domingo, 11 de novembro de 2012

Patagônia, 927, 29; BH, 0801202011; Publicado: BH, 01101102012.

Conta para mim quantas ondas
De mares de oceanos já bateram
Nas praias do universo desde que
O universo é universo de cada
Onda dessa com nome sobre nome
Especificação é que surgem
As poesias do meu coração
Cada espuma quebrada na areia
Branca de cada duna formada
Pela areia fina cada tempestade
De areia empoderada que
Move os desertos de lugar conta
Para mim quantos são os grãos
Que formam esses desertos que
Perambulam pelo universo desde
Que o universo é universo pasmei
Sorumbático meditabundo pasmado
A meditar por um segundo para não
Perder a reflexão com o comboio do
Meu coração olhei para o centro da
Palma de minha mão o olho do 
Furacão descobri o quanto estou
Distante de mim por me faltar essa
Informação essencial à minha
Sobrevivência a saliência deste
Poema a libido desta ode milenar
Com raízes infinitas quem me olha
Com esse olhar cintilante ali detrás
Daquele monte murundu? é o boi
Da cara preta? é o João corta pau
Ou Maria faz angu ou Pedro vai
À feira comprar o caruru caruru
Está ensoado de tanto apanhar
Taca nesse menino malino que
Já dorme já minha infância quer
Voltar a dormir sonhar não tem mais
Medo de careta não precisa mais
Apanhar dorme nos braços deste
Sublime poema feito menina moça
Nos braços do namorado

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