Quando um dia sucumbir
Deixar de ser este ser sorumbático
Este Rimbaud meditabundo este
Mentecapto poético energúmeno
Socrático poucos raros amigos
Sentirão falta de mim levarei
O silêncio a surdez a cegueira
Não deixarei nada por herança
Quem quererá letras? quem quererá
Palavras? todos estão com os farnéis
Abarrotados de textos de frases
Adotarão símbolos falarão por sinais
Muitos dirão rimas nunca mais
Versos sequer cobertos de ouro além
Disso em papel vagabundo deixados
Por esferográficas baratas guiadas
Por mãos psicopatas comandadas por
Mente esquizofrênica psicótica que
Teimam quando tudo está fora de moda
Ultrapassado que ninguém liga
Teimam em empanturrar o
Cotidiano com palavreado insano
Quem quererá? quem se habilitará?
Dizer que leu o que o maníaco escreveu
Que se sentiu evoluir que algo
Mexeu dentro de si ou que uma luz
Nova surgiu além da rotina?
Quem vasculhará um pensamento
Que surgiu talvez antes do big bang?
Quem se perderá nestes labirintos
Mentais com o minotauro no seus
Calcanhares falta a sua Ariadne
A lhe guiar com o fio ou o herói
Teseu que no sonho não virá?
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