domingo, 17 de maio de 2015

Fidélis Martins, 90, 4; BH, 0180502012; Publicado: BH, 0170502015.

Danço com os ventos desde que era
Átomo de molécula de pó das poeiras
Das estradas canto para os ventos desde
Os primórdios das explosões universais
Danço canto com os ventos desde
Quando era domador de estrelas das
Estrelas mais distantes daquelas que a luz
Nem há mais danço com todo o universo
Com os ventos universais com os ventos
Solares com os ventos dos confins dos
Tempos é de causar-me arrepios pelo
Corpo pela pele pelo pelos dos ossos
Arrepia-me os poros da alma ao dançar
Ao canto desses ventos ao cantar para
Esses ventos dançarinos cantantes ao
Som dos meus sonhos no silêncio do
Meu sono os ventos são meus donos
Sou deles enlevam-me a madrugada
As névoas dos serenos as brisas a
Trazerem o orvalho a borboleta a pousar
No assoalho onde a relva é mais tênue
Singela onde a terra é mais tenra
Chora quando os ventos vão embora
Choro quando chega minha hora
Não tenho com quem dançar
Nem para quem cantar

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