terça-feira, 12 de maio de 2015

Patagônia, 1155, 13; BH, 0250402012; Publicado: BH, 0120502015.

Quem adivinhar o que acontece comigo
Dou um doce dou um bolo dou um sorvete
A quem consertar-me dou um pedaço
De pele um naco de carne uma porção de
Gordura uma medida de azeite tudo a quem
Concertar-me com a vida pois sei que vou
Morrer não aprenderei a lição do saber
Quando perguntarem por mim alguma
Coisa a meu respeito nada terei para
Responder perguntam como podes
Desejar o desejo dos mendigos? como
Podes ambicionar o prazer das prostitutas
Meretrizes das mais tristes putas?
Alguém precisa estudar-me dou um boi
Uma boiada uma manada de porcos
Não descobri coisa alguma sinto que
Vou perecer sem fazer-me senhor de
Mim meu fantasma atormenta-me está
Acorrentado aos meus pés assombra-me
Através das minhas próprias sombras
Raiz de capim de relva que contenta-se
Com areia com pouca terra ou terreno
Insalubre não procuro as nobrezas das
Profundezas se não ousei por mim não
Adianta que não ousarei por ninguém
Por isto rumino estas minhas frustrações que
Nenhum mestre PhD gerará tese a respeito

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