sexta-feira, 19 de abril de 2024

que condenação perpétua injusta imposta a mim

que condenação perpétua injusta imposta a mim
nunca mais verei o teu sorriso imortal que
destino tão malvadão me privar assim da única
flor do meu jardim pois eras um prisma que 
refratava a luz no teu olhar eras uma obra de arte
em marfim uma obra-prima a emoldurar teu
sorriso hoje não contento com nada o sol vem me
alegrar fecho as janelas espanto o vento seco a 
chuva não faço mais questão das coisas do meu
coração sei que acabou sei que o meu amor foi 
em vão não me cansarei de repetir o meu amor 
foi em vão me dão religião desprezo me dão paz
quero guerra me dão benção quero maldição me
dão a mão quero o pé não quero fé quero fugir 
do meio ambiente não sou mais senhor de mim
agora sou diferente indiferente inerente demente
condenado ao exilo ao degredo de não mais 
descobrir do teu olhar o segredo o que quererei
fazer com os outros olhares vazios? só o teu olhar
o meu enxergava só o teu olhar o meu caminho 
iluminava agora viverei cego os restos dos meus 
dias não quero cão de guia bengala cajado vara
vidente não quero a luz das estrelas não quero a 
luz dos luzeiros dos cruzeiros a cumprir pena 
pétrea nesta masmorra morro acorrentado bandido
que nunca mais será perdoado pois deixei a luz parar
de brilhar na fonte viva que emanava do teu olhar

BH, 0170402024; Publicado: BH, 0190402024.

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