Não consigo falar a respeito do amor
Cantar solfejar ou salmodiar penso o Brasil
Minha cabeça fica desnorteada perco o rumo
A direção viro cego perdido em tiroteio não
Sei o que estar para acontecer é a burocracia
A emperrar a democracia imperam o medo
A violência a covardia impera a injustiça
Criança fora da escola trabalho escravo
Prostituição infantil pedofilia corrupção
Acabaram-se educação cultura habitação
Não temos saúde batemos palmas não temos
Transporte achamos graça rimos à toa de qualquer
Coisa mesmo que não nos cause graça vejo
Tudo com tristeza melancolia sofrimento
O povo não reage não defende seus interesses
Nem luta por seus direitos nasceu só para
Sustentar a classe política a burguesia a elite
O povo nasceu só para pagar ser cobrado apanhar
Assim não dar para aguentar acaba o amor acaba
O canto acaba o salmo até a poesia acabará os
Únicos que são felizes são os políticos que se aboletam
Nas costas do povo são carregados nos ombros da nação
Sugam todos os nossos benefícios têm foros privilegiados
Benesses na justiça brasileira que também só nos
Causa vergonha a policia também é uma tristeza
Só se ocupa do pobre miserável do negro do marginalizado
A impunidade não tem limite o rico poderoso
Mata rouba sonega nada acontece com já
O povo não tem o direito nem de ficar indignado para
O povo é o circo armado nem ao pão tem acesso
Falta-lhe trabalho emprego o serviço público é só
Para quem pode pagar para quem tem algum para dar
Por fora ou do contrário mofa na fila na demora
Falar em ética virou demagogia comportamento
Adequado decoro princípio moral o Brasil conseguiu
Acabar com tudo isso o povo já nem se ufana mais
De ser povo já nem espera mais encontrar o amor
A paz o canto o cântico o solfejo o salmo a gentileza
A harmonia a irmandade todo mundo quer é um
Cantinho mesmo que seja de vereador o pudor?
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