome de
Aécio Neves por outo menos nocivo? a justiça do STF Supremo
Tribunal Federal do TSE Tribunal Superior Eleitoral favorecerá
Ou impugnará o presidenciável Aécio Neves que já cheira mal?
As denúncias são muitas em Minas Gerais todas abafadas
Escondidas camufladas dissimuladas escafedidas mas essa do
Aeroporto nas terras dos parentes das grilagens de terras em
Áreas pobres nem a maioria do povo apolítico analfabeto político
Omisso do estado que mantém votos ao Aécio Neves conseguirá
Engolir agora o cenário é nacional a visibilidade é maior as
Cobranças diárias semanais mensais acostumado às escorregadelas
No Rio de Janeiro às ausências no senado ao abandono ao governo de
Minas Gerais desde quando era governador sem ser cobrado sem
Ser questionado arguido em nada daqui para a frente terá que
Encarar a verdade não poderá continuar com as mentiras pode
Até ser que seja mantido que os apoios permaneçam mas imagino
Que o povo eleitor brasileiro saberá separar o joio do trigo pelo
Bem do Brasil descartará Aécio Neves confirmará a reeleição
Legítima da presidenta Dilma Vana Rousseff não a de quem se
Calou na reeleição comprada como foi a de FHC vulgo Fernando
Henrique Cardoso príncipe da Privataria Tucana mentor da Privataria
Tucana Heranças malditas de tristes lembranças para todos nós brasileiros

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Empresarial Nicolau Jeha, 25; BH, 0601002012; Publicado: BH, 0210702014.

Meus verbos sempre foram assim
Irregulares
Pretéritos imperfeitos
Imperfeitos
Nunca mais do que perfeitos
Meus tempos idem
Nunca conheceram bonanças
Em todos os modos foram incondicionais
É por isto que sou instável
Por demais angustiado
Indefectível ansioso
Sempre nas agruras
Sempre nas intemperanças
Corro léguas da esperança
Mas ouço histórias de gente diferente
Qual um caminhoneiro
Que se aproximou de mim
Conversamos
Não estudei
Meus pais não estudaram
Meus irmãos não estudaram
Mas estou satisfeito
Meu filho foi chamado para uma faculdade de medicina
Uma das mais caras do Brasil
Com tudo pago pelo governo
Mora no alojamento
A única coisa que mando para ele
São R$100,00 quando sobram
A realidade nunca será encoberta pela história
O Brasil mudou
Hoje filhos de pais pobres
Podem concorrer conviver com outros
Nas mesmas condições
Nas melhores faculdades
Ou universidades
Esse é um cidadão anônimo
Com o filho mais anônimo ainda
Porém futuro médico graduado numa
Boa escola superior
São testemunhas das mudanças que
Passam o Brasil
Um alento para este aluno sem perspectivas de vida
De futuro de esperança de felicidade

domingo, 20 de julho de 2014

Tensão é o nome certo; BH, 0180702014; Publicado: BH, 0200702014.

Tensão é o nome certo
Para o momento que atravessamos
Não quero acreditar que o povo
Trabalhador brasileiro não saberá
Assegurar as vitórias que conquistou
Nos últimos doze anos
A campanha visceral da mídia
Contra a Presidenta Dilma Vana Rousseff
Não dá tréguas a Presidenta
Precisa ser muito forte contar com
O apoio dos que não querem voltar
Ao passado dos apagões
Dos que não querem voltar à
Inflação descontrolada juros
Estratosféricos desemprego pleno
Da população salários defasados
Impunidade no combate à corrupção
Aos corruptos corruptores corrompidos
O perigo é um candidato bem treinado
Cheio de frases de efeito supostamente
Financiado pelo capital internacional
Com a simpatia dos especuladores
Que têm sede do nosso petróleo da
Petrobras demais riquezas
Aécio Neves foi buscar longe o apoio
Ao seu projeto de desconstrução do
Brasil trouxe para isso George
Soros na pessoa do Armínio Fraga
Neto entre outros testas de ferro
O Brasil corre grande risco a
Presidenta Dilma Vana Rousseff não pode
Ficar sozinha isolada no meio da
Matilha de feras que querem lesar a
Pátria o sonho do povo trabalhador
Brasileiro não pode acabar assim
Dum dia para outro nas mãos dum
Aventureiro a esperança é o nosso
Baluarte que vencerá o ódio

sábado, 19 de julho de 2014

Época de eleições é sempre uma insegurança; BH, 0180702014; Publicado: BH, 0190702014.

Época de eleições é sempre uma insegurança
Principalmente quando a mídia partidária
Abraça uma candidatura igual abraçou a do
Aécio Neves nem preocupo-me com o
Eduardo Campos a Marina Silva
Remanescentes dos governos do Partido dos
Trabalhadores o que preocupa-me mesmo
É o Aécio Neves pois junto dele estão as
Forças conservadoras reacionárias do
Capital da direita Lula passou por isso ao
Contrário quando para impedir a viabilização
Da sua candidatura tudo se voltou contra o Lula
A presidenta Dilma Vana Rousseff terá que ser
Muito forte sábia politicamente a mostrar
Direitinho em todos os meios possíveis
Impossíveis todas as nossas conquistas
Feitos desde as do governo do ex-presidente
Lula às o governo dela enfrentará não só o
Aécio Neves do PSDB Partido da Social
Democracia Brasileira enfrentará o bloco o
Conglomerado que havia se juntado contra o
Lula que agora quer a eleição a todo o custo
Do candidato da direita o perigoso a destruir
O nosso futuro é o Aécio Neves é o que
Poderá jogar por terra os nossos sonhos
Implantar um período sombrio para o povo
Trabalhador brasileiro aquele sorriso que
Esconde o atraso é que pode de fato nos abalar

A vida é assim; BH, 0180702014; Publicado: BH, 0190702014.

A vida é assim
Só quem não se incomoda com nada
É que não se sente incomodado
Israel pode massacrar a Palestina,
Com o apoio dos USA
Da mídia
Chamar palestinos de terroristas
Com a ONU a fazer vistas grossas
Quem não se incomoda
É o indiferente
O insensível
É o mesmo que vê no Brasil
O risco da direita raivosa voltar ao poder
Se  fazer de morto
Como no estado de São Paulo
Há vinte anos
Se faz de ferramenta para a entregação do país
Às aves de rapina
Beneficiado por uma democracia
Que é referência no mundo inteiro
Colabora com o processo
Que quer colocar no poder
Justamente os inimigos desta democracia
Os perseguidores da liberdade de expressão
Das políticas sociais
Dos princípios da igualdade
Da fraternidade
Mas
O bom da vida é que há os que lutam a vida inteira
Labutam
Trabalham
Não são burocratas sedentários
Vão à luta pelos sonhos
Vão sonham com pesadelos
Medidas impopulares
Arrocho do salário mínimo
Flexibilizações dos direitos dos trabalhadores
Há os que pensam o país livre dos vira-latas complexados
Dos lesa-pátria envergonhados
Corruptos que entram em clímax
Quando as coisas vão mal para o Brasil
A vida é assim
Essas coisas ruins
São coisas da vida

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quando me escavar em mim; BH, 0140702014; Publicado: BH, 0180702014.

Quando me escavar em mim
É para encontrar as minas com os tesouros
De Salomão de Ali Babá
Quando me ferir com a mão de pilão
O chão do meu coração
Tenho a certeza de jorrar sangue
Não é possível jorrar água
Sou um deserto formado de rochas arenosas
Mas espero jorrar sangue ao ser ferido
De que vale a um ser ser ferido a jorrar água?
Se a água não for potável?
Não for a água fresca do pote da minha avó?
Prefiro ser uma talha de sangue
Um vaso comum
Não precisa ser o Santo Graal
O cálix bento
Um cálice desses
Onde os bêbados brindam
Em suas falsas felicidades
Quando me escavar em mim
No subsolo das minhas cavernas
Quero encontrar meu esqueleto sagrado
Meus ossos santificados
Que estão enterrados nos baús
Que guardo de relíquias
Qual a surpresa que terei?
Conseguirei decifrar os augúrios do passado?
Ou inda me esconderei de mim no presente
Com receio do conflito no futuro?
Sondarei as estrias desses sábios ossos envelhecidos
Para obter as respostas

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Xeque-Mate- Notícias: Fiscais da Mídia: Blog do Ivanovitch 2: O meu maio...

Xeque-Mate- Notícias: Fiscais da Mídia: Blog do Ivanovitch 2: O meu maio...: Fiscais da Mídia: Blog do Ivanovitch 2: O meu maior consolo : O meu maior consolo   O meu maior consolo é em saber, Que a imprensa brasilei...

Llewellyn Medina, A ética de Don Giovanni.





A ética de Don Giovanni

Llewellyn Medina

Membro da Academia de Letras de Teófilo Otoni


Mozart compôs três óperas, escritas em italiano e cujos libretos são de autoria de Lorenzo da Ponte.

São as chamadas “óperas italianas”, tidas como as melhores do repertório operístico  do compositor austríaco, embora dentre as óperas escritas em alemão, “A Flauta Mágica” seja a de maior apelo popular, quem sabe, em razão da ária “A rainha da noite”, de todos muito conhecida.

Considerando-se o conjunto operístico mozarteano, “Don Giovanni” - K. 527 (o que permite a conclusão de ser uma composição da maturidade de W.A.M.) - é considerada a melhor ópera de Mozart, certamente em razão da  riqueza e complexidade da personagem que dá título à obra.

Don Giovanni é um nobre que integra a classe dominante e a versão de Lorenzo da Ponte trata de uma história já conhecida na época – a do conquistador Don Juan; passa-se a ação  na sociedade espanhola do séc. XVII e o personagem título tem por razão única de viver a arte de seduzir as mulheres, pelo que, na busca de satisfazer  seu propósito, Don Giovanni é sagaz, coerente, lógico, implacável, destrutivo e preconceituoso.

Embora integre a nobreza, não discrimina e nem leva em conta a origem, classe social, idade e aparência de suas presas, desde que as possa incluir no livro em que seu “valet de chambre” - o criado Leporello – registra as conquistas do patrão.

Don Giovanni não segue a ética judaico-cristã que proíbe desejar a mulher do próximo (Exôdus, 20.17); nem nem a filosofia greco-romana que manda não causar dano a outrem (Digesto, l. l). É emblemática a ária “Eh consolatevi, son vite voi...”, em que são relatadas as conquistas do rufião na Itália (640 mulheres); na Alemanha (231); na França (100); na Turquia (91) e, finalmente, na Espanha, nada menos do que “mille è tre”. São uma ária e ópera tão conhecidas ao longo dos anos que, já no século XIX,   Balzac menciona aquela,  em sua “ A Comédia Humana”, no romance “A Falsa Amante” (vide pág.  650, volume 2, da publicação da Editora Globo – Coleção Biblioteca Azul).

Efetivamente, Don Giovanni não observa os princípios éticos que Platão ensina em “O Banquete”, pouco lhe importando os conceitos de bom e mau; bem e mal, parecendo-me que está mais próximo da ética individualista e utilitarista do Iluminismo, e em que busca,  tão somente o fim a que visa, o sucesso da empreitada, sua única razão de viver.

Leporello arrola camponesas, camareiras, citadinas condessas, baronesas, marquesas e princesas.  Há mulheres de todas as origens, de todas as idades. Na mulher ruiva, Don  Giovanni admira   a gentileza; na morena, a constância; na branca, aprecia a doçura.


No inverno, Don Giovanni dá preferência à gordinha; e no verão, a delgada; na mulher alta, persegue a majestade; e a baixinha é sempre encantadora... Conquista as mulheres idosas, tão somente para as incluir em sua lista, mas, atenção, “sua passion predominante è la giovin principiante”; não se importa se sua presa é rica, feia, bela, “purché porti la gonnella, voi sapete quel che fa”.

Este é pano de fundo, o campo de batalha em que Don Giovanni é soberano e para tanto, usa dos mais engenhosos estratagemas, como, por exemplo disfarçar-se no  de Don Otavio – noivo de Donna Anna- para seduzir esta, que, ao descobrir o engôdo (?), grita por socorro e obriga o rufião a fugir. Vem em seu socorro o  pai, um ancião, que enfrenta Don Giovanni, chamando-o a um duelo.

Don Giovanni chega a desdenhar da disparidade de forças, mas, em razão da firmeza de Don Otavio, o vilão, depois de advertir sua vítima (“Misero, attendi, se voui morrir”), mata friamente o pai de Donna Anna.

Adiante, Don Giovanni encontra Donna Elvira, uma antiga conquista, e, de início, confunde-a com “qualche bellla da vago abbandonata”, mas, em seguida, ao reconhecê-la, quer dela desistir e, para tanto, transfere para Leporello o encargo...

Aí está outra faceta da complexa personalidade de Don Giovanni, que vai em frente, em busca de sua nova presa e logo se depara com Zerlina e o noivo Masetto,  que comemoram suas  recentes núpcias. Tal circunstância estimula ainda mais Don Giovanni, que, diante de Zerlina exclama: “oh guarda, che bella gioventù, que belle donne!”

Aqui, Don Giovanni e Zerlina cantam o belo dueto “là ci darem la mano...” para concluir o enlevo que então os une, a despeito dos protestos de Masetto. Mas Donna Elvira aparece intempestivamente e, num ímpeto de proteger a camponesa Zerlina, mas também com uma ponta de ciúme, afasta a vítima, livrando-a do predador Don Giovanni.

Adiante, ao ser perseguido por Masetto e seus amigos, Don Giovanni e Leporello terminam por esconderem-se no cemitério. Ali encontra-se com o espírito de Don Otavio, materializado numa estátua; ou a representação da morte,
que sentencia: “De rider finirai pria dell'aurora!... Ribaldo, audace! Lascia à morti la pace!”

Don Giovanni desafia a estátua do Comendador (o destemor e a coragem são atributos da personalidade do sedutor), chamando-o de “vecchio buffonissimo”  e convida a estátua a cear em sua casa, exigindo que a estátua confirme o convite: “Parlate, se potete. Verrete a cena?” “Si!”, responde a estátua, que, na verdade, é a Morte, ou seu anjo mensageiro.

O desfecho é encenado na sala de jantar de do palácio de Don Gionvanni, com a mesa posta por Leporello. É servido “excelllenti marzimino!”... e um saboroso prato (“Ah que piatto saporito!” Ao fundo, ouve-se a ópera “La cose rara”, bem ao gosto de Don Giovanni...

Segue alegre o jantar, até que Don Giovanni e Leporello ouvem um grito e, logo depois “si bate alla porta” e, então, surge a estátua: “Don Giovanni, a cenar teco/M'invitasti e son venuto!”

É o clímax e aqui se vê a firmeza de Don Giovanni, no curso de um fantástico diálogo com a estátua, que parece perplexa em razão do não arrependimento de Don Giovanni (Pentiti scellerato!” “Non, vcechio infatuato!” responde Don Giovanni, firmemente)) A estátua repete outras vezes o apelo de arrependimento, mas Don Giovanni permanece firme e irredutível,  e, altaneiramente, diz não ter medo; daí a estátua exclama, finalmente, “Ah! Tempo più non viè!”; e estende a Don Giovanni a mão, ao tempo  em que pede a dele em penhor, num cumprimento fatal entre a Indesejada das Gentes e o personagem principal da ópera. Don Giovanni não recua, estende sua mão  à Morte e esta põe fim ao ritual de passagem, desta para a outra vida.

No desfecho do drama, Don Giovanni revela traços de seu caráter: a coragem; a coerência, ao não atender os comandos de arrependimento que a Morte lhe dirige, o que nos leva a concluir ter Don Giovanni preferido  manter a coerência da vida que escolheu levar: morrer, assim como viveu, sem tergiversar, coerente com seus princípios, sem trair sua razão de viver...

Não há, em Don Giovanni, o bem ou o mal, no sentido platônico; ou no sentido cristão; talvez haja o senso maquiavélico de perseguir seu objetivo, viver a vida numa linha reta, previsível e cartesiana.    

terça-feira, 15 de julho de 2014

O pensamento tautológico de Aécio Neves candidato do; BH, 0140702014; Publicado; BH, 0150702014.

O pensamento tautológico de Aécio Neves candidato do
PSDB Partido da Social Democracia Brasileira à
Presidência da República Federativa do Brasil no Bolsa
Família tem o DNA do meu partido antes abominava o
Programa criado por Lula hoje demagogicamente faz
Questão da paternidade num intuito de confundir o
Eleitor Minas Gerais sofreu um Choque de Gestão
Sofreu mesmo tanto que escondeu que triplicou a dívida
Do estado não vacilarei em adotar medidas impopulares
Arrochar o salário mínimo flexibilizar a CLT recorrer ao
FMI Fundo Monetário Internacional criamos o real o
Que todos sabemos que o pai é o Itamar Franco Dilma
Foi vaiada pois plantou o que colheu clara demonstração
Da baixeza do tamanho do caráter que possui nunca
Cheirei cocaína na minha vida isso é intriga do submundo
Da WEB vergonhosa tentativa de esconder o que os
Próprios correligionários propagam aos quatro ventos o
Brasil está um caos só a inflação disparou o povo está
Insatisfeito sem salário sem empregos os juros estão
Altos a Copa das Copas será um fracasso tudo num
Mau falatório numa difamação do Brasil para angariar
Alguns votos vou varrer com um tsunami o PT
Partido dos Trabalhadores do governo no mínimo
Colocará por terra todas as nossas conquistas sociais a
Dilma é incompetente ao esquecer o que foi como
Deputado governador senador nunca teve nada para
Apresentar resgatarei a herança de FHC vulgo Fernando
Henrique Cardoso o pior para o povo trabalhador brasileiro
Para os aposentados da nação quer gerar pânico para
Desestabilizar a economia a Petrobras é uma vergonha
Nacional as ações caem os amigos o suposto
Financiador da campanha George Soros as compram
Na baixa as vendem na alta o Ronaldo Envergonhado
Fenômeno expressa o sentimento da nação cercar-me-ei
Do que há de mais novo reformador progressista no
País nos apresenta o DEMogorgon Agripino Maia
Líder da extrema-direita raivosa reacionária atrasada
O ultra-conservador-ortodoxo Armínio Fraga Neto
Para seu vice o destemperado despreparado para o
Cargo Aloysio Nunes Ferreira Filho Antônio Anastazia
Um dos responsáveis pela gestão temerária em Minas
Gerais Pimenta da Veiga José Serra Luciano Huck
Nem se fosse taumaturgo a tautologia do Aécio Neves
Faria milagre para o povo entender tal discurso gambozino

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O meu maior consolo é em saber; BH, 0130702014; Publicado: BH, 0140702014.

O meu maior consolo é em saber
Que a imprensa brasileira
É a pior imprensa do mundo
Mesmo por poder usar
Os mais modernos meios de comunicação
De muitas vezes
Receber prêmios no exterior
Por serviços prestados aos patrões dos poderes
À burguesia à elite
Aos donos do sistema financeiro
Os que trabalham para a imprensa brasileira
São verdadeiros robôs
Pensam mal escrevem mal
Distorcem a história
Manipulam mentem
Caluniam difamam
Bajulam os poderosos
Escondem os fatos verdadeiros
Por convicção
São vira-latas complexados
Mesmo sem encontrar mais adjetivos
Para desqualificar a imprensa brasileira
Representada pelo PIG Partido da
Imprensa Golpista a velha mídia vil
Venal sabuja medieval
Meu maior consolo é em saber
Que é a pior imprensa do mundo
Penso que não deve haver
Em nenhum outro país
Tipos de jornalistas
Colunistas editorialistas cronistas
Iguais aos nossos
Na Colômbia por exemplo
Um jornalista virou escritor
Ganhou um Prêmio Nobel de Literatura
Aqui todos vão juntos para a lata de lixo
Com os seus patrões
O meu maior consolo é em saber
Que o povo trabalhador brasileiro
Nunca se lembrará de nenhum nome
Desses serventuários
Dessas víboras
Desses pseudo jornalistas
Dessa mídia sonegadora
Enganadora traiçoeira
Este é o meu maior consolo
Não me informo como deveria ser
Não recebo saber cultura
Mas não sou conivente
Com essa imprensa indecente

domingo, 13 de julho de 2014

Sangrento que domingo sangrento; BH, 0130702014; Publicado: BH, 0130702014.

Sangrento que domingo sangrento
Reclamas não estavas com sede toma
É sangue fresco de recém-nascido
Sangrado agora recém-morrido bebe não estavas
Com fome toma come é carne tenra
Assada de pouco que louco com céu
Tão azul levantam essa fumaça mortífera
Vem dalguma oferenda? vem dalgum
Altar? não nunca dádivas de Israel
Terra Santa neste domingo de orações
Ai me dás de beber me dás de comer
Quero mais não fico satisfeito sangrento
Que domingo sangrento homens
Mulheres aos pedaços outros soterrados
Vivos outros inda vivos calcificados
Pela areia derretida o calor não é o do
Sol de tanto tempo o calor é provocado
Por fusão dos foguetes inteligentes
Quando vêm com fome de vidas fazem o
Dia virar noite fazem a noite virar dia
São melodias para mim os choros dessas
Crianças quanto mais choram mais
Alegro-me prefiro matá-las nos berços
Nos berçários nos braços das mães
Nos colos dos pais assim pois então 
Livro-me de futuros combatentes corto o
Mal pela raiz evito que transformem-se
Em mártires em heróis em libertadores
Do seu povo é isso Gaza Cis Jordânia
Toda a Palestina homenagearei neste
Domingo sangrento Israel sempre terá
Fome sempre terá sede nunca terei
Palavras suficientes para condenar tal monstro

Maldito Leviatã; BH, 0130702014; Publicado: BH, 0130702014.

O que vejo num espaço entre o olho a
Pálpebra fechada num escuro duma
Solitária é o mesmo duma mente doente
Dum doente que lança foguetes nas
Crianças que se escondem nos meios
Dos escombros da Faixa de Gaza da
Cis Jordânia o breu é o mesmo dum
Olho furado dum olho seco ou dum
Olho cego a dor não é duma contratura
Muscular ou duma distensão ou dum
Desvio de coluna a dor é de quem é
Soterrado vivo desmembrado pelas
Bombas assado pelo fósforo mutilado
Pelas experiências das armas modernas
O que vejo no oco da minha mente vazia
É o que não expressa sentimento não
Expressa sentido nem sofrimento como
Dizem do Pablo Neruda quando declamava os
Próprios poemas é o vácuo em que vivem
Os que ordenam o genocídio os que
Entopem os olhos os olhares das meninas
Dos meninos de areias incandescentes a
Luz que vem do alto não ilumina traz
Escuridão às mulheres que choram à morte
Dos filhos dos maridos o ataque cirúrgico
É anunciado mas o efeito colateral é
Devastador não são coisas das eras
Bárbaras medievais são fatos atuais
Transmitidos via satélites assistidos pelos
Donos dos poderes servidos em suas mesas
De repastos carne fresca assada para ser
Comida sangue fresco puro para ser bebido
O que satisfará esse maldito Leviatã?

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Saudades de Michel de Montaigne dos Ensaios das lições; BH, 040402008; Publicado: BH, 090702014.

Saudades de Michel Montaigne dos Ensaios das lições
Das reflexões saudades de Nietzsche da escrita superior
Da elevação moral do pensamento sublime saudades das
Coisas boas da literatura que até me dá uma vontade
Imensa de sair por aí a viajar pelo mundo fora numa
Cavalgada selvagem num estouro de boiada numa
Revoada de pássaros de rapina gaviões águias harpias
Açores carcarás caracarás saudades minha gente dos
Filósofos da Grécia antiga dos pré-socráticos de todos
Que se dignaram a nos legar um pensamento filosófico
Capaz de nos fazer pular na cadeira saudades das coisas do
Espírito da alma que diz respeito à fenomenologia de
Hegel saudades até do Lacan Jung Freud as verdadeiras
Celebridades da humanidade só esses homens pensaram
Com o intuito de nos fazer feliz cada um no seu conceito
Tese teoria crítica vede Kant Voltaire Rousseau saudades
Meu povo saudades do Brasil da História brasileira do
João Ubaldo Ribeiro do Sorriso do Lagarto perdido no
Grande Sertão: Veredas meu grande Guimarães Rosa
Rogai por mim meu Euclides da Cunha mata esta minha
Saudade do Zumbi meus Palmares Tiradentes Inconfidentes
Meu belo estado cosmopolita de Minas Gerais minhas
Montanhas até quando parireis o ferro que um dia ferirá
Vossos corações? foi a exploração desenfreada do vosso
Minério que transformou o Carlos num exilado dentro do
Próprio país se Carlos que era grande de ferro não
Conseguiu barrar a sangria de vossas veias não serei o ser
Bem menor que serei ouvido nestas minhas saudades
Povo mineiro é hora de preservarmos de nos preservarmos
Para que não sintamos saudades no futuro tal
Qual a saudade que estou a sentir aqui agora saudades da
Flora da fauna dai-me minha onça pintada meu
Tamanduá-bandeira meu jabuti meu cágado
Dai-me minha taruira minha garrincha meu tiziu estou
Com saudades meus rios minhas matas minhas florestas
Morrerei sem ser punido mereço todo castigo por não ter
Doado meu sangue para esta terra seca este Vale do
Jequitinhonha este Vale do Mucuri meus índios Maxacalis
Meus botocudos saudades de todos meu trem-de-ferro
Minha Maria Fumaça com seus vagões hoje vazios
Abandonados em cada estação que parece tão vazia fantasma
Igual ao meu pobre coração saudades meu Milton Nascimento
Da beleza do Clube da Esquina do charme da menina
Da mulher mineira feminina saudades com respeito
Louvo minhas avós minhas tias minha mãe minhas
Irmãs minhas primas minhas amigas inimigas ai que
Saudades das minhas professoras do Grupo Escolar Teófilo
Otoni saudades da minha infância açude ribeirão regato
Riacho lajedo escorregão saudades cachoeiras fazendas
Burros bois vacas porteiras cancelas pinguelas saudades
Da cobra d'água a atravessar o rio do meu cachorro Chacal
A nadar por ter sido jogado de cima da ponte desesperado
A gritar de medo dele morrer afogado a alegria de ver
Que nadou até a beira saiu são salvo saudades das
Galinhas no quintal dos galos cantadores brigões dos
Meus tios Lourenço Manuelzinho Gaspar saudades das
Minhas tias Rosa Lourdes Alzira meus primos Zezinho
Saudades das lembranças das memórias saudades
Das recordações das saudades saudades da emoção do
Sentimento do remorso escondido da pegada na mão atrevida
Do beijo furtivo envergonhado saudades da minha
Pré-história antes da banalização da precocidade da morbidez
Hodierna saudades antes da midiática formação de famosos
De celebridades antes do fisioculturismo da exposição da
Carne tão fraca tão podre tão inútil saudades meu bem saudades
Do meu amor saudades do bom-dia do boa-tarde do boa-noite do por favor

Um poema novalimense; NL, 0260902008; Publicado: BH, 090702014.

Protegei-vos
Escondei-vos
Alarmai-vos
A especulação chegou
Ao Vale do Sereno
Salveis o Vale dos Cristais
Pois a Vila da Serra já está condenada
Bem como o Belvedere
Áreas nobres que poderiam ficar intactas
Mas a ganância a vaidade são maiores
Quando passava por aqui
Em tempos idos via só aquelas montanhas
Aquelas matas de belezas naturais
Meu coração enternecia-se
Era só poesia
Hoje redutos da burguesia da elite
Os espigões encobrem as montanhas
As matas viraram cinzas
Até os bichos sumiram
Lembrais quando
O trem de ferro passava por aqui?
Pássaros revoavam
Besouros zuniam
Joaninhas pousavam nas flores
Hoje?
Só estruturas de concreto
Aço alumínio vidro
Acabou-se a riqueza de região
Tão bem privilegiada por Deus
Empobreceram-na por pura ambição
Lucros exorbitantes
Jogadas financeiras
Descaracterizaram-na
Em nome dum progresso sem ordem
Sem progresso
Ai meu Deus do céu
Tenhas piedade do Vale do Sereno
Do Vale dos Cristais
Não deixes que os destruam mais
Impeças a devastação
Ou ponhas um limite
Ou uma norma à especulação
Que não suba à cabeça das pessoas
A ideia terminal de fazer
Dum bem natural
Um bem de consumo superficial

domingo, 6 de julho de 2014

MINHA MORADA, GRUPO RAÇA:

Empresarial Nicolau Jeha, 14; BH, 01201002012; Publicado: BH, 060702014.

Não tenho outra função
A não ser funcionar
Como um escrivão
Quando o universo delegou-me tal tarefa
Disse-me
Escriba
Arriba
Relatarás a história das coisas
Tudo que tiver para contar
Será através de ti que contarei as estrelas dos céus
Os sóis de todos os sistemas solares
Os grãos da poeira que as tempestades cósmicas
Lançam nos céus dos planetas que me compõem
Esgarranchador de manuscritos
Todas as vezes que olhares o firmamento
Dalgum universo
Meu olho estará no teu
Por algum momento
Terás também uma grandeza universal
Um dom essencial
Uma qualidade de imortalizar letras comuns
Palavras reles
Universo
Estou a teus pés
Meu coração por um instante para ansioso
Quer existir como um coração de verdade
Quer destilar sangue arterial
Ser a usina de energia
Que alimenta as estações da cidade
Universo
Disponha-te deste servo
Canaliza em mim as tuas mensagens
Manda das estrelas mais distantes
Os tesouros que engrandecerão a humanidade
Não tenho um nome
Universo
Podes chama-me de teu filho
Que quer herdar de ti
As heranças escondidas nos teus confins
Ai de mim
Não mereço tanta luz
Tanta energia
Tanta sabedoria
Mas sejam bem-vindos em mim o teu saber
Os teus segredos
Os teus mistérios
As tuas forças revigoram-me
Sinto destilar nas veias o meu sangue
O que não sentia antes
Sinto pulsar o coração
A pressão do cérebro dentro do crânio
A querer explodi-lo em busca de liberdade

O TeU ChaMeGO - GrUpO RaÇA

Empresarial Nicolau Jeha, 7; BH, 01001002012; Publicado: BH, 060702014.

A confusão que há aqui fora no caos
Universal é a mesma confusão que
Há no caos mental só que a confusão
Universal bem ou mal foi toda
Decifrada estudada analisada astro
Por astro a confusão mental até
Hoje é uma incógnita uma conjectura
A quantidade de neurônios onde
Habita uma mente supera a quantidade
De astros que formam o universo
Navegamos neste universo não
Navegamos nem nas nossas mentes
Cada um de nós tem a mente mais
Indecifrável do que a doutro tudo
Pode ser registrado no universo não
Ficar nada sem ser catalogado item
Por item conhecido a mente em
Treva total emite mais luz do que
Qualquer universo desvendado a
Fenomenologia da mente a nossa
Genealogia mental são mais ricas mais
Poderosas do que tudo que possamos
Imaginar criamos deuses criamos
Demônios céus infernos anjos
Santos santas criamos o bem o
Mal poderíamos estar bem além
Destas nossas criações mas penso
Que gostamos de ter as nossas
Mentes dominadas manipuladas
Comandadas parecemos que
Precisamos de alguém para pensar
Por nós para nos capacitar com
Todo o nosso poder de criatividade
Nos sentimos fragilizados desprotegidos
Tímidos o que nos leva a carecer duma
Força que está dentro de nós mesmos