segunda-feira, 4 de maio de 2015

PDG, Alvarenga Peixoto, 1455, 7; BH, 0130202012; Publicado: BH, 040502015.

Colocarei meu cérebro à mostra em
Exposição à visitação pública para
Quem quiser decifrá-lo meu cérebro
Merece atenção é um cérebro raro
Pulsante que busca a luz a oxigenação
O arejamento é que apesar de
Empoeirado de vez em quando
Espana o pó de suas membranas
Lança luz nos seus meandros
Labirintos corredores também
Carrega a sua cruz tem os seus
Defeitos comete seus pecados
Repete seus erros entra em pânico
Cai em parafuso sofre de ansiedade
Faz a cabeça doer toda hora
Todo dia de noite não dorme
Sossegado vira para os lados
Anda pela casa a arrastar os pés
Visita a geladeira quer sair de
Madrugada a procura dum bar
Quando encontra não quer mais
Voltar para a cama quer esvaziar
Todas as garrafas matar a sede
Sede de todos os ancestrais bebe
Até não poder mais vira um pesadelo
Ambulante a varar errante as
Madrugadas sombrias que encontra
Pela frente jura de pés juntos dedos
Em cruz nos lábios ressequidos que no
Dia em que for iluminado voltará para
Dentro da cabeça ficará no seu lugar
Meu cérebro é assim o colocarei num
Museu cerume no lugar de maior destaque

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