terça-feira, 12 de maio de 2015

Tereza Mota Valadares, 190, 3; BH, 080502012; Publicado: BH, 0120502015.

Às imaculadas sombras das trevas impenetráveis
Onde latejam assombrações nas penumbras mais
Obscuras lares fantasmas de densas cegueiras
Habitações de todos os abortos sofridos por mães
Também sofredoras ao lugar mais recôndito do
Âmago do universo único onde a ordem de haja
Luz não foi obedecida às pedras desses penhascos
Negros formadoras de rochas maciças sustentáculo
De encapelados rochedos eternamente escuros
Nunca vindos à tona sem nunca ter reflexos de
Única réstia de luz aos precipícios de gargantas
Que despencam das cataratas nas escuridões
Fantásticas escudos impenetráveis à luz de mil
Sóis de elevadas grandezas ao meu coração
Bastião ancoradouro porto dessas embarcações
Repletas de almas espíritos passageiros
Personagens de todos os navios negreiros
Que cruzaram os mares os oceanos levados
Por ventos ligeiros às montanhas rochosas
Regadas por lágrimas de prantos de famintos
De campos de refugiados daqueles que viraram
Cinzas nos fornos crematórios de campos de
Concentração às mesas nas quais faltam
Comidas aos peitos sem coração às cabeças
Sm ideias mentes sem jogos mentais às
Bocas incapazes de anunciar a chegada das
Flores na primavera amanhã sem falta
Será mais um dia de esperança

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