terça-feira, 12 de maio de 2015

Patagônia, 1155, 14; BH, 0250402012; Publicado: BH, 0120502015.

Enjoa-me enoja-me causa-me asco
As vitórias consecutivas dos bons dos melhores;
Quero saber é do caos dos derrotados dos
Frustrados os piores em tudo sem as
Oportunidades dos que as perdem quando
As conseguem nasci para frustrar matar esperanças
Depositadas decepcionar a quem esperar
Algo de mim minha primeira palavra foi
Não a última não será sim não morrerei
Como um mártir ou herói com galas
Referências congratulações comendas
Morrerei sim coberto de condolências
Bem morto bem posto no fundo duma
Cova bem funda duma sepultura
Imunda em mim a morte não encontrará
Pasto jardim de flores borboletários ou
Ninhos de passarinhos em mim a morte
Não encontrará angra baia ancoradouro
Nem saúde nenhuma terei para
Esperá-la se quiser-me tem que se
Contentar com este jeito de imprestável
Que sou decidi não vou melhorar
Para ir com a morte nem embelezar-me ou
Ornamentar-me ou enfeitar-me
Para ficar parecido com algo bonito
Quando a morte vier buscar-me terá
Que ser com esta careta de funesto parecer

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