domingo, 17 de maio de 2015

Monte Simplon, 550, 12; BH, 01605023012; Publicado: BH, 0170502015.

Não libertar-me antes de mais nada
Preciso libertar-me é que minha
Alma é escrava meu espírito é
Escravo vivo cativo acorrentado
Sem liberdade não posso ser livre
Enquanto houver escravidão serei
Um eterno servo vivo na escravidão
Não tenho opção meu passado é
Escravo como foram escravos os
Pretos africanos trazidos aqui à
Força aprisionados em navios
Negreiros não liberdade antes ou
Não valerá à pena viver minh'alma
Será sempre pequena meu espírito
Rasteiro hostil pronto a picar os
Calcanhares descuidados não
Libertar-me é ter o presente preso
Ao passado o futuro não chegar
Se chegar chegar também acorrentado
Com banto com o cheiro dos porões
Que inda trago preso às narinas sem
Liberdade não posso pensar não posso
Pagar meu erro histórico não posso
Apagar do meu corpo torturado as
Cicatrizes dos grilhões nem quebrar
Os elos eternos que escravizam-me

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