segunda-feira, 11 de maio de 2015

Patagônia, 1155, 12; BH, 0250402012; Publicado: BH, 0110502015.

Caiu uma estrela do céu para mim
Iluminou meu caminho a noite que
Era escura igual dia se fez fui
Guiado pelo facho de luz no meio
Das trevas à minha frente o mar
Abriu-se pisei no fundo do oceano
Com o fundo das solas dos meus pés
Deram-me pão pedi poesia deram-me
Água pedi vinho deram-me carne pedi
Flores como um morto pede a vida de
Volta quando não é o morto que pede
São os seus mortos que pedem em seu
Lugar choram pois a vida não vai mais
Voltar tornei-me ilha fincada no coração
Da terra ilha com raízes aprofundadas
Mais do que as raízes do meu coração
A montanha parou de tremer não
Pariu nem mais um rato que atormentasse
Ainda mais a ansiedade da  humanidade
Caiu uma estrela do céu para mim
Soube o que fazer com essa estrela
Além de um jardim fiz um poema sem fim
Quando depositarem minhas cinzas na
Urna não poderão dizer assim aqui jaz
Os restos mortais dum poeta se estarei
Eternizado em cada letra que plantei
Nos canteiros das palavras imortais

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