Fernando Pessoa visitou-me
Falei para Pessoa dá-me
Uma noção elevada das coisas
Passes-me uma das tuas estrelas para
Que possa amarrar nela minha
Carruagem fazer a viagem através
Do infinito sou pesado igual a
Um granito não voo por sopro próprio
Dependo imensamente dum
Gênio que teve tantas mentes tantos
Espíritos tantos astros celestiais ao
Teu inteiro dispor dependo dum
Gênio que viveu tantas vidas
Morreu tantas mortes continua
Vivo no sul no norte na noite
No dia na chuva na estia
Venhas com teus fantasmas ocultos
Teus castelos medievais tuas
Naus misteriosas elevar-me à
Condição de ser à beira do teu Tejo
Faças-me visitar a Lisboa do teu
Tempo sirvas-me a dobrada à
Moda do Porto que eu seja
Também uma ovelha do teu
Rebanho tu o meu guardador
Meu cão guia meu pastor do aprisco
Pessoa ria de mim zombava
Deixa de ser pequeno vai crescer
Tudo valerá a pena é o
Que quero meu Pessoa um
Dia inspirar-me também em tuas
Fontes sorver de tuas águas
Mananciais cristalinas crescer ser
Uma das estrelas de tua constelação
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