segunda-feira, 25 de maio de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 10; BH, 020702012; Publicado: BH, 0250502015.

Na atual idade tenho autoridade para
Dizer a pensar sem pensar para falar
Com opinião sem opinião quem
Quiser dar ouvidos não é comigo
Quem quiser fazer ouvidos moucos de
Mercador que faça sou um louco
Minha loucura não é iluminada sou
Um doido velho caduco doído que
Inda vive a sonhar depois de anos de
Pesadelos dromedário insano carrego
Minha corcova envelhecida que não
Descurvará nunca mais ressoará
Pelas plataformas nunca mais tal o
Grasnar do corvo o uivo do
Demônio ao ser expulso paras as
Profundezas do pior inferno onde
Eternizará acorrentado por todos
Os tempos passados presentes
Vindouros meu cérebro teima em
Escorrer todo pelo nariz não quer
Ficar concreto dentro da caixa
Craniana derrete-se todo em
Secreção vermelha amarela
Haja guardanapo papel higiênico
Para apará-lo então por todas as
Bizarrices aberrações que penso
Falo terei considerações os
Loucos têm prioridades das
Minhas não abro mão nem sadio

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