Mary had a little lamb:

 Mary had a little lamb

His fleece was white as snow
And everywhere that Mary went
That lamb was sure to go

And you could hear them singing
La la, la la, la, la, la, la, la, la
La la, la la, la, la, la, la, la, la

He followed her to school one day
It was against the rules
It made the children laugh and play to
See a lamb at school

And you could hear them singing
La la, la la, la, la, la, la, la, la
Everybody singing
La la, la la, la, la, la, la, la, la

And so the teacher turned it out
But still it lingered near
And waited patiently about till
Mary did appear

And you could hear them singing
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la
Everybody singing
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la, la, la, la

"But does the lamb love Mary so"
The eager children cried
"And Mary loves the lamb, you know"
The teacher did reply

And you could hear them singing
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la
Everybody singing
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la, la, la, la
La, la, la, la, la, la

Wilson Batista, A mulher que eu gosto.

Lá vem a mulher que eu gosto

De braço com meu amigo

Ai, meu Deus, até parece castigo

É um ato de traição ao meu pobre coração

Eu gosto desta malvada e ele é meu camarada

Há muito tempo ela sabe

Que eu lhe tenho grande amor

Preferiu o meu amigo

Fez de mim um sofredor

E ele também é culpado da nossa situação

Pois sabia que ela era dona do meu coração

ai se tivesse uma fonte luminosa

ai se tivesse uma fonte luminosa

aí no meu quintal

ai se tivesse um quintal

uma praça

ou um jardim

ai de mim

malgrado meu

não ter nem ser

e a querer ter terreiros terrenos terráqueos

se toda propriedade é um roubo

e vai dar de contra o normal

querer algo tão anormal

e quero tudo que não posso ter

e quero tudo que não posso ser

e nem possuir possuído possesso de raiva

e ira de rancor sem amor

cólera ódio terror horror

e nada de ternura que perdi quando nasci

se nasci não sei se estou para nascer

é um sufoco no peito

uma asfixia mecânica no ar

um soluço ininterrupto de enfado

um suspiro de cansaço letárgico

um espirro de bilro sem birro

uma pressão atmosférica no crânio

como se estivesse fossilizado

em rocha vulcânica da idade da pedra lascada

da era da pré-história

onde foi perdido um dente do elo da corrente

e um aro do dinossáuro

e os de cromagnon

e de luzia que até hoje iluminam 

e guiam o que será que viam

projetado nos paredões dos canions?

e nas linhas da circunferência

e numa coordenada dum plano cartesiano

ou tudo foi um engano que causou um dano

no caos do universo

e só me ficaram estes versos indefinidos

indiferentes sem sentidos

ignorados pelas gentes mais inteligentes

intelectuais exigentes

policiais a deter gentes inocentes

detergentes que não limpam os dentes

da catraca da coroa do pião

e emperra a pedalada pela estrada empoeirada

e que à noite não é mais iluminada

pelos pirilampos serelepes

ou pelos vagabundos notívagos vagalumes

nostálgicos que deixam saudades nas

antigas madrugadas que esqueceram os

madrigais ou as namoradas

que não voltam nunca mais

tais os beijos em frente às fontes fluídas nos horizontes

as casas com alpendres varandas sobrados

em cima dos montes

e lá longe no crepúsculo do arrebol o sol

BH, 050502023; Publicado: BH, 080502023.

acróstico

justo denunciou as injustiças dos injustos

usou por ferramentas letras palavras

livre cobrou liberdade na terra da liberdade

invadiu ousado as entranhas dos poderes

audacioso expôs as podridões das elites

nas caras das burguesias mostrou fedores

agora jaz preso nas masmorras invioláveis

solitário cumpre pena na solitária

só por desvendar ao mundo

aquilo que era imundo

negado teve o perdão da verdade dos

governos que se escondiam nas mentiras

enquanto exterminavam povos

ferido não teve quem cicatrizasse as feridas

ruiu falsas fortalezas sem trombetas

explodiu muralhas sem explosivos

expandiu a imprensa livre no planeta

nada o removeu do seu caminho

o medo ficou pequenininho

workaholic trabalhou escravo dos trabalhadores

BH, 070502023; Publicado: BH, 070502023.

acróstico

justo denunciou a injustiça dos injustos 

usou por ferramentas letras palavras

livre cobrou liberdade na terra da liberdade

invadiu ousado entranhas dos poderes

audacioso expôs as podridões das elites

na cara da burguesia mostrou fedores 

agora jaz preso masmorras invioláveis

solitário cumpre pena na solitária

só por desvendar ao mundo

aquilo que era imundo

negado teve o perdão da verdade de 

governos que se escondiam nas mentiras

enquanto exterminavam povos 

ferido não teve quem cicatrizasse feridas

ruiu falsas fortalezas sem trombetas

explodiu muralhas sem explosivos

expandiu a imprensa livre no planeta

nada o removeu do seu caminho

o medo ficou pequenininho

workaholic trabalhou escravo de trabalhadores

BH, 070502023; Publicado: BH, 070502023.

pessoa fodida da vida

pessoa fodida da vida

não é a que não tem dinheiro pois

pessoa fodida da vida

é a que não tem virtudes

e que só tem contas em bancos tungadores

e ações de empresas agressivas

e seguro de vida nocivo

e quem esquece de viver

e ajunta moedas podres

e dinheiros de judas

e papeis sujos

e corre atrás de lucros

gerados pela escravidão do irmão

e a pessoa pode até ser fodida da vida

mas tem uma virtude em cada mão

um dom do bem de ser um bom

ao fazer o bem sem olhar a quem

e ao não fazer o mal a ninguém

e o mau casado com a maldade

causa a infelicidade infinita que

polui o coração da vítima da

pessoa fodida da vida

que só tem dinheiro porém não tem virtude e dinheiro é tão fácil de ganhar

em qualquer esquina se arranja dinheiro

e a virtude onde é que está?

e a virtude quem é que a sabe praticar?

pelo menos a mais reles

a mais simples

e singela das virtudes lá que são elas

quando temos que apelar para sermos virtuosos escorregamos nas babas dos quiabos enganosos

e amargamos gilós maxixes boldos que

não aplacam as mágoas

BH, 020502023; Publicado: BH, 050502023.

não há como não sentir medo do futuro

não há como não sentir medo do futuro ainda mais quando grande parte da nação abraçou o negacionismo do terraplanismo 

e tudo bem que já houve quem pensasse que a terra era quadrada

mas está mais do que provado que

o planeta terra é redondo porém

a repetir ainda há quem defenda a ideia de que 

a terra é plana

e por estas

e outras não há como não sentir medo

dum futuro obscuro pois ainda há quem trame em segredo ou às claras contra a nossa democracia

e até há quem pregue golpe de estado com estado de sítio ou não

acompanhados de terrorismo

e a espalhar fake news

e os piores são os que acreditam nessas notícias falsas

e nesses fatos falsos

e nesses boatos

e não checam as fontes

e os sites

ou linkes que muitas vezes as falsas matérias são até oficiais

ou de mídias que compõem o pig o nefasto partido da imprensa golpista

um dos cânceres do país que

fecundam as redes sociais de incentivos fascistas à violência

e ao nazismo

e ao racismo

e tudo em nome duma liberdade de expressão

e deixam esses monstros ressuscitarem debaixo das nossas narinas ao abrirem os seus esgotos às nossas vistas

e expõem suas vísceras apodrecidas

e o certo é que gostaria de viver sem pensar em sentir medo do futuro baseado na democracia da consciência coletiva

nos frutos virtuosos da cidadania

e soberania mas vêm os pastores apocalípticos com as suas profecias demoníacas satânicas

juntos aos adoradores de torturadores

como o ustra

e acabam de abalar o fraco psicológico da nação que parecia equilibrado

e o estado fica inerte sem poder reagir

a essas investidas do mal

BH, 020502023; Publucado: BH, 040502023.