sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Nietzsche, um livre pensador; BH, 01º01202012.


STF, Supremo Tribunal Federal; BH, 02801002012; Publicado: BH, 03001102012.

STF, Supremo Tribunal Federal, 
Punir crimes é uma coisa, fazer política, e
De modo tão parcial, é outra; o certo
É deixar a política restrita aos partidos
Políticos e aos políticos; um tribunal
Que concede dois Habeas Corpus, a
Toque de caixa, para um banqueiro,
Velho conhecido da justiça, Daniel
Dantas, e mais a Salvatore Cacciola,
Ao médico monstro Roger Abdelmassih,
Não sustenta moral nenhuma; soa tudo
Falso no STF, Supremo Tribunal Federal;
Políticos do PT, Partido do Trabalhadores,
Cometeram crimes? há provas robustas?
Há evidências ou suposições ou ilações?
Porque as regras são mudadas? para uns
Partidos a brandura, para outros a nefasta
Espetacularização? a PGR, Procuradoria
Geral da República, sempre complacente,
Engavetadora, agora estupradora? e
Cassam a presunção de inocência, abolem
In dubio pro reo, recorrem ao domínio do
Fato, numa parcialidade descarada, e a
Torcerem para que outros partidos tirem
Proveitos da Ação Penal 470? que as
Condenações influam nas eleições? é uma
Vergonha; para mim STF, PGR e o PIG,
Partido da Imprensa Golpista, são todos
Verdadeiros golpistas; cidadão comum,
Sou contra todo tipo de crime, mas quero
Ver todos os direitos preservados, total
Imparcialidade, provas, não as mudanças
De regras com o jogo em andamento, e
Não o teatro para a mídia, promovido
Pelos ministros e ministras; se a mídia
Pode pressionar o STF, a PGR, penso
No mesmo direito, e de criticar, idem;
Justiça, porém, igualitária.

Walt Whitman, Com minhas cornetas; BH, 03001102012.

Não toco hinos
Só para os vencedores consagrados,
Toco hinos também
Para as pessoas batidas e assassinadas.
Vocês já ouviram dizer
Que ganhar o dia é bom?
Pois eu digo que é bom também perder:
Batalhas são perdidas
Com o mesmo espírito
Com que são ganhas.
Eu rufo e bato o tambor pelos mortos
E sopro nas minhas embocaduras
O que de mais alto e mais jubiloso
Posso por eles.
Vivas àqueles que levaram a pior!
E àqueles cujos navios de guerra
Afundaram no mar!
E a todos os generais
Das estratégias perdidas,
Que foram todos heróis!
E ao sem-número dos heróis desconhecidos,
Equivalentes aos heróis maiores
Que se conhecem!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Depois do calunista e colonista do PIG; BH, 0301102012; Publicado,: BH, 02701102012.

Depois do calunista e colonista do PIG,
Partido da Imprensa Golpista, Merval
Pereira, entrar para a ABL, a Academia
Brasileira de Letras, a  ex-casa do
Bruxo do Cosme Velho, Machado de
Assis, tudo é possível de acontecer; e,
Mais três nomes de peso, do PIG, o
Partido da Imprensa Golpista, o atraso,
Serventuários da Direita, porta-vozes
Do caos e profetas do quanto pior, melhor,
Têm notoriedades suficientes e superficiais,
Para da mesma forma que Merval Pereira,
Candidatarem-se à vaga dalguma cadeira:
Reinaldo Azevedo, da mesma linhagem, o
Augusto Sancho Pança do PIG Nunes e o
Ricardo Chucky Brinquedo Assassino
Noblat; sem dúvidas, tanto quanto rasteiros,
Virulentos, bebedores de bílis, deselegantes,
Têm todas classificações do Merval Pereira,
Para também concorrerem à uma posição, e a
Um fardão; os padrinhos são os mesmos e fortes
Cúmplices e comparsas no PIG; do lado
Feminino, duas notórias se sobressaem: Dora
Kramer e Miriam Leitão, as duas da mesma
Forma gabaritadas; e com esses arranjos e
Desarranjos, o prestígio da outrora Casa de
Machado, atual amontoado de velhos e velhas,
Que o povo brasileiro desconhece, de algum
Serviço prestado à cultura, às letras nacionais.

O PIG, O Partido da Imprensa Golpista; BH, 02101102012; Publicado: BH, 02701102012.

O PIG, o Partido da Imprensa Golpista,
Causa-me ojerizas; e com esse forte
Afastamento do PIG, Partido da Imprensa
Golpista, em direção à Direita, ao desserviço,
Às calúnias, a tendência do PIG impresso é
Acabar-se; com um time de baixo nível, um
Linguajar chulo e desrespeitador, não há mais
Leitor do PIG impresso; e o que escrevem seus
Calunistas, seus colonistas, porta-vozes do caos,
Profetas do quanto pior melhor, corroboram
Rapidamente para o extermínio do PIG; e já
Não se sustentam e nem se comentam as
Baboseiras do Arnaldo Jabor, Elio Gaspari,
Dora Kramer, Miriam Leitão, Reinaldo
Azevedo; mas os piores, os mais rasteiros são
Augusto Sancho Pança do PIG Nunes e Ricardo
Chucky Brinquedo Assassino Noblat; esses
Dois causam ascos e engulhos a qualquer
Estômago; e com o estado terminal do PIG de
Papel, a blogosfera ganha força  com Paulo
Henrique Amorim, Luiz Nassif, José Dirceu,
Altamiro Borges e outros independentes; e aí
É ética com comportamento político, com
Postura, e que não admite baixo nível; o PIG
De papel higiênico servirá apenas aos vis
Demotucanos e à desmoralização do governo
Da Presidenta Dilma Rousseff, e assassinato
Político do ex-presidente Luis Inácio Lula da
Silva; e nada mais que ninguém ler defunto.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Four Seasons, Vivaldi; BH, 02601102012.


Mano Menezes não ganha nada; BH, 02501102012; Publicado: BH, 02601102012.

Mano Menezes não ganha nada,
Medíocre, sem uma jogada ensaiada,
Uma carta na manga, tinha que ser
Demitido mesmo; a COPA 2014 no
Brasil, movimentará bilhões de reais,
E o país não poderá ser decepcionado
Igual foi em 1950; o próximo treinador
Terá que ter o perfil de vitorioso, de
Usar tudo em direção ao gol; treinar
Chutes de fora da área, treinar muitas
Cobranças de faltas perfeitas, cobranças
De escanteios resultados em gols
Olímpicos; cobranças de laterais
Direcionadas ao gol adversário; e o
Tiro de meta como se fosse um passe
Do goleiro para um dos atacantes; Mano
Menezes deixou a desejar, perdeu muito
Tempo, muitas oportunidades; e não
Apresentou futebol competitivo, defesa
Sólida e ataque determinado; e um
Conjunto afinado com o objetivo gol; o
Nome para uma Seleção Brasileira, que
Terá a Copa do Mundo em seu país,
Terá que ser um nome dum técnico,
Capaz de armar um time, ofensivo, com
A filosofia que a melhor defesa é o
Ataque, e embasado numa defesa, que
Além de defender bem, saiba armar o
Ataque; e aos jogadores convocados à
Tarefa de aprenderem a chutar, pois a
Maioria chuta para todos os lados e
Direções, menos para dentro do gol,
Que seria o ideal certo para a vitória.

sábado, 24 de novembro de 2012

João Nogueira, de Casquinha da Portela, Maria Sambamba; BH, 02401102012.


As vezes eu quero brigar com ela
Só pra sair na Portela
Mas não encontro razão ( razão )
Porque, sendo um samba brasileiro
Ela sambando na Mangueira ou no Salgueiro
Está defendendo, o nosso pavilhão
Eu conheci Mariazinha
Em Caxias, no Cartolinha
Depois em Jacarepaguá, foi sambar na União
Por ser azul e branco
A cor que tanto lhe seduz
Diz findar a carreira
No Acadêmicos de Osvaldo Cruz
Maria Sambamba todos conhecem
Quando entra no samba agente padece
Com o seu jeito de bambolear
De gingar e sambar
Já me contaram que um falso folião, metido a bamba
Até um milhão gastaria
Pra conquistar sambambambamba

João Nogueira, Clube do Samba; BH, 02401102012.


Melhor é viver cantando
As coisas do coração
É por isso que eu vivo no clube do samba
Com essa gente bamba eu me amarro de montão
É por isso que eu vivo no clube do samba
Com essa gente bamba eu me amarro de montão
Tem gente de Madureira, de Vila Isabel e do Méier também
O pessoal da Mangueira, Leblom, Ipanema e da Vila Vintém
Uma morena bacana de Copacabana me disse João
Eu passo toda semana com o Clube do Samba no meu coração
A dona Ivone Lara me disse que a Clara está muito bem
E que o novo trabalho da Beth Carvalho não dá pra ninguém
Vejam vocês Alcione e Roberto Ribeiro enfrentaram uma fila
Foram comprar o ingresso para assistir ao show do Martinho da Vila

Olha tia Clementina parece menina sempre a debutar
Vive cantando pagode e saracutiando pra lá e pra cá
Chico Buarque de Holanda tá tirando onda não quer trabalhar
Vive batendo uma bola e tocando viola de papo pro ar, mas sabe viver.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Mangueira, 1976, No reino da mãe do ouro; BH, 02001102012.


Caminhando pela mata virgem
Bravo bandeirante encontrou
Grupos de nativos comentavam
O que um trovão proporcionou
No céu sem as estrelas
Mais um raio de luz se dirigia
A gruta de uma alma encantada
Era mãe do ouro que surgia
Obaba-ola-o-baba
É a mãe do ouro que vem
Nos salvar
Num palácio encantado
Onde um tesouro existia
Pedras preciosas bem guardadas
Que a mãe do ouro presidia
Homens e mulheres dominados
Por imaginações e alegria
Salões enfeitados
Em multicores
Dançavam até o romper do dia

Obaba-ola-o-baba
É a mãe do ouro que vem
Nos salvar

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Álvaro de Campos/Fernando Pessoa, Ora até que enfim; BH, 01901102012.

Ora até que enfim..., perfeitamente...
Cá está ela!
Tenho a loucura exatamente na cabeça.

Meu coração estoirou como uma bomba de pataco,
E a minha cabeça teve o sobressalto pela espinha acima...

Graças a Deus que estou doido!
Que tudo quanto dei me voltou em lixo,
E, como cuspo atirado ao vento,
Me dispersou pela cara livre!
Que tudo quanto fui se me atou aos pés,
Como a sarapilheira para embrulhar coisa nenhuma!
Que tudo quanto pensei me faz cócegas na garganta
E me quer fazer vomitar sem eu ter comido nada!
Graças a Deus, porque como na bebedeira,
Isso é uma solução.
Arre, encontrei uma solução, e foi preciso o estômago!
Encontrei uma verdade, senti-a com os intestinos!

Poesia transcendental, já a fiz também!
Grandes raptos líricos, também já por cá passaram!
A organização de poemas relativos à vastidão de cada assunto resolvido em vários

Também isso é verdade.
Tenho vontade de vomitar, e de me vomitar a mim...
Tenho uma náusea que, se pudesse comer o universo para o despejar na pia, comia-o.

Com esforço, mas era para bom fim.
Ao menos era para um fim.
E assim como sou não tenho nem fim nem vida...

sábado, 17 de novembro de 2012

Portal Vermelho, Confúcio; BH, 01701102012.


Confucio
Confucio, em uma de suas viagens

Confúcio - O mestre e a senda: da virtude à política


Os Analectos, obra-chave do pensamento oriental ganha tradução inédita em português. Pela primeira vez os aforismos atribuídos a Confúcio são traduzidos diretamente do chinês arcaico para o português. 

Por Henrique Kugler 


“E o mestre disse: ‘não sabe o que é a vida, como saber o que é a morte?’". Leitores ocidentais nem sempre serão tocados pela simplicidade crua, talvez insólita, dos aforismos do Oriente distante. Por certo há um estranhamento, choque entre duas culturas. É razoável dizer que, para nós, brasileiros, a filosofia chinesa é um horizonte intelectual deveras longínquo. 

Mas uma inédita tradução de Os Analectos, obra emblemática do pensamento chinês atribuída a Confúcio (551-479 a.C.), aproxima os leitores lusófonos dos modos de ser e pensar inerentes à tradição que floresceu do outro lado do mundo.

É a primeira edição, em português, traduzida diretamente do chinês arcaico. Os méritos do trabalho são do diplomata brasileiro Giorgio Sinedino, da Embaixada do Brasil em Beijing.

Foram sete anos de estudo e vivência na sociedade chinesa. Consultas minuciosas à vasta literatura especializada, orientação de acadêmicos reputados no tema, além do auxílio de ‘mestres’ – no sentido tradicional do termo –, permitiram a Sinedino elaborar uma obra de fôlego.

Aos curiosos pela sabedoria chinesa, o livro é ótima introdução aos preceitos seminais do Oriente. E, aos que se aventuram em interpretações mais refinadas, a obra resgata aforismos originais de Confúcio grafados em complexos e belíssimos ideogramas – fazendo da publicação da Editora Unesp, com suas 608 páginas, um material tanto de estudo quanto de contemplação.

Sobre esteiras de bambu e toalhas de seda
A obra contém 20 capítulos, divididos originalmente em dez rolos – à época, os livros chineses eram escritos em toalhas de seda ou esteiras de bambu. “O texto não possui uma unidade rígida, pois normalmente não é essa a forma como as obras antigas na China eram pensadas”, explica o tradutor. Os chineses o leem aleatoriamente – são aforismos. Ao mesmo tempo em que revelam uma simplicidade absolutamente sintética, podem sugerir interpretações quase impenetráveis.

“O mestre disse: ‘A virtude não é solitária, sempre há de ter vizinhos’”. “O mestre disse: ‘Cada um dos erros que as pessoas cometem pertence a um gênero. Ao observar os erros [das pessoas] é possível saber o que é a Humanidade’”. “O mestre disse: ‘Se me emprestassem mais alguns anos e eu pudesse estudar as Mutações até meus últimos dias, eu poderia [deixar de cometer] grandes erros’”. Esses são alguns exemplos aleatórios que o leitor encontrará ao folhear o livro.

Confúcio, pelo artista
Wu Tao Tzu, da dinastia T'ang

Confúcio é personagem central na cultura chinesa, qualificado como pensador, estadista e educador. Os Analectos refletem, justamente, essas três dimensões ao transmitir preceitos de filosofia, política e educação. Todas elas são alinhadas à ideia de um Dao, isto é, uma senda ou caminho. Segundo o filósofo Zhu Xi (1130-1200), um dos principais comentadores do confucianismo, Os Analectos serviriam para a preparação do indivíduo no caminho para se tornar um sábio e governar a sociedade.

"Num plano mais profundo, Os Analectos nos permitem conhecer e entender a mentalidade chinesa”, comenta Sinedino. “Nessa obra vemos por que são tão caras aos chineses questões como tradição, valores familiares, autoridade, hierarquia, respeito ao estudo e apego aos símbolos de poder”, diz.

O legado de Confúcio, segundo os estudiosos, fundamentou a vida política do povo chinês por 2.500 anos. Atualmente, embora Os Analectos ainda sejam lidos e decorados pelos chineses, a influência mais profunda do texto está na forma como a sociedade chinesa se organiza, e mesmo nas instituições políticas, “de maneira que é impossível compreender a China sem um conhecimento sólido do que está nesta obra”.

Filosofia e intuição
A China teve um desenvolvimento intelectual afastado de influências ocidentais até o século 17. “O pensamento chinês não parece ser orientado pela razão (o logos, tão caro aos gregos), mas sim por uma forma peculiar de reflexão que alia intelecto e sentimento, o que poderíamos chamar de insight”, explica Sinedino.

Ele diz que, muitas vezes, a leitura não é voltada a um entendimento sistemático do que se lê. Na verdade, ela visa o despertar da intuição individual, algo muito peculiar à cultura chinesa. “Não existia a expectativa de que o pensador chinês defendesse discursivamente suas ideias, apresentando razões dialeticamente”, escreve o diplomata. Exatamente por isso, o filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) criticou Os Analectos por sua “simplicidade” e “falta de profundidade”.

“De fato, veremos que a maior parte das passagens é crua e direta, frequentemente parecendo ser pouco mais que um truísmo”, aponta Sinedino. “A crítica de Hegel desvela diferenças significativas que existem entre o pensamento ocidental e o chinês.” 

Escritos arcanos e o périplo das traduções
A nova tradução de Os Analectos foi lançada no Brasil com apoio do Instituto Confúcio. É verdade que já existiam duas outras versões em português, mas uma muito aparentada a versões francesas e a outra feita a partir de edições em inglês. Além disso, ambas se limitaram a traduzir os aforismos, ignorando os comentários interpretativos, fundamentais para o entendimento da obra.

Aliás, é exatamente essa omissão – a ausência dos comentários – que compromete a maior parte das traduções de Os Analectos para línguas ocidentais. Disso resulta “a sensação de superficialidade para uns leitores, e a simples incapacidade de se entender o texto, para outros”, diz Sinedino. “A tradição de comentários chega a ser tão importante, hermeneuticamente, quanto o texto clássico.” Na verdade, explica o tradutor na introdução, “o pensamento chinês pode ser entendido como uma tradição de comentaristas”.

Em tempo: se você acha que encontrará um texto difícil e hermético, não se preocupe. Sinedino garante que “a tradução é voltada ao leitor em geral, sem conhecimento aprofundado da língua e cultura chinesas”. De fato, a leitura não só é aprazível, como também fluida e assaz enriquecedora.

LivroOs analectos. Confúcio. Giorgio Sinedino (tradutor e coordenador). São Paulo, 2012, Editora Unesp

Fonte: Ciência Hoje

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ufano-me e não abro mão das fendas; BH, 01601102012; Publicado: BH, 01601102012.

Ufano-me e não abro mão das fendas
Abertas das águas que inda singram nos
Rostos das naus; a História, bela História,
Deusa imortal dos homens, conta-me as
Batalhas navais; conta-me as viagens
Marítimas, os amores marinheiros, as guerras
Que não acabavam mais; meus homens
Destemidos que tornaram os Continentes
Pequenos, que limitaram a linha do
Horizonte; meus homens de olhares agudos,
Que avistavam de longe as bandeiras amigas
E as inimigas; às armas, às armas, alerta,
Piratas de vento em popa; preparar para
Atracar; canhões, mosquetões, sabres, espadas,
Cordas, pranchas, lutas; bebamos o sangue,
Aos vitoriosos o sangue arterial quente;
Bebamo-lo todo; a escorrer pelo céu
Sedento da boca; bela História de homens
Continentais; ufano-me, não abro mão;
A História é minha, meus heróis, domadores
De monstros, titãs, piratas carniceiros; oiço
Os gritos das imprecauções, das dores dos
Dentes arrancados à bruta; ouço o grito das
Dores dos membros amputados; meus
Guerreiros de naves voadoras, às velas
Infladas, o vento poderoso faz leve a
Embarcação de toneladas e muitas vezes
Todo o casco sai à flor d'água, que ela
Quer flutuar; História à vista, louvemos
Com altos louvores, é a História Sagrada
Da nossa Civilização: avante, avante sempre.

Empresarial Nicolau Jeha, 19; BH, 01601002012; Publicado: BH, 01601102012.

FHC, vulgo Fernando Henrique Cardoso, carrega o
Honorável título, de pior presidente da
República Federativa do Brasil; por mais
Que o PIG, Partido da Imprensa Golpista,
Seus colonistas, seus calunistas, porta-vozes
E profetas do caos tentam negar, não há jeito,
Esse título é do FHC, vulgo Fernando Henrique
Cardoso, ninguém pode negá-lo; conseguiu a
Façanha de ser pior que Collor, Fernando
Afonso Collor de Mello e José Sarney,
Juntos; cínico, desrespeitoso, omisso, corrupto,
Entreguista; aquela foto, com FHC na frente de
Bill Clinton, com as duas mãos nos ombros
De FHC, e FHC com a língua de fora, igual a um
Cachorrinho, é duma submissão e demonstra
Toda a pequenez de FHC, vulgo Fernando Henrique
Cardoso; não há, na recente história da
República Federativa do Brasil, ser mais
Abjeto; entre os demotucanos ganha de
Disparada e está na mesma linhagem de José
Serra, Aécio Neves, ACM Neto, Arthur
Virgílio, Agripino Maia, Sérgio Guerra,
Roberto Freire; um serpentário, onde fica-se
Sem saber qual a pior serpente; mas FHC,
Vulgo Fernando Henrique Cardoso, deve ganhar em
Rejeição; infelizmente a FHC resta o PIG,
Partido da Imprensa Golpista, ninho da mídia
Corrupta nacional, que sustenta e é sustentada
Por esse serpentário lesa-pátria e inimigo
Do povo trabalhador brasileiro.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Em Cima da Hora 1976 - Os Sertões; BH, 01201102012.

Marcado pela própria natureza
O Nordeste do meu Brasil
Oh! Solitário sertão
De sofrimento e solidão
A terra é seca
Mal se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida e triste nesse lugar

Sertanejo é forte
Supera miséria sem fim
Sertanejo homem forte
Dizia o poeta assim

Foi no século passado
No interior da Bahia
O Homem revoltado com a sorte
Do mundo em que vivia
Ocultou-se no Sertão
Espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei
Que a sociedade oferecia

Os Jagunços lutaram
Até o final
Defendendo Canudos
Naquela guerra fatal

Patagônia, 1155, 1; BH, 01901202011; Publicado: BH, 01201102012.

Aninhei meu muso nenúfar em meu colo, no
Meu regaço, nibelungo sem os anéis de
Saturno; dormiu de boca semiaberta a
Arfar levemente ao reverberar o zumbido
Do sono; elfo das profundezas, Cérbero dos
Subterrâneos, mereço tal riqueza? meu
Fauno ajeita-se em mim, a bela cabeça
Em meu peito dorme, toda formatura
São de ossos desenhados nos mármores mais
Bem classificados por Michelangelo; a pele
É de puro marfim; não durmo para não acordar
Minha pedra rara; não sonho para não ter o
Pesadelo de não vê-lo aqui, a envolver-me
Possessivo; adivinho suas intenções e quando
Não murmura ou sussurra regato, riacho a
Descer uma serra sem pressa; quando não,
Meu girino sacode-se e tenho que realizar
Desejos e ânsias; não posso mover-me,
Passivo, e rememoro nas lembranças,          
Recordações e nas memórias, os motivos que
Não me levaram a consagrá-lo aos deuses
Conhecidos e desconhecidos, com fiéis e sem
Fiéis; aos deuses nus e aos vestidos fiz
Orações, rezas, oblações; fiz beberagens,
Reverências e confidências, mas o meu único
Reverendo continua perdido, em seu ninho a
Chocar-me, como se quisesse gerar filhotes;
Arrulha como um arroio que passeia pelos
Bosques, e fecho-lhe a boca, mas não devo, é
Por ali que vive; respira, e é por ele que
Vivo ou vegeto, não sei bem o que sei; quem
Sabe tudo é ele que não sabe nada; um ser abstrato, uma poesia
Concreta, uma chuva oblíqua, uma nau, mas
Infeliz e que se for para o mar, não volta, e se
Não voltar, para mim, nunca será no mar manhã.

domingo, 11 de novembro de 2012

Patagônia, 927, 29; BH, 0801202011; Publicado: BH, 01101102012.

Conta para mim quantas ondas,
De mares e oceanos, já bateram
Nas praias do universo, desde que
O universo é universo; de cada
Onda dessa, com nome e especificação,
É que surge as poesias do meu coração;
Cada espuma quebrada na areia,
E de cada duna formada pela areia,
Cada tempestade de areia que
Move os desertos de lugar, conta
Para mim quantos são os grãos
Que formam esses desertos que
Perambulam pelo universo, desde
Que o universo é universo; pasmei
Sorumbático e meditabundo a
Meditar por um segundo, para não
Perder a reflexão, com o comboio
Do meu coração; olhei para o centro
Da palma de minha mão e
Descobri o quanto estou distante
De mim por me faltar essa informação;
É essencial à minha sobrevivência
A saliência deste poema, a libido
Desta ode milenar com raízes
Infinitas; quem me olha com esse
Olhar cintilante ali detrás daquele
Murundu? é o boi da cara preta?
É o João corta pau ou Maria
Faz angu ou Pedro vai à feira
Comprar o caruru, caruru está
Ensoado de tanto apanhar, a
Minha infância quer voltar a
Dormir, já; e não tem mais
Medo de careta, não precisa mais
Apanhar, dorme nos braços deste
Sublime poema, feito menina moça,
Nos braços do namorado.

sábado, 10 de novembro de 2012

Mocidade, Bye, bye Brasil beijim. beijim; BH 01001102012.

Bye bye Brasil, beijim, beijim, beijim
Encanta a Mocidade assim
E canta Mocidade
A constituinte Independente
Dividiu a nação naufragada
Em sete "brasiléias" encantadas
O progresso despontou
E o cruzeiro se valorizou

E hoje nem saudades
Daquele Brasil que ficou (que ficou)
E hoje nem saudades
Daquele Brasil devedor

Tchau cruzado, inflação
Violência, marajás, corrupção
Adeus à dengue, hiena, leão

A era nuclear
Usina, rio, mar
Itapuã, Iracema
Iguarias de Itamaracá
E bate-bate de maracujá
Paulo Afonso, Juazeiro
Padre Cícero, Petrolina que reluz
Pedras preciosas, mulatas, gol "gay"
Vinho enlatado e o gado revoltado
O chimarrão, como exportei
O ouro de serra pelada
O PI como gritava, rock outra vez
Divinamente, o salvador surgiu
Dando um toque diferente:
Alô, bye, bye Brasil

Bye bye Brasil, beijim, beijim, beijim
Encanta a Mocidade assim

Mangueira, Jobim Tom, 1992; BH, 01001102012.


É carnaval, é a doce ilusão, é promessa de vida no meu coração
É carnaval, é a doce ilusão, é promessa de vida no meu coração
Mangueira vai deixar saudade quando o carnaval chegar ao fim
Quero me perder na fantasia que invade os poemas de Jobim
Amanheceu, o Rio canta de alegria
Aconteceu a mais linda sinfonia
O sol já despontou na serra, molhando o seu corpo sedutor
O mar beija a garota de Ipanema, a musa de um sonhador
O mar beija a garota de Ipanema, a musa de um sonhador
É carnaval ... (Mas vem ... )
Vem, vem amar a liberdade, vem cantar e sorrir, ter um mundo melhor
Vem, meu coração está em festa, eu sou a Mangueira em Tom maior
Salve o samba de terreiro, salve o Rio de Janeiro, seus recantos naturais
Se todos fossem iguais a você, que maravilha seria viver

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Império Serrano, 1976, A Lenda das Sereias; BH, 0801102012.

O mar, misterioso mar
Que vem do horizonte
É o berço das sereias
Lendário e fascinante
Olha o canto da sereia
Ialaô, Oquê, Ialoá
Em noite de lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com a doce melodia
Os madrigais vão despertar

Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz ela semeia

Toda corte engalanada
Transformando o mar em flor
Vê o Império enamorado
Chegar à morada do amor

Oguntê, Marabô
Caialá e Sobá
Oloxum, Inaê
Janaína e Iemanjá
São Rainhas do mar

Mangueira 1988 - Cem anos de liberdade, realidade e ilusão; BH, 0801102012.

                                               



Dm Gm C7 F
O negro samba negro joga capoeira
Dm Gm C7 F
Ele é o rei, na verde e Rosa da Mangueira
Dm Gm C7 F
O negro samba negro joga capoeira
Dm Gm C7 F C7
Ele é o rei, na verde e Rosa da Mangueira, será?
F
Será que já raiou a liberdade
Dm Gm
Ou se foi tudo ilusão
Gm7 Gm
Será, que a lei Áurea tão sonhada
C7
Há tanto tempo assinada
F
Não foi o fim da escravidão
Cm Ebm D7 Cm Ebm D7
Hoje dentro da realidade, onde está a liberdade
Cm D7 Gm D7
Onde está que ninguém viu
Gm C7 F
Moço não se esqueça que o negro
F7 Dm Gm C7 F D7
Também construiu, as riquezas do nosso Brasil
Gm C7 F
Moço não se esqueça que o negro
F7 Dm Gm C7 F C7
Também construiu, as riquezas do nosso Brasil, pergunte
F Gm C7 F
Pergunte ao Criador,pergunte ao criador quem pintou estaaquarela
Dm Gm
Livre do açoite da senzala
C7 F C7
Preso na miséria da favela,
F Gm C7 F
Pergunte ao Criador,pergunte ao criador quem pintou estaaquarela
Dm Gm
Livre do açoite da senzala
C7 F C7
Preso na miséria da favela, sonhei
F Gm
Sonhei....que Zumbi dos Palmares voltou
C7
A tristeza do negro acabou
F Dm
Foi uma nova redenção
Gm C7
Senhor, ai senhor
F
Eis a luta do bem contra o mal
Dm Gm
Que tanto sangue derramou
C7 F D7
Contra o preconceito racial
Gm C7
Senhor, ai senhor
F
Eis a luta do bem contra o mal
Dm Gm
Que tanto sangue derramou
C7 F D7
Contra o preconceito racial
Gm C7 F
O negro samba negro joga capoeira
Dm Gm C7 F 

Mocidade 1992 - Sonhar Não Custa Nada! Ou Quase Nada; BH, 0801102012.

Sonhar não custa nada
O meu sonho é tão real
Mergulhei nessa magia
Era tudo que eu queria
Para esse carnaval
Deixe a sua mente vagar
Não custa nada sonhar
Viajar nos braços do infinito
Onde tudo é mais bonito
Nesse mundo de ilusão
Transformar o sonho em realidade
E sonhar com a mocidade
É sonhar com o pé no chão

Estrela de luz
Que me conduz
Estrela que me faz sonhar

Amor, sonhe com os anjos (não se paga)
Não se paga pra sonhar
Eu sou a noite mais bela
Que encanta o teu sonho
Te alucina por te amar (amar, amar)
Vem nas estrelas do Céu
Vem na lua de mel
Vem me querer

Delírio sensual
Arco-íris de prazer
Amor, eu vou te anoitecer

Eu vejo a lua no céu
A mocidade a sorrir
De verde-e-branco na sapuca

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Patagônia, 927, 28; BH, 0801202011; Publicado: BH, 0201102012.

Sem agonia, amigo, disse-me uma
Voz vinda das paredes dos mais
Nobres paredões das montanhas de
Mármore de Carrara; fechei os olhos
E tentei identificar pelo timbre
Do ciciar do sussurro misturado
Com o ar; quedei petrificado e
Outra mais parecida a um assobio
De pássaro: sem angústia, amigo;
Quem são essas vozes murmurantes?
Lá no fundo ouço, como se alguém
Estivesse a aprender a falar pela
Primeira vez: sem ânsia, amigo;
Pronto, agora não descubro mesmo,
Inda mais com todas essas sombras,
A cobrirem os espaços de léguas e
Léguas de noites; sem pânico,
Amigo, aqui onde tu estás, é o
Subterrâneo dos que querem galgar
Os abismos; ouvir um arfar de
Respiração, como se alguém pela
Primeira vez aprendesse a arfar
E a respirar; assustei-me em silêncio
De choques intergaláticos, e de
Vendavais de tempestades solares;
Uma leve névoa, então, esquivou-se
Numa frincha imperceptível à
Luz despendida das estrelas errantes;
Sem medo, amigo, todos são teus
Preferidos poetas a ditarem a ti,
As poesias esquecidas nos marfins;
São todas almas poetisas de profetisas
Sagradas com seus poemas imortais;
Olhei para atrás, lá vinha o dia a
Galopar trigais, os campos de milharais
E não acordei nunca mais.