Olho-me por mim só como
Um morto um rato à procura
Dum esgoto tentam passar-me
Por gente com ente ser
Espírito deram-me números
De identificação nome
Apresentação encheram-me de
Representação imagem performance
Com dimensão de saciar as
Retinas alheias vejo-me como
Cinza de cigarros baganas jogadas
No chão resto de bebidas para o santo
Não convenço ninguém de que existo
Deus riscou-me da lista dos abençoados
Lembram-se? não perdoou-me
Não restabeleceu-me à condição
De homem de representante da
Raça humana com alma coração
Olho por mim só como um rato à procura
Dum morto para roer das entranhas
Da medula até à raiz dos ossos
Tutano nervos néctar seiva desprezados
Pelos vermes pólen pestanas pálpebras
Cílios não latejam mais de dor o lajedo
Agora é o próprio coração dura
Partícula particular areia na
Engrenagem da máquina osso
Com osso sem o amortecedor de cartilagem
Joelhos sem meniscos juntas sem as
Articulações nasci tal um dente arrancado
Sem anestesia em época de pedra
Lascada quando o parto era feito não
Com a infra estrutura que se tem hoje
Sim com o rústico que a situação exigia
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