Belchior enfim voltou ao infinito
Desde algum tempo já havia aberto
Mão despreendidamente das coisas finitas
Escafedido nas reentrâncias da vida
Muitos pedidos de volta ao normal foram
Feitos porém qual o anormal que quer
Voltar ao normal? voltar aos refletores
Cegantes da mídia podre? voltar à essa
Esfera de chumbo do idiota normal?
Como um Sócrates Belchior preferiu
Beber cicuta própria ao deixar-se
Envenenar por uma sociedade viciada
Corrompida comandada por corruptos
Dominada por corruptores como
Conviver no meio de pessoas fascistas
Homofóbicas racistas hipócritas
Religiosas misóginas nefastas nocivas
Pernósticas? é muita brutalidade para
Um meio ambiente tão saudável é muita
Ignorância estupidez falta de educação
Para uma democracia que não quer
Revolucionar-se evoluir-se crescer o
Melhor ao indivíduo livre pensante é
Deixar-se morrer para esta pseudo
Democracia o livre pensador se
Envergonha com tanta falta de vergonha
Excesso de vagabundagem vadiagem
Sem limite evadi-se para não ser
Contaminado não quer mais ser um
Artista vegetativo não quer mais ser
Um roqueiro que tece loas à ditadura
Um blueseiro que canta a falsa tristeza
Não quer mais ser protagonista de
Filmes vazios de novelas vãs de peças
Opacas cansa-se de ser personagem
Sem história ao ver a História do Brasil
Confundida tão porcamente hoje de
Manhã ao auscultar o céu com o meu
Coração percebi que havia uma estrela
Mais brilhante na constelação a sentir
Inveja de Belchior saiu dum meio tão
Insignificante para comandar a imensidão
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