terça-feira, 30 de maio de 2017

Ao povo trabalhador brasileiro; BH, 0100402017; Publicado: BH, 0300502017.

Ao povo trabalhador brasileiro
À nação trabalhadora brasileira
Que anestesiadamente vegeta essa
Eutanásia que bovinamente segue as
Explanações da rede globo de televisão de
Esgoto cegamente acompanha as reporcagens
Do pig o partido da imprensa golpista ao povo
Trabalhador brasileiro que teve os direitos
Cassados perdeu a cidadania a soberania
Nacional a democracia ao povo trabalhador
Brasileiro que levou um brutal golpe de estado
Que acha normal a situação do país chama
O usurpador corrupto propineiro de presidente
Quando o cara é um traidor um exterminador
De direitos sociais um golpista de mancheia
Um entreguista lesa-pátria verdadeiro bandido
Sem um pouco da acanhamento ao povo
Trabalhador brasileiro que rumina passivamente
Na letargia enquanto nossos indígenas são
Exterminados suas terras griladas quilombolas
São desmoralizados por quem deveria protegê-los
Conservá-los respeitá-los ao povo trabalhador
Brasileiro que hienamente compactua-se com
As risadas do misógino homofóbico xenófobo
Racista do pseudo justiceiro que faz a justiça
Com as próprias mãos dos políticos da
Camarilha dos deputados dos senadores
Desse congresso que tanto nos envergonham
Ao povo trabalhador brasileiro vilipendiado
Por uma justicinha representada por um supremo
Tribunal federal que não merece um sopro de
Respeito nem ser chamado de egrégio nem
De que é composto por pessoas de reputações
Ilibadas ou notório saber ao povo trabalhador
Brasileiro que é contra o trabalhismo não é
Trabalhista detesta os trabalhadores
Aqui jaz insepulto eternamente junto
À nação trabalhadora brasileira

segunda-feira, 29 de maio de 2017

KPMG Auditores Independentes INFORMA:

“Em resposta ao ofício supra, a KPMG Auditores Independentes vem, respeitosamente, à presença de V.Exa, esclarecer que, durante a realização de auditoria das demonstrações contábeis da Petrobras, que abrangeu os exercícios sociais encerrados no período de 31.12.2006 e 31.12.2011, efetivada por meio de procedimentos e testes previstos nas normas profissionais de auditoria, não foram identificados pela equipe de auditoria atos envolvendo a participação do ex-presidente da república, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, na gestão da Petrobras que pudessem ser qualificados como representativos de corrupção ou configurar ato ilícito”.

Saudades da Presidenta Dilma Vanna Rousseff; BH, 0290402017; Publicado: BH, 0290502017.

Saudades da Presidenta Dilma Vana Rousseff
Deposta num golpe de estado pelo vil usurpador
Propineiro michel temer em conveniência com
O pseudo judiciário golpista o congresso
Nacional golpista nas figuras da camarilha dos
Deputados golpista do senado golpista composto
Por corruptos nessa quadrilha poderosa
Pior do que todas as máfias bota-se a cumplicidade
Da mídia nos comparsas do crime organizado
A formação governamental da plutocracia
Transformada numa cleptocracia não há
Um único pudibundo nessa prebenda
Pública terminada numa suruba o povo
Trabalhador brasileiro anestesiado letárgico
Com poucas raras exceções não mais
Reivindica o restabelecimento da Ordem
Progresso ou tomamos de assalto Brasília
Ou Brasília continuará a nos assaltar
Ininterruptamente inconstitucionalissimamente
O covil no qual se transformou o Brasil
Com o fim da democracia a extinção dos
Direitos a aceleração do desemprego as
Bisonhices as bizarrices as morbidezes
Do michel temer só nos fazem sentir mais
Saudades da Presidenta Dilma Vana Rousseff
A qual um dia a História do Brasil Universal
Reconhecerão serão gratas eternamente

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Meus pêsames sentimentos condolências ao falecido senador aécio neves; BH, 0250502017; Publicado: BH, 0250502017.

Meus pêsames sentimentos condolências ao falecido senador aécio neves
Do PSDB Partido da Social Democracia Brasileira senador aécio neves
Juro sem demagogia que esperava uma punição drástica ao senhor não
Nego esperava ansiosamente por tua queda só não pensava nem imaginava
Que seria uma queda assim tão rasteira tão bem documentada com malas
De dinheiro vazamentos gravações de palavras chulas desrespeitosas
Que redundaram nos pedidos de prisões da tua pessoa por teus antigos
Serventuários companheiros meus do PT Partido dos Trabalhadores foram
Presos por muito menos sem flagrantes sem provas algumas sem
Depoimentos de testemunhas sem delações sem gravações sem contas no
Exterior sem mochilas recheadas de propinas sem acusações foram
Presos por domínios dos fatos por literaturas jurídicas ilações outras
Aberrações duma justiça que era totalmente conivente com o senhor te
Protegia caninamente seguia bovinamente tudo que ditavas manifestavas
Especulavas no PIG Partido da Imprensa Golpista a pontinha que despontava
Do teu mar de lama desvendou um gigantesco iceberg com ramificações de
Profundidades abissais teus dedos deram lugar aos tentáculos dum polvo
De tamanho descomunal que os mortais normais desconheciam totalmente
Devido à tua rede poderosa de aparelhamento tua política de anti informação
Sofri muito com as tuas posições manifestações contra Lula Luiz Inácio Lula
Da Silva a Dilma ex-presidenta Dilma Vana Rousseff injustamente perseguidos
Por teus pares principalmente por teus comparsas cúmplices Gilmar Mendes
Sérgio Moro que acabaram por enlamearem-se também juntos com o senhor
Senador aécio neves é triste ver um final assim tão devastador para um
Intocável porém o senhor sabia o que fazia devia esperar por isso da mesma
Forma qual a toda antes poderosa andréa neves tua fidelíssima irmã

segunda-feira, 22 de maio de 2017

As letras são poucas parcas as palavras menos ainda; BH, 0170402017; Publicado: BH, 0220502017.

As letras são poucas parcas as palavras menos ainda
Finitas porémas mensagens são carregadas de razão
Os pensamentos repletos de discernimento os sentidos
Cheios de percepção os atos engendrados de intuição
Os gestos entranhados do que é sóbrio os jeitos de quem
Leva sabedoria as alegorias decoradas com atavios de
Inteligência o aspecto de quem possui genialidade o
Teor do texto conciso com frases frescas períodos
Francos orações com corações abençoados metáforas
Consagradas a escrita sai assim livre de embutidos
Chinfrins enlatados ralos simplórios o sacripanta
Procura a perfeição quer contar a história em detalhes
Antes que acabem com a História lá aonde o tempo
Deposita as suas frustrações um dia alguém disse
Algo que vai parar o universo logo em seguida
Alguém disse algo que vai fazer o universo voltar
Para o lugar donde veio o universo obedecerá
Como um cordeirinho que vai com o pescoço para
O cutelo decepá-lo o laço do passarinheiro não
Prendeu nenhum passarinho só passarão os que
Cairão nas redes armadas tais as teias de cantos
Com aranhas devoradoras que espreitam pacientemente

O poeta é um animal em extinção; BH, 0160402017; Publicado: BH, 0220502017.

O poeta é um animal em extinção
Raro precisa ser preservado
Encontrar um poeta num bar seu
Habitat preferido é impossível
Aonde andam os poetas que
Ninguém sabe mais encontrar?
Viraram doutores graduados
Pós-graduados viraram autoridades
Magistrados imortais de academias
Viraram ministros secretários de
Estado embaixadores cônsules
Reis príncipes banqueiros
Empresários empreiteiros em
Suma falsos poetas pseudo
Bardos o poeta não é mais
Aquele mendigo andrajoso
Transbordante de ousadia afogado
Em grande fé paixão o poeta
Não é mais aquele desafiante de
Duelos batedor antagonista de
Espadas ferino arrogante
Amante apaixonado audácia à
Flor da pele com coragem cega
Tanto quanto a justiça dum
Indignado justo com o poeta
Extinto extinguiu-se o sarcasmo
A fina ironia do gênio da poesia a
Franqueza da verdade o desmascarar
Público da mentira do mentiroso
Com o poeta extinto extingui-se
O homem que não é mais encontrado
Com toda a luz do mais potente
Holofote juntamente com a luz
Do sol no zênite ou será que o
Poeta só sai à noite ou durante
As madrugadas a esconder suas
Pudibundas vergonhas de musas?

sexta-feira, 19 de maio de 2017

ÍNTEGRA DA NOTA DA PRESIDENTA DILMA VANA ROUSSEFF:

“A crise política, iniciada em novembro de 2014 com a recusa dos golpistas em aceitar o resultado das urnas, foi agravada pelo  impeachment fraudulento.
O Brasil continua sangrando com os retrocessos impostos pelo governo golpista. Agora está sem rumo, diante das graves acusações lançadas nos últimos dias.
Na democracia, a regra é clara: o poder emana do povo e em seu nome é exercido. Nenhuma eleição indireta terá a legitimidade para tirar o país do abismo em que foi mergulhado.
A única saída para a crise é eleições diretas, já!”

quinta-feira, 18 de maio de 2017

O PROTAGONISMO AGORA É NOSSO! WADIH DAMOUS

A gravíssima notícia de que o Sr. Michel Temer teria sido gravado por Joesley Batista ao dar apoio a pagamentos feitos a Eduardo Cunha, para que este não delatasse ao ministério público o que sabia, sacode a Nação. A perplexidade do momento gera reações contraditórias. À euforia de uns mistura-se a revolta de outros. Até o momento em que escrevo este comentário, três pedidos de impeachment já foram protocolados e populares se manifestam ruidosamente nas ruas de quase todas as capitais.
A atitude da mídia golpista, entretanto, impõe-nos uma reflexão contida. Veja, Globo, Estadão e Folha, todas, indistintamente, abandonaram o barco de Temer. É importante lembrar, também, que a nova onda da crise coloca ministério público e judiciário no foco dos acontecimentos, logo eles que nada fizeram para impedir o golpe e trataram a brutalidade das iniciativas do governo golpista com extrema leniência. Certo ministro do STF até cultivou excessiva proximidade com o Sr. Temer com certo descaramento, apesar de se encontrar na iminência de ter que julgá-lo. Dar a esses atores o protagonismo do processo político de destituição dos golpistas é tudo menos conveniente para a democracia brasileira. Não são confiáveis e nem mostraram apreço pela democracia quando mais foi vilipendiada. Gostam dos holofotes e estão mais preocupados com a própria imagem do que com o destino da Nação. Provaram isso sacramentando a violência processual de um juiz de piso e permitindo que uma operação sem limites destruísse o parque industrial da construção civil no Brasil. Não merecem quaisquer honras neste dramático momento.
Precisamos proteger nossa Democracia e nossa Constituição. Quando as instituições do País não mais funcionam e são parte do processo de deterioração da governação, cabe ao povo retomar o que é seu: o poder constituinte originário, a soberania popular. Somos nós – e não o STF – os verdadeiros guardiões do Estado Democrático de Direito!
Mais do que nunca a Pátria exige brasileiras e brasileiros que amam o Brasil, que acreditem no seu destino de grande Nação e que repudiem os falsos heróis; que repudiem as forças externas que se aproveitaram do caos do golpe. Precisamos ter fé na nossa capacidade de reconstruir nosso tecido social esgarçado pelo ódio disseminado pela mídia dos vendilhões de nosso patrimônio nacional. Precisamos confiar em conseguir garantir direitos para todos, inclusão social que torne nossa sociedade mais justa, mais tolerante e mais humana.
Se ficarmos sentados em frente da televisão ou teclando em nossos celulares sem olhar para o outro, não vamos passar pelo teste de transformação que o País está a exigir. Correremos o risco de sermos engolidos pelos espertos da hora ou atropelados por uma aventura armada contra o Povo. Temos que ir para as ruas, ocupar as praças e exigir respeito, exigir eleições, exigir que as instituições, se quiserem sobreviver, se submetam ao poder popular e garantam a livre manifestação. O protagonismo, agora, é da sociedade. Nós podemos. Nós podemos força-los a respeitar a vontade popular e a convocar imediatamente eleições que nos pacifiquem e abram a perspectiva de um novo processo político, democrático, sem falsos moralismos e sem demagogias corporativas interesseiras.

Estou azombado comigo preocupado apreensivo com a minha situação; BH, 0290702000; Publicado: BH, 01001102015.

Estou azombado comigo mesmo preocupado apreensivo com a minha situação
Que é desesperadora estou desempregado aos quarenta e cinco anos quem
Paga o aluguel é o meu pai um aposentado que ganha mil quinhentos reais
Gostaria de desaparecer como uma azoospermia como a ausência de espermatozoides
No sêmen estou tonto azoratado tenho três filhos o pagamento da luz me
Deixa atordoado o pagamento d'água me transforma num doidivanas num
Azoretado enfurecido é o que me faz ainda mais azoratar meu comportamento
A me entontecer sem encontrar solução me desnortear sem resposta atordoar
Os outros azoratar pelas ruas voltar à casa no fim do dia de mãos a abanar
Só uma azorragada bem dada me salva só um golpe mortal de azorrague para me
Tirar de tal estado quero o meu azorramento pelo governo em praça pública antes
De morrer quero azorrar arrostar pesadamente olhar por olhar de cada membro
Desta sociedade que não sabe ser solidária não sabe diminuir o sofrimento
Desconcentrar a renda fazer uma distribuição justa a começar com o governo
Seu salário de medo de vergonha esse governo azucrim que mais parece uma
Entidade diabólica molesta comandado por um indivíduo importuno apoquentador
Que só me traz pelo menos a mim nojo horror terror é um governo azongado para
Os seus vivo para a elite muito esperto finório para a burguesia quanto ao povo o
Tal governo só sabe deixar inquieto irritadiço colérico com os rumos da nação a
Entregação geral com esse governo não dá para azongar misturou com fedeu não
Se tornou fino só sabe desassossegar a tranquilidade do cidadão parece uma
Azoturia presenças de substâncias azotadas na urina uma excreção excessiva pela urina
De substâncias azotadas de teores azotúricos que têm a designação genérica dos sais
Do ácido azotoso o nitrato o azotêmico da azotemia não proteica no sangue
Particularmente a ureia o aumento dessas substâncias no sangue ou estado mórbido
Decorrente desse aumento ao azotar isto tudo misturar combinar o azotato na genérica dos
Sais esteres do ácido azótico cheguei ao b a segunda letra do alfabeto penso que todos
Somos a baba a saliva abundante a gosma a secreção bucal de certos animais que esse
Governo faz da gente perdemos a babá a ama-seca para os membros do congresso da
Câmara dos ministérios não passamos de babacas seres bobocas bobalhões explorados como
Babaçu da palmeira oleaginosa nativa no babaçual o bosque de babaçus a nossa vida não é como
A baba-de-moça a espécie de doce em calda nossa vida é um babado uma faixa de pano ou
Doutro material pregueado é uma granzida um disse-me-disse a verdadeira fofoca que não nos
Deixa estar com melhores salários ou ficar em melhores condições de vida ou apaixonar-nos pelos
Seres mandatários de Brasília as mazelas que acontecem lá só um babador um resguardo de
Pano que se pendura ao pescoço das crianças para evitar que a baba ou a comida sujem a roupa
Enquanto o povo continuar babão muito bobão tolo na época da eleição votar todo
Mundo neles pois não passamos de babaquaras de pessoas ingênuas caipiras todos os nossos
Atos não passam de babaquices comportamentos de bobices pois na verdade as
Trapalhadas só nos fazem babar expelir babas mesmo nos impedir de gostarmos
Muito de governo tão ruim assim não dá para estar apaixonado o que quero ver é o babau
O acabou-se o que era doce acabou-se a babel a balbúrdia com o dinheiro público a
Confusão dos desvios de verbas as contas nos estrangeiros o efeito babélico o desarrumado
Em que ficará o país o povo confuso sem direção com tamanha baboseira tolice
Governamental tanta bobagem que até parece uma babosa uma planta aloés oficial
Amargosa abençoada pelo congresso nacional amargoso de apertar igual antúrio

A pena não tem pena de mim faz-me cumprir; BH, 0140502017; Publicado: BH, 0180502017.

A pena não tem pena de mim faz-me cumprir
Pena escraviza-me à mão algemada ao braço
Que corre loucamente de folha em folha de
Papel presa em toda sua margem em todas as
Suas linhas igual todo limão é azedo quero
Um soneto quem diz que aguento tal carga
É muito quebranto muito sarampo taquara
Poca nas queimadas inclementes da luz do sol
O rosário da minha avó jaz em contas sem
Contar as vezes que rezou-me para caxumba
Espinhela caída cobreiro dordói haja pinga
Para a sede sem fim da minha avó dentro de
Mim cigarro de palha rapé forte fumo do
Bom para mascar missa para assistir padre
Para perturbar dona Naninha está caída na
Calçada com um travesseiro debaixo da
Cabeça quantas vezes escutei a frase até
Nas horas de provas tua avó está no portão a
Esperar-te lá íamos nós minha avó eu
Pela Rua Francisco Sá a fora ela a cambalear
A querer tomar mais umas sem dinheiro algum
Tomava todas não sabíamos como arrumava
Dinheiro para beber tantas pingas eram das
Rezas das orações que fazia ao benzer as
Putas dos becos das estações as
Bolinava desde menino com as mãos cheias
De dedos em suas saliências quilometradas
Pelas estradas das gonorreias demais
Doenças venéreas não é qualquer menino
Que teve uma avó igual a que tive não
Só menino raro especial em caso não
Muito normal dava mais trabalho à minha
Mãe do que minha mãe à ela fez com
Que fosse um bom neto um filho
Muito mais trabalhoso do que os outros

quinta-feira, 11 de maio de 2017

BPP: BLACK PANTER PARTY, PARTIDO PANTERAS NEGRAS



O QUE QUEREMOS
  1. Nós queremos liberdade. Queremos poder para determinar o destino de nossa comunidade negra.
  2. Queremos desemprego zero para nosso povo.
  3. Queremos o fim da ladroagem dos capitalistas brancos contra a comunidade negra.
  4. Queremos casas decentes para abrigar seres humanos.
  5. Queremos educação para nosso povo! Uma educação que exponha a verdadeira natureza da decadência da sociedade americana. Queremos que seja ensinada a nossa verdadeira história e nosso papel na sociedade atual.
  6. Queremos que todos os homens negros sejam isentos do serviço militar.
  7. Queremos um fim imediato da brutalidade policial e dos assassinatos de pessoas negras.
  8. Queremos liberdade para todos os negros que estejam em prisões e cadeias federais, estaduais, distritais ou municipais.
  9. Queremos que todas as pessoas negras levadas a julgamento sejam julgadas por seus pares ou por pessoas das suas comunidades negras, tal como definido pela Constituição dos Estados Unidos.
  10. Queremos terra, pão, moradia, educação, roupas, justiça e paz.

EM QUE ACREDITAMOS
  1. Acreditamos que nós, o povo negro, não seremos livres enquanto não formos capazes de determinar nosso destino.
  2. Acreditamos que o governo federal é responsável e obrigado a dar a todos os homens e mulheres emprego e garantir alguma forma de salário. Acreditamos que se os homens de negócio, brancos e americanos, não quiserem dar emprego a todos, então os meios de produção devem ser tomados deles e colocados a disposição da comunidade para que as pessoas possam se organizar e empregar toda a gente, garantindo um nível de vida de qualidade.
  3. Acreditamos que esse governo racista nos roubou, e agora exigimos um pagamento de sua dívida de 40 hectares e duas mulas. Esse pagamento foi prometido há 100 anos como restituição por todo o trabalho escravo e os assassinatos em massa do povo negro. Nós iremos aceitar o pagamento em moeda corrente e ele será distribuído por todas as nossas comunidades. Os alemães estão agora ajudando os judeus em Israel pelo genocídio que realizaram contra aquele povo. Os alemães mataram 6 milhões de judeus. Os americanos racistas foram parte do assassinato de mais de 50 milhões de pessoas negras; portanto, sentimos que essa é uma demanda bem modesta que estamos fazendo.
  4. Acreditamos que, se os donos de terras brancos não derem moradias decentes para a comunidade negra, então as terras e as casas devem ser conseguidas através de cooperativas de modo que nossa comunidade, com a ajuda do governo, possa construir casas decentes para seu povo.
  5. Acreditamos em um sistema educacional que dê ao nosso povo o conhecimento de si próprio. Se uma pessoa não tem conhecimento de si mesma e de sua posição na sociedade e no mundo, essa pessoa terá pouca chance de se relacionar com qualquer outra coisa.
  6. Acreditamos que o povo negro não pode ser forçado a lutar no serviço militar para defender um governo racista que não nos protege. Nós não vamos lutar nem matar outras pessoas de cor no mundo que, como o povo negro, estão sendo vitimizadas pelo governo americano branco e racista. Nós vamos nos proteger da força e da violência dessa polícia racista e desse exército racista, usando todos os meios necessários.
  7. Acreditamos que podemos acabar com a brutalidade policial em nossa comunidade negra organizando grupos negros de auto-defesa dedicados a defender nossa comunidade negra da opressão e brutalidade da polícia racista. A Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos nos dá o direito de portar armas. Portanto, nós acreditamos que todo o povo negro deva se armar para auto-defesa.'
  8. Acreditamos que todos os negros devam ser libertados das várias prisões e cadeias, porque não tiveram julgamento justo e imparcial.
  9. Acreditamos que os tribunais devam seguir a Constituição dos Estados Unidos para que o povo negro receba julgamentos justos. A 14ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos [6]dá a toda pessoa o direito de ser julgada por seus pares. Um par é uma pessoa de origem econômica, social, religiosa, geográfica, ambiental, histórica e racial similar. Para dar cumprimento a isso, o tribunal teria que compor um júri com elementos da comunidade negra, quando o réu fosse negro. Nós temos sido e estamos sendo julgados por júris totalmente compostos por brancos, que não têm nenhuma compreensão do que seja o "pensamento médio" da comunidade negra .
  10. Quando, no curso dos acontecimentos humanos, torna-se necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro e assumir, entre os poderes da Terra, uma posição separada e igual àquela que as leis da natureza e de Deus lhe atribuíram, o digno respeito às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que o impelem a essa separação. Acreditamos que essas verdades sejam evidentes, que todos os homens são criados de maneira igual, que eles foram dotados por seu Criador de certos direitos inalienáveis, dentre os quais estão a vida, a liberdade e a busca por felicidade. Que, para assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados - que, quando qualquer forma de governo se torna destrutiva desses fins, é direito do povo alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando os seus poderes da forma que ao povo pareça mais conveniente para sua segurança e felicidade. A prudência, de fato, recomenda que os governos instituídos há muito tempo não sejam alterados por motivos fúteis e temporários; e, segundo a experiência tem demonstrado, as pessoas preferem sofrer, enquanto os males são suportáveis, a corrigir a injustiça, abolindo as formas às quais estão acostumados. Mas, quando uma longa série de abusos e usurpações, voltadas invariavelmente ao mesmo objetivo, indica o desígnio de submeter as pessoas ao despotismo absoluto, é um direito delas, um dever delas, abolir tal governo e instituir novos guardiães para a sua segurança futura.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Vinícius de Moraes para Luiz Inácio Lula da Silva: Operário em construção.

Operário em Construção
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem e' um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa quer ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Alem uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
`A mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno: a gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois alem do que sabia
- Exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia "sim"
Começam a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão
Mas o patrão nao queria
Nenhuma preocupação.
- "Convençam-no" do contrário
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isto sorria.
Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão
Porem, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobra-lo de modo contrário
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que ver
Sera' teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse e fitou o operário
Que olhava e refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que e' meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silencio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arratarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porem que fizera
Em operário construído
O operário em construção

Belchior enfim voltou ao infinto; BH, 01º0502017; Publicado: BH 01º0502017.

Belchior enfim voltou ao infinito
Desde algum tempo já havia aberto
Mão despreendidamente das coisas finitas
Escafedido nas reentrâncias da vida
Muitos pedidos de volta ao normal foram
Feitos porém qual o anormal que quer
Voltar ao normal? voltar aos refletores
Cegantes da mídia podre? voltar à essa
Esfera de chumbo do idiota normal?
Como um Sócrates Belchior preferiu
Beber cicuta própria ao deixar-se
Envenenar por uma sociedade viciada
Corrompida comandada por corruptos
Dominada por corruptores como
Conviver no meio de pessoas fascistas
Homofóbicas racistas hipócritas
Religiosas misóginas nefastas nocivas
Pernósticas? é muita brutalidade para
Um meio ambiente tão saudável é muita
Ignorância estupidez falta de educação
Para uma democracia que não quer
Revolucionar-se evoluir-se crescer o
Melhor ao indivíduo livre pensante é
Deixar-se morrer para esta pseudo
Democracia o livre pensador se
Envergonha com tanta falta de vergonha
Excesso de vagabundagem vadiagem
Sem limite evadi-se para não ser
Contaminado não quer mais ser um
Artista vegetativo não quer mais ser
Um roqueiro que tece loas à ditadura
Um blueseiro que canta a falsa tristeza
Não quer mais ser protagonista de
Filmes vazios de novelas vãs de peças
Opacas cansa-se de ser personagem
Sem história ao ver a História do Brasil
Confundida tão porcamente hoje de
Manhã ao auscultar o céu com o meu
Coração percebi que havia uma estrela
Mais brilhante na constelação a sentir
Inveja de Belchior saiu dum meio tão
Insignificante para comandar a imensidão