segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O homem precisa parar de desabilitar-se; BH, 0210402001; Publicado: BH, 040202013.

O homem precisa parar de desabilitar-se
A si mesmo parar de tornar inábil a natureza
Inaptos planeta universo o homem
Quer desmoronar o planeta cair junto com
As árvores vir a pôr abaixo tudo que serve
À sobrevivência penso que o homem quer assim
Desencadear-se por não estar satisfeito 
Quer arruinar-se por maldade abater-se
Por não suportar a própria dor não
Fizemos coisa alguma para abaixar a aba do tal
Iremos desabar juntos por estarmos
A olhar o desabalizar inertes ao atropelar as balizas
Os marcos sem prestar atenção sem observar
Nasceu precipitado à toda a pressa desabalado
Não morrerá imenso não morrerá desmedido
Descomunal morrerá menor do que o menor
Dos seres menor do que o raciocínio do que
As sensações sentidos morrerá menor do
Que as vibrações precipitações sem corpóreas
Emanações por não desafogar-se não saber dizer
Nem manifestar o que pensa venha expor-se
Ao ar tirar o mofo da alma arejar o espírito
Venha descobrir a si próprio desabafar o ser
Sem desgalhar-se na chegada do inverno
Quero evitar que role ladeira abaixo
Que caia na encosta dum terreno
Em declive porém o homem já desabou já
Está desabado igual a chapéu de abas
Largas não direitas caídas ou o sem abas
Dês a formação desde o início começou o fim o desvir já
Fez as suas orações o daroês já rezou o dervixe
Religioso muçulmano já tentou anular as 
Forças malignas do homem forças que querem derruir
Ainda mais o frágil combalido homem
Querem derribar o mais superficial dos seres
Querem fazer abalar desmoronar a mais
Ineficiente expugnável falsa fortaleza (continua)

Do casamento nasceram os filhos as filhas; RJ, 0180701980; Publicado: BH, 040202013.

Do casamento nasceram os filhos as filhas
Uns morrem outros nascem vão vêm surgem uns outros
Tem que de vez em quando renovar o estoque
Mulher já tocou no assunto de filhos
Por várias vezes mas estou a adiar um pouco a ideia
É que ainda não tenho condição estrutura base para se ter filho
A mulher que aguente o galo por mais alguns anos
Mas a vez mesmo é dessa geração que vai surgir aí
Quem vai mandar gritar agora são esses novos
Guris novas gurias que estão a nascer cheios de vida
Saúde desde já deixo meu voto de muito amor paz
Muita saúde inteligência para todos 
Que alcancem uma langa vida cheia de vitórias
Realizações de felicidades
Caro amigo querido leitor continues a ler esta
Boçalidade que no fim do livro vais ter uma grande
Surpresa uma oportunidade para participar deste livro
Livro? continues a ler é que vou suicidar-me
Gostaria que me ajudasse a descobrir
Quem foi que me matou é por isso que
Não estou nem aí nem estou a ligar
Para o que estou a escrever
Quando me matar nós dois vamos dar uma de
Detetive tentar descobrir o autor do suicídio
Se não quiseres mandas um desconhecido em teu lugar
Não há problemas

É ruim rejeitar a religião; BH, 0200402001; Publicado: BH, 040202013.

É ruim rejeitar a religião
Só desaceitar a crença divina tem gente
Que não sabe desacavalar a ignorância
Se mantém um bruto acavalado com
O pensamento sobreposto à ideia de Deus
Tenho a consciência tranquila pois
Nunca o neguei se Deus pensar
Que mereço a salvação a terei
Será minha não gosto de desprevenir-me ou
De descuidar-me no andar de desacautelar-me
No que falar não porto-me igual a um espírito
Desacaudilhado Deus é meu caudilho
Chefe por isto não uso de desacato ou de
Desrespeito de atitude desrespeitosa com Deus
Não devemos nunca desacatar a Deus ou
Faltar com o respeito devido ou
Desrespeitar ou tratar com irreverência
Afronta ao Senhor ou do contrário
Irá nos desacasalar da vida ou
Irá separar os acasalados descasalar
Os que pensam que sabem viver em comunhão
Vamos nos desaçamar da vida
Material vamos desaçaimar da ambição
Desfazer as nossas camadas de pedras areia
Terras poeiras fazer com que não
Estejamos com o espírito acamado
Que não gosta de desacamar por desânimo
Solta o açaimo que te prende ao nada
Para que o ar atrevido mortal? inconveniente
Mortal vás livrar-te dos abusões dos teus
Preconceitos mortal queiras desabusar ou
Não irás germinar mais só pulular
Com os vermes ou desenvolver-se na podridão ou
Brotar igual a um putrefato crescer
Igual a um tumefacto é desabotoar ou é abrir
Brotar como uma flor ou desabrochar igual
A um botão há tempo de desabrolhar em flores
Meu irmão mortal estás a querer demais
Vejo principiar a manifestar-se em ti
O desabrochar das pústulas ou é desapertar o
Broche dos furúnculos da tua carne morta

PT:

Aceito a ajuda de qualquer um agora já sabes; RJ, 0180701980; Publicado: BH, 0290102013.

Aceito a ajuda de qualquer um agora já sabes 
Qual é a surpresa qual é a oportunidade que 
Vais ter para entrar nestes escritos ah não 
Queres não vale a pena sei então vou 
Esperar que outro queira vou combinar
O suicídio depois vamos procurar o assassino
Vai ser uma história policial muito divertida vou 
Pedir para ser o detetive se não tiver vaga vou 
Ficar a ser só o suicida mesmo o quê? estás a
Querer saber porque é que vou suicidar? ora 
Bolas todo mundo está a ver que não dá mais 
Para continuar a viver às vezes tenho até dúvidas
Se sou vivo mesmo ou se cheguei a nascer ou se 
Sou alma sombra ou um sonho juro juro que 
Não sei o que é que sou não sei se sou morto
Nem sei se sou vivo penso que às vezes chego 
Até a ser um cadáver podre a boiar nalguma 
Calçada penso que às vezes chego até a ser 
Uma barata estuprada seviciada numa noite 
Bem escura onde me encontrava drogada
Abandonada ou no esgoto da sarjeta penso 
Que às vezes chego até a ser aí penso que
Não penso volto a não pensar nada nem se 
Vou me suicidar no fim destes escritos é 
Porque estou desesperado me encontro no 
Mais alto grau do meu estado de desespero já 
Estou a delirar não sei mais o que digo o que
Falo o que escrevo o que faço não sei mais 
Nada não sei que o desespero me devora as 
Entranhas sei que os vermes me comem os 
Intestinos as doenças tomaram conta do meu
Sangue tudo se apoderou de mim saí de mim
Perdi-me perdi o meu eu que ficou estirado na 
Esteira tudo tomou conta de mim toda a parte 
Do meu todo foi roubada meu tudo foi destruído
Não pertenço mais a mim mesmo me sumi
Não me encontro mais me perdi na minha própria 
Lama comi as minhas fezes com o suor do meu 
Rosto não se salva mais nada em mim foda-se

Não quero que minhas entranhas sejam estranhas a mim; RJ, 0200701980; Publicado: BH, 0290102013.

Não quero que minhas entranhas sejam estranhas a mim
Quero conhecer-me conhecer minhas tripas minhas
Veias minhas cavidades tudo o mais que forma-me
Quero conhecer-me psicofisiologicamente quero 
Conhecer-me de todas as maneiras de todos os modos
De todos os lados de todos os jeitos de todos os 
Gestos de todas as partes de todas as manias quero
Conhecer-me preciso deste conhecimento interno
Externo preciso dessa força bruta nova dessa força 
Jovem reforçada não posso continuar a viver assim
Temerário de tudo inseguro intranquilo não gosto 
Nada da maneira como tenho levado a vida tenho que 
Levar a vida para outro extremo assim vou sair deste 
Anonimato deste esquecimento deste beco escuro
Vou sair deste catre desta latrina vou conquistar 
Novos horizontes aí vou sair deste esgoto desta 
Podridão vou enfrentar novos fogos novas vidas
Novas forças vou conhecer outras línguas outras 
Palavras outras letras culturas mais evoluídas mais 
Progressivas progressistas do que a minha o meu 
Negócio é o progresso a evolução mudança
Metamorfose revolução o meu negócio é ampliar as
Bases criar estruturas estabilidades para uma vida 
Melhor um futuro feliz promissor descarrego de tudo 
Aquilo que não me traz evolução desenvolvimento
Formação psíquica moral progresso e sabedoria
Quero derrubar todos os padrões antigos todos os 
Preconceitos complexos tabus quero derrotar todos 
Os misticismos todos os fanatismos superstições
Idiotices momices das filosofias religiões cultos
Crenças psicologias psiquiatrias parapsicologias
Cibernéticas das normas das leis teorias estudos
Psicanálises físicas químicas universais tudo o
Mais que existe na formação do mundo do universo
Quero queimar destruir todas as causas das loucuras
Das maluquices das doideiras dos estresses das 
Estafas neuroses esquizofrenias paranóias
Debilidades mentais nervosismos desesperos
Desgraças ruínas destruições tudo o mais que leva o
Homem o ser humano em geral à falta de amor de paz
À falta de calma tranquilidade de segurança serenidade

domingo, 30 de dezembro de 2018

Antes morrer a indispor-me com alguém; RJ, 0200402001; Publicado: BH, 0290102013.

Antes morrer a indispor-me com alguém
Ao malquistar-me imito até Rondon
 "Morrer se preciso for matar nunca"
O ódio faz agastar-se o ser a ira a irritar-se
O ente jamais vou desistir de ser feliz
Abandonar meus sentimentos emoções fé
Jamais quero abrir mão da alma sensações
Do espírito do pensamento ou desabrir-me
Com a inspiração a imaginação
Não procuro desproteger a mente nem
Desamparar a memória privar dum 
Abrigo deixar exposta ao tempo então
A lembrança nem pensar desabrigar o 
Cérebro nem ao brincar tenho o maior
Medo de transformar-me num inconveniente
Entro em pânico se chamarem-me de 
Insolente ou grosseiro ou rude não sou
Violento nem áspero nem desabrido
Posso passar por insensato posso passar
Por louco desabotinado mas sempre
Anseio desabrolhar a razão ou dizer sem
Reserva o que penso ao descerrar as cortinas
Mentais desprender do peito o coração
Desapertar o vestuário tirar das casas
Os botões a ficar nu a esperar com angústia
O desabotoar da florescência extrema
Desabordar assim a embarcação dos
Preconceitos ao abordar a liberdade ao
Voltar a adquirir autoridade o
Crédito depreciar o dizer de asneiras ou
Desacreditar as tolices desabonar o
Desabocar irreverente o desaboçar de
Bocas do boçal para que perca o 
Hábito a desacostumar-se de não
Apelar à inteligência a desabituar-se
A não buscar a sabedoria matar
Este costume ilógico ou esse desábito de 
Irracional de despovoar a cabeça
Deixar sem habitantes o crânio ao 
Desabitá-lo para o transformar 
Em fóssil de Neandertal

Não se espera mais nada de mim nem um grito sequer; RJ, 0180200701980; Publicado: BH, 0290102013.

Não se espera mais nada de mim nem um grito sequer
Se gritasse mas não consigo gritar se acordasse mas
Não consigo acordar não estou a dormir prova de que 
Não é sonho nem pesadelo se conseguisse viver mas
Não consigo viver prova de que já estou morto não 
Sei se vou conseguir suicidar-me morto não morre o 
Mais que vou fazer é dar trabalho para um montão de 
Gente vai ser até bom com essa crise de desemprego 
Que assola o país pode ser que precisem de alguém 
Para o meu enterro mas não vou querer enterro não vou
Querer ser enterrado nem queimado vou querer ficar 
Exposto ao sol ao vento ao mundo aos vermes aos 
Micróbios aos bichos aos homens aos animais à 
Chuva à natureza aos planetas às estrelas às luas
Aos urubus às feras à poeira aos escárnios aos 
Cuspes aos vômitos às fezes aos catarros aos 
Puses às remelas às melecas não vou querer ser 
Cremado vou querer ficar exposto às leis ao tudo ao 
Nada á noite ao dia às flores às velas aos 
Perfumes às fragrâncias em geral assim vou terminar 
Um dia este dia que comecei há dia que a gente não
Está com saco para nada hoje por exemplo não estou 
Com nada acordei de saco cheio aborrecido dormi 
Mal durante a noite acordei com certa dor nos rins
Estou a tentar matar o tempo ao escrever estas linhas
Não estou a conseguir há dia que a gente não consegue 
Nada na hora do café fiquei puto o pão da padaria onde
Compro estava uma verdadeira porcaria eta pão ruim
Nunca comi pão tão ruim em toda a minha vida nem 
Mesmo o que o diabo amassou vou parar de comprar
Pão naquela padaria estão a vender a bisnaga a Cr$5,00
Da pior espécie possível sai um pão feio azedo que 
Deixa a gente com azia empanzinado já tomei vários 
Copos d'água parece que o pão ainda não se dissolveu 
No estômago chega de comer esses pães que o diabo
Não amassou olha vou contar um negócio não conta 
Para ninguém não preciso dessa nova força preciso 
Renovar as minhas entranhas o meu organismo olha
Preciso renovar o meu metabolismo preciso fortificar
O meu ser a minh'alma meu espírito entidade ente

Não escrevo mais por inspiração; BH, 070702002; Publicado: BH. 0150902010.

Não escrevo mais por inspiração
A poesia acabou morreu a imaginação
Não escrevo mais por criatividade
Tudo nasce agora como se fosse estereotômico
Parece estereotomia a arte de dividir
De cortar com rigor os materiais
De construção é um estereótipo duma
Anti arte uma falsa impressão de estereotipia
Um falso clichê estereotípico não existe
Como rotular não dá para denominar
Acabou-se a estereotipagem do classicismo
Enterraram a cultura as belas artes as
Obras-primas a mídia não tem mais o
Conceito estereostático pende só do lado
Da mediocridade esquece o teor da
Esterostática parte da Física que
Trata do equilíbrio dos corpos sólidos
Use esta teoria quando fizer algo
Idiota faça também algo genial
Para contrabalancear para equilibrar
É impossível viver só de futilidades
Inutilidades vácuos culturais
Vamos tirar algo novo do estelo vamos
 Tirar algo de bom para a vida do nosso
Chamado cilindro central igual a
Planta tira o seu sustento da parte
Interna do caule das raízes assim
Criar um estema real para a humanidade
Colocar uma coroa na cabeça de cada ser humano
Uma grinalda de louros tal a dos vencedores
Vestir a raça humana com uma nova
Linhagem de árvore genealógica
Não gosto mais de escrever como um que
Pratica o estelionato detesto ser um
Falsificador mas foi assim que a tal
Sociedade me criou não sou estrelado
De sucesso não vou ao consumismo em
Que há estrelas não tenho um comportamento
De ser estelífero que brilha como as estrelas
Sou pobre apagado nada estrelante
De conhecimento esterno de saber estreito
Morro de estenocardia a angina do peito
Só por pura ignorância não aprendi
A pensar acentuou-se a estenocefalia
Virei um ser estenocéfalo que por não
Ser pensante tem a cabeça estreita

sábado, 29 de dezembro de 2018

Poeta moderno; BH, 01º0302008; Publicado: BH, 01/0902010.

O poeta nos dias de hoje tem que ser
Drástico inusitado caótico um poeta jamais
Seria um político um padre ou um pastor a 
Não ser que seja um pastor propriamente dito
Pastor de ovelhas com seu cão sua flauta
A tomar conta do seu rebanho hoje os que
Mais envergonham a sociedade o povo a nação o
País são políticos padres pastores salvo algumas
Raríssimas exceções por isso procura-se um poeta
Não encontramos uns são políticos estão em academias
De letras outros são padres outros ainda estão à
Frente de igrejas evangélicas antigamente poeta
Estava ao lado do povo para lutar pelo povo para o
Povo elucidar libertar livrar da ignorância
Da estupidez para combater a total insensatez
Contra o povo dar respostas soluções para
Os anseios do povo viver das mamatas das mordomias
Tais párias tais parasitas tais répteis como vivem nos
Dias de hoje juízes desembargadores ministros de tribunais
Supremo superiores não coaduna com a vida do poeta
Um poeta de verdade jamais sugaria um povo como o nosso
Desprovido de tudo desprivilegiado em tudo porém não
Ingênuo bom lutador honesto pronto a acreditar
Sempre que a vida vai melhorar só que não sabe
Que a burguesia não deixa a elite não deixa
Os representantes delas aboletados nos poderes
Legislativo executivo judiciário farão de tudo
Para não legar ao povo os direitos humanos a soberania
A cidadania os benefícios as benesses só servem para
Eles eternos marajás vis corruptos sórdidos corruptores
Sonegadores prevaricadores poeta tem que ser libertador
Quebrar os grilhões da desigualdade da exploração
Romper com a injustiça da justiça pregar a ruptura
Com esse legislativo que só legisla em causa própria
O poeta é a indignação a vergonha que faltam
Às autoridades aos dirigentes que se escondem em
Carros blindados atrás de guardas armados enquanto o
Povo segue sem educação sem saúde sem transporte sem
Moradia sem segurança sem justiça vítima das propagandas
Enganosas campanhas políticas astronômicas que só resolvem
A vida dos candidatos pau neles poeta

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Livros; BH, 0230202008; Publicado: BH, 0110902010.

Penso que só com os livros mais livros quantos forem
Necessários será melhor pois quem tiver acesso a um bom
Livro para ler com certeza não irá assaltar o leitor
De livros o ledor inveterado diante de matar ou de
Roubar optará em ler qual é a causa de tantos
Políticos (vereadores deputados senadores governadores
Ministros prefeitos secretários) é justamente a falta
De leitura preparo dialética poética princípio moral
Ética lógica qual é a causa de tantos corruptos corruptores
Corrompidos sonegadores prevaricadores é simplesmente da falta
Dum bom livro de acesso se tivessem o hábito de
Leitura teriam o hábito da boa conduta do decoro da
Honestidade aquela máxima de que um país se constrói
Com homens livros jamais poderia ter sido desusada
Esquecida ou deixada de lado no limbo homens realmente
Nós já não temos ainda com o agravante da falta de livros
O país nunca será construído a atual casta de homens
Públicos principalmente que existe é a pior que
Já se viu no país descarados parasitas párias demagogos
Hipócritas sanguessugas faltam até adjetivos para
Enquadrarmos a classe política que nos representa hoje
Atualmente Sócrates Platão Aristóteles Sêneca se
Vivessem já teriam morrido de desgosto com a gente
Penso que nos dias de hoje com a tal situação moderna
Se revoltem em seus túmulos nada de novo existe
Debaixo do céu em cima da terra na natureza nada se
Cria nada se perde tudo se transforma na literatura
Tudo se compila na poesia nada se exclui nem mesmo
Nossa safra de jovens sem perspectivas sem referências
Sem futuro a salvação são só os livros livros mais
Livros cultura filosofia viciá-los na leitura afastá-los das
Drogas da violência da religião da injustiça só assim
Vem a dignidade moral elevado amor-próprio só assim
Se combate a depressão o complexo a apatia o
Desânimo a perda de rebeldia por isso livros leitura
Sadia discernimento saber entendimento compreensão
Vinde meninos ao vade mecum livros nas mãos

RAP do HIP HOP; BH, 090502004; Publicado: BH, 0110902010.


Mano desbloqueia desbloqueia tua mente não é com
Cachaça nem é com aguardente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente não é com
Maconha nem com detergente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente não é com
Cocaína usa outro ingrediente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente deixa de ser
Indiferente passa a ser gente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente faça menos
Por ti muito mais por tua gente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente não olhe só
Para atrás passe a olhar para frente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente mostra para
O mundo o que é que sentes
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente mantenha-te
Vivo não dês uma de valente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente regue bem o
Teu solo espalhe boa semente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente uses a ética
A razão deixes de lado o solvente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente afastes o lado
Ignorante deixes livre o inteligente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente não tenhas só
Vergonha de mostrar ao mundo que és diferente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente mantenha-te alerta
Não cometa em tua vida nenhum acidente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente olha o céu azul
Uses teu magnetismo sejas mais influente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente sejas incomum
Fujas da apatia pregues a rebeldia
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente exercites todo
Dia tua poesia de sobrevivente
Mano desbloqueia desbloqueia tua mente

Fernando Pessoa, Poema do Amigo Aprendiz; BH, 070902010.

Quero ser o teu amigo.
Nem de mais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida.
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for fora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso
É tão difícil aprender.
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias.

Preciso aprender pôr na minha cabeça; BH, 0280290702001; Publicado: BH, 0110902010.

Preciso aprender pôr na Minha cabeça
Que têm males que vêm para o bem
Que ter esperança paciência são os
Segredos para superar a angústia da
Espera da incerteza se pudesse
Falar com Deus de espírito para
Espírito tivesse a certeza de que
Iria ser ouvido diria para Deus
Abençoes a natureza as árvores as 
Aves livras Deus o nosso mundo do
Imundo da  poluição da destruição
Afastas do nosso planeta a devastação
Protejas os passarinhos as crianças
As menininhas os menininhos mas a 
Única coisa que ponho na cabeça é que 
Deus não irá me escutar a única coisa 
Que aprendo é não acreditar é achar 
Que não temos mais salvação morro 
De angústia de depressão morro de 
Remorso de sentimento de culpa
Morro de medo de covardia por levar 
Uma vida sem sentido sem razão morro
Por não atingir a virtude nem a verdade
Nem a libertação morro por ser o culpado
Fazer parte do pacto da destruição
Preciso aprender pôr na cabeça não 
Importa de quem seja que o caminhar da
Humanidade pode ter uma direção uma
Mão sem contra-mão um bem para
Acelerar o coração

Não importa o que quero mesmo; BH, 0300702001; Publicado: BH, 070902010.

Não importa o que quero mesmo
É oportunidade para ler para 
Escrever ouvir música no rádio
Contentar-me com o que me faz 
Feliz penso que quero muita 
Coisa de vez em quando beber
Algumas cervejas dormir um
Bom sono reparador aguardar
O dia em que recuperar o tesão
Para fazer amor com a
Mulher que mora comigo não
Quero muita coisa não tenho
Medo de ser chamado de
Ambicioso a covardia me
Impede de ser orgulhoso
De ter cobiça inveja não importa
O que quero mesmo é imortalizar
Os meus três filhos em poemas em
Poesias mesmo que não sejam
Obras fenomenais primas clássicas
Mesmo que não sejam obras eruditas
De valor literário lírico que
Sejam simplórias piegas o que
Quero é imortalizá-los é deixar os 
Nomes gravados para a
Posteridade quanto ao meu nome
Podem esquecê-lo peço que meu
Nome seja varrido do mapa
Apagado da história peço que
Meu nome não seja gravado nem
Na lápide onde meu corpo apodrecer

Já trago os meus dedos agarrados à minha garganta; BH, 030702001; Publicado: BH, 070902010.

Já trago os meus dedos agarrados à minha garganta
O passado os aperta cada vez mais tenho as minhas pedras
Na minha consciência dia após dia estão
Mais pesadas não as suporto a ponto de
Nem sustentá-las até fundem a minha 
Nuca para atrás é um peso de chumbo
Dalgo que não consigo explicar é muito
Escuro como se alguém acabasse de
Seccionar a minha jugular continuo a
Arrepender-me de tudo continuo a achar
Que tudo é pecado que no final da conta
Não sobrará nada para mim que o prejuízo
Será sempre meu acabo por esquecer de 
Todos os fatais prejuízos que já dei aos meus
Semelhantes dos abusos que já cometi
Das agressões injustiças violências
Humilhações se obtiver todas as
Oportunidades para pedir desculpas
Perdão ainda serão poucas pois a
Esperança que tenho é em saber que
Não mereço retratação não mereço
Consideração de ninguém todos
Quando passam a me conhecer a fundo a
Tomar conhecimento do meu passado
Rapidamente se afastam de mim
Fogem para longe refugiam-se não sei 
Onde tão rápido quanto o escuro foge da luz

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Manifesto à humanidade; BH, 0100902010; Publicado: BH, 0110902010.

Humanidade preciso deixar um
Manifesto à humanidade espero
Que seja um manifesto carregado
De esperança de amor paz estamos
A perder nosso tempo a envelhecer
Deixar para atrás a nossa
Modernidade por mais que vivamos
Deixamos de aprender a viver
Na vida não apresentamos
Nenhuma novidade cada
Um comporta como se trouxesse
Dentro do peito sua era medieval
Particular quando não é na
Religião é na política ou
Na educação ou na cultura
Quando não é no preconceito
É no fanatismo na violência
Ou no terrorismo com esse
Comportamento nos levamos a
Viver a nos viver pouco o
Que acontece é a morte
Prematura a morte densa
Total sem vestígios vestidos
Nua aquém da ideia do
Ideal duma morte ideal
Humanidade morrer assim
É preferível não morrer não
Ser eterno nem ter eternidade
Deixo este manifesto para a posteridade
Para fazer parte do meu testamento
A saber que veio dum lugar que
Não pode ser chamado de depósito
Infinito de coisas inúteis

Busco civilidade no cotidiano; BH, 0100902010; Publicado: BH, 0110902010.

Busco civilidade no cotidiano
Vejo que encontro pouca no
Nosso meio ou talvez nenhuma
Passou a fazer parte das coisas
Raras como a educação o
Humanismo quem faz
Questão de demonstrar hoje
Esses comportamentos se sente
Como pessoa deslocada ou um
Quadro fora de lugar a moda
É ser ao contrário primeiro
Que a sociedade está a se
Transformar tanto a perder
Tanto contato que nem temos
Com quem desfrutar boas maneiras
Vivemos carregados de coisas vazias
Não fazemos questão de nada
Que nos eleve a um patamar
Sublime uns pensam que só a
Enganação da religião os resgatará
Do meio dos outros que não se
Deixam enganar já estão salvos
Já estão no céu cometem em
Vida todo tipo de arbitrariedades
Hipocrisias imagino que sejam
Os mais infelizes os piores tipos
De pessoas quando se afogam
Estão a se debater agarram-se
Aos seus bens vão para o fundo
Juntos o que também não
Deixa de ser a maior falta de civilidade
Agarram-se aos bens perdem a vida